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Esse simples hábito pode mudar sua resposta ao estresse sem que você perceba

Estudos recentes mostram que manter a hidratação adequada pode influenciar diretamente na forma como o corpo reage a situações de pressão. Este tema ganha destaque com a divulgação de uma pesquisa realizada por cientistas da Liverpool John Moores University, publicada em agosto de 2025, que relaciona o consumo diário de água ao controle hormonal diante de desafios emocionais. Pesquisadores analisaram a resposta ao estresse de adultos saudáveis, observando critérios como ingestão hídrica, características da urina e comportamentos fisiológicos durante experiências simuladas de pressão.

Adotar o hábito de consumir entre dois e dois litros e meio de água por dia, conforme as orientações médicas atuais, pode não somente beneficiar funções metabólicas e circulação, mas também ajudar a limitar os efeitos do chamado hormônio do estresse. O estudo revelou que o organismo de quem ingere menos líquidos responde com níveis mais altos de cortisol quando enfrenta demandas psicológicas, mesmo sem apresentar sinais imediatos de sede. Além disso, outros trabalhos apontam que a ingestão inadequada de água pode afetar o humor, o desempenho cognitivo e a capacidade de recuperação após situações de pressão.

Como a hidratação influencia a resposta ao estresse?

O estresse é um estado natural do corpo, mas, quando desencadeado de forma exagerada, está associado ao risco aumentado de doenças cardiovasculares, alterações metabólicas e distúrbios emocionais. A pesquisa conduzida na Inglaterra focou na liberação de cortisol, hormônio sintetizado pelas glândulas suprarrenais em situações desafiadoras. Segundo o estudo, participantes com menor ingestão de água sofreram elevações mais marcantes deste hormônio durante tarefas que simulam entrevistas de emprego e resolução de problemas matemáticos expostos ao julgamento público. Essas descobertas reforçam que manter-se bem hidratado não apenas preserva o equilíbrio fisiológico, mas também protege contra respostas hormonais excessivas ao estresse.

No Brasil, país de clima predominantemente quente e úmido em boa parte do ano, a manutenção da hidratação ganha ainda mais importância. Nas diferentes regiões, principalmente no verão, as altas temperaturas aumentam consideravelmente a perda de líquidos através do suor, principalmente durante atividades ao ar livre, esportes ou mesmo tarefas cotidianas. Em cidades como Rio de Janeiro, Manaus ou Salvador, onde a sensação térmica frequentemente ultrapassa os 35°C, é fundamental intensificar o consumo de líquidos para garantir o funcionamento adequado do organismo e prevenir sintomas físicos e emocionais ligados ao estresse.

Esse simples hábito pode mudar sua resposta ao estresse sem que você perceba
fundamental intensificar o consumo de líquidos para garantir o funcionamento adequado do organismo – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Quais sinais indicam que o corpo está desidratado?

Nem sempre sentir sede significa que o organismo está realmente hidratado. No experimento, adultos que relataram baixo consumo líquido (em torno de 1,3 litro por dia) exibiram urina de coloração mais escura e concentrada, o que sinalizou uma hidratação insuficiente, ainda que não percebessem desconforto. Especialistas ressaltam que a observação da cor da urina é um modo prático para monitorar o estado de hidratação: urina clara ou levemente amarela tende a indicar um equilíbrio hídrico adequado. Outros sinais de desidratação envolvem sensação de boca seca, diminuição no volume da urina, fadiga e tontura, sintomas que podem ser percebidos antes mesmo da sede intensa.

  • Urina escura: sinal de necessidade de aumentar o consumo de líquidos
  • Sede intensa: geralmente aparece quando a desidratação já está instalada
  • Fadiga e dor de cabeça: sintomas que podem surgir com a desidratação moderada

No contexto brasileiro, é válido lembrar que alimentos típicos de nossa flora, como água de coco, sucos naturais de frutas (acerola, caju, melancia, laranja, maracujá) e chás de ervas do cerrado (como capim-cidreira e hortelã), também contribuem para a hidratação diária, sendo opções refrescantes e saudáveis durante o calor. Monte sempre uma garrafa de água para ter à mão no trabalho, estudos, passeios em parques ou trilhas ecológicas em meio à Mata Atlântica, Cerrado ou Amazônia.

Quantos litros de água por dia evitam o excesso de cortisol?

Conforme apurado, o grupo que realizou uma ingestão recomendada de líquidos apresentou um aumento menor de cortisol em resposta ao estresse, cerca de 4,0 nmol/L, comparado a 6,2 nmol/L observado entre os menos hidratados. O conselho dos especialistas é manter o consumo de ao menos 2 litros diários para mulheres e 2,5 litros para homens, ajustando essa quantidade em função do clima, atividade física e intensidade do trabalho intelectual. Vale lembrar que, em situações de calor, esforço físico ou consumo de bebidas diuréticas, a necessidade pode ser ainda maior.

  1. Adapte o consumo às necessidades pessoais, considerando a rotina e temperatura ambiente, assim como no calorão brasileiro, principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
  2. Beba pequenas quantidades ao longo do dia, mesmo sem sensação de sede, e aproveite as opções naturais oferecidas pela biodiversidade nacional.
  3. Verifique regularmente a coloração da urina para avaliar o grau de hidratação.
  4. Dê atenção especial à ingestão hídrica durante o exercício físico, como caminhadas ou jogadas de futebol, muito populares no Brasil, e em situações de estresse mental.
Esse simples hábito pode mudar sua resposta ao estresse sem que você perceba
Dê atenção especial à ingestão hídrica durante o exercício físico – Créditos: depositphotos.com / mimagephotos

Por que a sensação de sede nem sempre é um sinal confiável?

O estudo mostrou que o corpo pode apresentar sinais fisiológicos de desidratação antes mesmo do indivíduo perceber necessidade de beber água. Confiar somente na sede pode não ser suficiente para garantir um equilíbrio adequado, principalmente entre pessoas com rotinas agitadas que tendem a negligenciar pequenos desconfortos. Dessa forma, monitorar outros indícios, como a urina e sintomas como cansaço ou tontura, torna-se fundamental.

A compreensão dos efeitos da hidratação vai além do bem-estar físico imediato, pois reflete em processos hormonais e na proteção contra doenças relacionadas ao estresse. Iniciativas simples, como carregar uma garrafa de água, ou até mesmo uma garrafinha de água de coco ou refresco de frutas típicas, podem contribuir significativamente para manter o funcionamento adequado do organismo ao longo das atividades diárias sob o sol brasileiro. Cuide-se, aproveitando tudo que nossa flora oferece para uma hidratação mais saborosa e eficiente nos diferentes biomas do país.

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reflete em processos hormonais e na proteção contra doenças relacionadas ao estresse – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi
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