As bolhas de sabão encantam com padrões coloridos que lembram o arco-íris. Esse efeito não se deve a pigmentos, mas sim à interação da luz com a película extremamente fina formada por sabão e água.
Como a luz interage com a superfície da bolha?
Quando a luz branca incide sobre a bolha, parte dela é refletida pela superfície externa e outra parte atravessa a película, refletindo-se na face interna. Essas duas reflexões se encontram e se sobrepõem, criando um fenômeno chamado interferência luminosa.
Dependendo da espessura da película e do ângulo em que a luz chega, certas cores se reforçam e outras se anulam. É isso que faz a superfície da bolha exibir tons diferentes ao mesmo tempo.

Por que vemos cores diferentes em partes distintas da bolha?
A espessura da película da bolha não é igual em toda a sua superfície. A gravidade faz a água escorrer para as partes inferiores, tornando a parte superior mais fina e alterando o comportamento da luz.
Assim, cada região da bolha reflete um conjunto diferente de cores, criando o aspecto iridescente e as faixas coloridas que se movimentam constantemente.
Qual é o papel do ângulo de visão e da curvatura?
Mesmo que a película tivesse espessura uniforme, a curvatura da bolha e o ângulo de observação mudam o caminho percorrido pela luz dentro dela. Isso faz com que diferentes comprimentos de onda (cores) apareçam conforme o ponto de vista.
Por isso, quando a bolha se move ou quando o observador muda de posição, as cores também parecem mudar, é um efeito óptico dinâmico e temporário.

Por que as cores mudam com o tempo?
Com o passar dos segundos, a água da película evapora e a gravidade faz com que ela fique cada vez mais fina. Isso altera a interferência da luz, modificando as cores observadas.
No final, quando a camada de sabão se torna extremamente fina, ela deixa de refletir luz visível e aparece escura, pouco antes de a bolha estourar.
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