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Por que motoristas conscientes estão mudando a forma de cuidar dos pneus

Manter os pneus em bom estado é fundamental para garantir a segurança e o desempenho do veículo, além de representar uma economia significativa ao motorista. Os pneus são o único elo entre o automóvel e o solo, suportando todo o peso e transmitindo as ordens de direção, frenagem e aceleração. Por esse motivo, adotar práticas de condução adequadas e realizar verificações periódicas pode evitar transtornos e até acidente, uma atenção ainda mais importante em um país de dimensões continentais como o Brasil, onde as condições de rodagem variam muito entre estradas asfaltadas, vias de terra batida e regiões com muita chuva ou calor intenso.

A forma como o carro é conduzido influencia diretamente na durabilidade das rodas. Manobras bruscas, excesso de peso e a negligência com os cuidados diários podem acentuar o desgaste. Além disso, a manutenção correta beneficia não só a vida útil dos pneus, como também reduz o consumo de combustível e contribui para um tráfego mais seguro. Isso é especialmente relevante nas cidades brasileiras, muitas vezes marcadas por tráfego intenso, buracos, faixas de pedestres movimentadas e contato frequente com elementos naturais como folhas, galhos e outros resíduos típicos de áreas urbanas e de regiões próximas a matas ou florestas.

Principais fatores que afetam o desgaste dos pneus

Uma série de comportamentos ao volante impacta fortemente quanto tempo as coberturas automobilísticas permanecem em condições ideais. Acelerações e frenagens intensas elevam a temperatura e aumentam a fricção com o asfalto, provocando um desgaste precoce, especialmente quando o veículo circula em vias de trânsito pesado ou faz curvas em alta velocidade. Ultrapassar o limite de carga recomendado pode comprometer a estrutura dos pneus, facilitando o surgimento de deformações e outros danos.

  • Velocidade excessiva: contribui para o aquecimento dos compostos de borracha, reduzindo sua durabilidade. Em regiões mais quentes do Brasil, como o Centro-Oeste e o Norte, o calor acelera ainda mais esse processo.
  • Ações abruptas ao dirigir: como desviar bruscamente de obstáculos (potholes, galhos caídos durante a seca, pedras em estradas de terra) ou abusar dos freios, aumentam o desgaste localizado.
  • Impactos contra buracos e meio-fios: podem danificar a estrutura interna, surgindo cortes ou bolhas, situação comum nas cidades brasileiras durante o período de chuvas intensas, quando buracos se tornam mais frequentes.

Práticas como condução suave, evitando picos de velocidade e não excedendo o limite de carga, são recomendadas para prolongar a vida útil dos pneus, tornando a experiência de condução mais segura. Também é importante fazer rodízio dos pneus periodicamente, o que contribui para o desgaste mais uniforme entre eles e, consequentemente, aumenta sua durabilidade. Em regiões de clima marcado por fortes chuvas, como no litoral brasileiro, vale ainda redobrar o cuidado com pistas escorregadias por queda de folhas e galhos (comuns na Mata Atlântica) e maior incidência de poças.

Por que motoristas conscientes estão mudando a forma de cuidar dos pneus
Ultrapassar o limite de carga recomendado pode comprometer a estrutura dos pneus – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Como saber se é hora de trocar os pneus?

Verificar regularmente as condições das rodas é essencial para evitar situações de risco. A avaliação frequente, a cada mês ou sempre antes de viagens longas, possibilita identificar desgastes que comprometem a aderência e a estabilidade, principalmente em pistas molhadas. No Brasil, o limite mínimo de profundidade permitido é de 1,6 mm; abaixo disso, há maior risco de aquaplanagem, especialmente em épocas de chuva abundante como a do verão tropical.

  • Desgaste irregular: pode indicar problemas de alinhamento ou balanceamento, fatores que aceleram o fim da vida útil dos compostos, algo potencializado pelo contato com lombadas, quebra-molas ou obstáculos naturais, como raízes expostas em estradas de terra próximas à flora local.
  • Rachaduras e deformações: apontam danos na estrutura, aumentando o potencial de estouro durante o uso, especialmente em viagens longas por estradas que cortam o Cerrado, o Pantanal ou as serras verdes do Sudeste.
  • “Ovos” ou bolhas na superfície: sinalizam deterioração que pode provocar falhas graves.

A substituição é recomendada em qualquer um desses cenários, garantindo que o veículo mantenha o desempenho em frenagens e curvas. Não se esqueça também de checar a validade informada pelo fabricante, já que mesmo pneus pouco rodados podem sofrer desgaste por tempo de uso e exposição a intempéries, como sol forte, chuvas tropicais e poeira carregada de partículas orgânicas.

Qual a melhor forma de calibrar os pneus?

Manter a calibragem correta é uma das etapas mais simples e importantes nos cuidados com as rodas. A pressão ideal pode ser consultada no manual do veículo, na etiqueta da porta ou perto do bocal do tanque de combustível. O ajuste deve ser feito sempre com os pneus frios, já que rodar por mais de três quilômetros pode alterar a leitura dos manômetros. Em cidades litorâneas, o ar úmido pode comprometer a calibragem se não houver manutenção correta.

  1. Cheque a pressão pelo menos uma vez ao mês e antes de viagens prolongadas, especialmente em períodos de férias ou feriados como Carnaval, quando cresce o movimento nas rodovias nacionais.
  2. Evite confiar apenas no visual, pois pneus murchos podem passar despercebidos aos olhos.
  3. Não exceda ou reduza a pressão recomendada: pressão baixa pode reduzir em até 20% a vida útil do pneu, enquanto pressão elevada aumenta o risco de danos estruturais e dele da explodir.

A calibragem inadequada não apenas compromete o desgaste uniforme, como também impacta negativamente o consumo de combustível e a estabilidade do automóvel. Pneus calibrados corretamente garantem mais aderência às pistas, sejam elas cercadas pelo verde da Floresta Amazônica, campos abertos do Sul ou cerrado do Planalto Central.

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já que mesmo pneus pouco rodados podem sofrer desgaste por tempo de uso – Créditos: depositphotos.com / welcomia

Existe alternativa para prolongar a vida útil dos pneus?

No segmento de transporte de cargas e passageiros, o recapamento se mostra uma solução econômica e sustentável para ampliar o tempo de uso das carcaças. Esse processo reutiliza a estrutura original dos pneus, desde que esteja em boas condições, reduzindo custos operacionais sem sacrificar a segurança. Recomenda-se buscar centros especializados e certificados para realizar o serviço.

Pneus recapados podem ser utilizados mais de uma vez, desde que não apresentem sinais de danos na carcaça. O método prolonga o uso e contribui com a redução do impacto ambiental, tornando-se uma alternativa relevante para frotas e empresas do setor logístico. Além disso, optar por pneus de boa qualidade desde a compra inicial traz maior resistência e melhor desempenho em eventual recapagem. O uso consciente contribui para preservar a diversidade ambiental das várias regiões do Brasil, diminuindo o descarte inadequado de resíduos e pneus antigos em áreas de mata, rios ou beiras de estrada.

Por que cuidar dos pneus é tão relevante?

Dedicar atenção aos pneus é uma das formas mais efetivas de preservar a segurança viária, protegendo não só quem dirige, mas também passageiros e pedestres. Inspecionar regularmente, adotar práticas responsáveis ao volante e monitorar a pressão são hábitos simples que evitam gastos desnecessários e reduzem o risco de acidentes. Afinal, a manutenção adequada das rodas e a direção consciente se traduzem em trajetos mais tranquilos e eficientes no trânsito das cidades e estradas brasileiras, em harmonia com diferentes biomas, condições climáticas e realidades culturais presentes no nosso país diversificado.

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Dedicar atenção aos pneus é uma das formas mais efetivas de preservar a segurança viária – Créditos: depositphotos.com / Yarygin
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