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Papel manteiga perigoso: por que especialistas recomendam abandonar seu uso

O papel manteiga é visto por muita gente como um grande aliado na cozinha, principalmente na hora de fazer bolos, biscoitos e assados. Mas, nos últimos anos, pesquisas e alertas de entidades ambientais começaram a chamar atenção para um detalhe pouco comentado: algumas versões desse papel podem liberar substâncias químicas quando aquecidas em altas temperaturas, o que levanta dúvidas sobre segurança dos alimentos e impactos no meio ambiente.

O que são PFAS no papel manteiga e por que isso importa

Os PFAS, conhecidos como “químicos eternos”, são usados para deixar o papel manteiga mais resistente à gordura e à umidade, além de garantir aquele efeito antiaderente tão prático. O problema é que essas substâncias demoram muito para se decompor e acabam se espalhando pela água, pelo solo, pelo ar e até pelo nosso organismo.

No forno, principalmente em temperaturas muito altas ou quando o papel começa a escurecer e queimar, parte desses compostos pode se soltar para o ar da cozinha ou passar para o alimento. Por isso, muitas organizações orientam a diminuir o uso exagerado do papel manteiga e optar por alternativas quando possível, especialmente em receitas de forno prolongadas.

O alerta sobre papel manteiga que muita gente não conhece e como se proteger - Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin
O alerta sobre papel manteiga que muita gente não conhece e como se proteger – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Como usar papel manteiga de forma mais segura no dia a dia

Quem não abre mão do papel manteiga pode seguir alguns cuidados simples para reduzir a exposição a PFAS e outros resíduos. Um ponto importante é nunca ultrapassar a temperatura máxima indicada na embalagem, que costuma ficar perto de 220 °C, e evitar que o papel encoste diretamente na chama ou na resistência do forno.

Também vale a pena observar a cor do papel e a forma de uso. Quando ele fica muito escuro, chamuscado ou reaproveitado várias vezes, o risco de liberar substâncias indesejadas aumenta. Para facilitar as escolhas na rotina, algumas atitudes fazem bastante diferença:

  • Respeitar sempre a temperatura indicada pelo fabricante do papel manteiga.
  • Evitar o contato direto do papel com a chama ou resistência do forno.
  • Não reutilizar folhas muito escurecidas, queimadas ou cheias de gordura.
  • Dar preferência a tempos de forno mais curtos quando o uso do papel for necessário.

Quais alternativas podem substituir o papel manteiga na cozinha

A dúvida “papel manteiga faz mal” costuma aparecer em conversas entre famílias, em grupos de receitas e nas redes sociais. A maior preocupação é com o uso frequente em temperaturas muito altas, reaproveitando folhas queimadas e sem saber exatamente a composição do produto, o que leva muita gente a procurar opções mais seguras.

Na prática, é possível assar e dourar bem os alimentos sem depender sempre do papel manteiga. Entre as alternativas mais comuns estão untar a assadeira com um pouco de gordura, usar tapetes de silicone próprios para forno e recorrer a formas antiaderentes, seguindo as orientações do fabricante para garantir que nada grude.

Como descartar e reutilizar papel manteiga com menos impacto ambiental

O descarte correto do papel manteiga também merece atenção, porque muitos tipos não podem ser reciclados devido ao tratamento químico e à gordura acumulada. Quando o papel foi pouco usado, sem manchas escuras e sem muitos restos de comida, algumas pessoas optam por reaproveitá-lo em outra fornada para reduzir a quantidade de lixo gerado.

Já quando o papel está queimado, enegrecido ou encharcado de gordura, o mais adequado é colocá-lo no lixo comum, e não na coleta seletiva de papel. Ao mesmo tempo, investir em assadeiras duráveis, tapetes reutilizáveis e técnicas de untar e enfarinhar ajuda a diminuir o uso de descartáveis, cuidando melhor da saúde da família e do meio ambiente.

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