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O erro que pode destruir sua cuia de chimarrão sem você perceber

O mate de porongo, conhecido no Brasil como cuia de chimarrão ou tereré, ganhou espaço nas casas brasileiras e argentinas, tornando-se parte de um ritual apreciado por muitas pessoas do Sul ao Centro-Oeste do país. O segredo para conservar seu sabor e prolongar a vida útil do recipiente está nos cuidados adotados no dia a dia, principalmente após o uso de cada rodada, seja de chimarrão quente em manhãs frias do inverno gaúcho, seja de tereré gelado nos dias quentes típicos do Centro-Oeste. Pequenas atitudes garantem não só a durabilidade da cuia, feita com o fruto da cuieira (Lagenaria siceraria), tradicionalmente chamada de porongo, mas também a qualidade da infusão apreciada há gerações.

Após tomar a bebida, é fundamental remover a erva-mate e realizar uma higienização adequada. Utiliza-se apenas água morna para enxaguar, evitando produtos químicos como detergentes, pois eles podem comprometer o sabor da próxima preparação. Essa limpeza simples remove os resíduos sem impactar negativamente a experiência do consumidor e respeita a tradição local, preservando o aroma natural das folhas de Ilex paraguariensis, abundantes na Mata Atlântica sul-brasileira.

Por que controlar a umidade no mate de porongo?

A umidade excessiva é o maior obstáculo na conservação do mate de porongo. Após o enxágue, deixar a cuia secar corretamente é uma das etapas mais importantes. O ideal é posicionar o recipiente de maneira inclinada ou com a boca para baixo, de modo que a água restante escorra totalmente. Essa prática reduz o risco de formação de bolores, comuns em regiões úmidas como o Sul e Sudeste, prejudicando menos o material natural e preservando o aroma e o sabor originais da erva-mate brasileira.

prejudicando menos o material natural e preservando o aroma e o sabor originais da erva-mate – Créditos: depositphotos.com / studioflara

Como secar e armazenar o mate de porongo?

O local escolhido para secar faz toda a diferença na preservação da cuia. Lugares arejados e sombreados, como varandas e áreas de serviço presentes em muitas casas brasileiras, são ideais porque permitem a saída da umidade sem que a peça fique exposta a temperaturas altas. A incidência direta do sol, especialmente nos dias intensos do verão tropical, pode ser prejudicial e até causar rachaduras, diminuindo a resistência do material. Evitar mudanças bruscas de temperatura também é fundamental, pois choques térmicos afetam a estrutura natural do porongo, especialmente em regiões que alternam rapidamente entre calor e frio.

  • Ao posicionar o mate para secar, use um escorredor de louças ou uma superfície inclinada.
  • Deixe longe de ambientes fechados e sem ventilação, comuns em apartamentos urbanos.
  • Jamais coloque a cuia no sol ou próximo de fontes de calor intenso, como fornos ou churrasqueiras.

Quando é preciso curar novamente o mate de porongo?

Com o uso contínuo, faz-se necessária a cura periódica do mate de porongo para garantir sua integridade e barreira natural contra fungos. O processo é direto: preenche-se o interior com restos de erva-mate já usada, adiciona-se água quente (mas nunca fervente, respeitando o cuidado tradicional) e deixa-se repousar por algumas horas. Em seguida, remove-se o conteúdo e repete-se a lavagem suave apenas com água morna, sem aditivos. Esse processo protege a cuia do clima tipicamente úmido do Sul e Sudeste, e mantém a cuia pronta para o próximo chimarrão compartilhado com amigos e família.

  1. Remova completamente a erva utilizada.
  2. Lave a cuia apenas com água morna.
  3. Prencha com erva úmida já usada e água quente até o topo.
  4. Deixe repousar por ao menos seis horas e descarte o conteúdo.
  5. Repita a limpeza e permita que a peça seque naturalmente.
O erro que pode destruir sua cuia de chimarrão sem você perceber
Prencha com erva úmida já usada e água quente até o topo. – Créditos: depositphotos.com / sabinoparente

Quais cuidados evitar para conservar o mate de porongo?

Algumas práticas podem interferir na durabilidade da cuia, importante símbolo da hospitalidade gaúcha e pantaneira. Usar água fria imediatamente após o consumo da infusão quente aumenta as chances de rachaduras e fissuras, especialmente em climas secos. Da mesma forma, utilizar detergentes deixa resíduos que alteram o gosto da bebida. Sempre opte por água morna para todos os processos de higienização e seque a cuia naturalmente, com paciência, para evitar danos estruturais e preservar o sabor característico da erva-mate de solo brasileiro.

Com esses métodos, o mate de porongo poderá acompanhar diversos momentos do dia, seja ao redor do fogo de chão em uma estância gaúcha, seja em rodas de tereré à sombra de um pé de ipê no interior, mantendo as características que tornam a bebida especial. A manutenção correta faz toda a diferença, construindo laços de tradição e respeito com a cultura desse hábito tão valorizado no Brasil, integrando a riqueza da flora nativa e os costumes das regiões do sul ao centro do país.

O erro que pode destruir sua cuia de chimarrão sem você perceber
Com esses métodos, o mate de porongo poderá acompanhar diversos momentos do dia – Créditos: depositphotos.com / Dream79
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