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Uma prática simples que pode transformar sua saúde e bem-estar

Atividades relacionadas ao cultivo de plantas e à jardinagem têm chamado atenção por oferecerem impactos positivos em diferentes aspectos da saúde. Em diversas cidades brasileiras, o contato com a terra e o cuidado com jardins aparecem como uma alternativa não apenas para melhorar o bem-estar geral, mas também para promover mudanças de hábitos relacionados à alimentação e ao autocuidado. Atualmente, essas práticas são cada vez mais recomendadas por especialistas, mesmo que o volume de pesquisas científicas sobre os mecanismos desses benefícios ainda seja limitado.

Recentemente, investigações conduzidas em universidades internacionais e brasileiras apontaram para a jardinagem, especialmente em regimes coletivos, como um possível aliado na promoção de estilos de vida saudáveis. Participantes dessas atividades tendem a apresentar padrões alimentares mais balanceados, incremento no consumo de fibras e níveis reduzidos de sintomas ligados ao estresse e à ansiedade. No contexto brasileiro, esses dados são ainda mais relevantes, principalmente para moradores de grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde o acesso à natureza pode ser restrito no cotidiano.

Quais são os principais benefícios da jardinagem para a saúde?

A jardinagem envolve não apenas o plantio e o manejo de diferentes espécies, mas também um contato mais direto e frequente com o ambiente natural, como o solo fértil típico de diversas regiões do Brasil. Diversos benefícios são associados à prática, incluindo melhorias na saúde mental, aumento do consumo de vegetais e frutas e incentivo à atividade física regular. A jardinagem coletiva, bastante praticada em bairros e comunidades brasileiras, eleva a interação social e incentiva hábitos alimentares mais saudáveis entre os participantes.

  • Saúde Mental: A proximidade com a natureza brasileira e o cuidado com plantas nativas, como o manjericão, a erva-cidreira e a jabuticabeira, atuam como fatores que contribuem para a redução de sintomas de ansiedade e estresse.
  • Consumo alimentar: Pessoas envolvidas em hortas comunitárias, comuns em bairros de cidades como Curitiba e Recife, frequentemente aumentam a ingestão de fibras e de alimentos frescos, como couve, alface, cenoura e alimentos nativos como ora-pro-nobis e taioba.
  • Atividade física: Atos simples como capinar, irrigar ou colher vegetais estimulam o movimento e aumentam o gasto calórico semanal, especialmente em regiões de clima quente e úmido como o Nordeste brasileiro.
  • Interação social: O cultivo coletivo fortalece laços comunitários, ampliando as oportunidades de conexão entre moradores de diferentes idades e origens, algo muito valorizado na cultura brasileira.
Uma prática simples que pode transformar sua saúde e bem-estar
pessoa praticando jardinagem – Créditos: depositphotos.com / SashaKhalabuzar

Como a jardinagem contribui para uma alimentação mais saudável?

A introdução de hortas em espaços urbanos ou familiares no Brasil estimula o consumo de produtos naturais, normalmente colhidos na própria residência ou comunidade, tornando o acesso a alimentos frescos mais democrático e saudável. Participantes desse tipo de iniciativa relatam aumento da ingestão de fibras alimentares, responsáveis por regular o funcionamento intestinal, auxiliar na saciedade e diminuir a absorção de gorduras. Uma dieta rica em fibras é recomendada por órgãos de saúde, como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil, e pode contribuir para a prevenção de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até mesmo câncer de intestino.

Além de favorecer uma alimentação mais equilibrada, a jardinagem permite que as pessoas conheçam mais sobre o cultivo de espécies tradicionais e nativas do Brasil, como ora-pro-nobis, taioba, manjericão, cebolinhas, salsa e diversas variedades de pimenta. O aprendizado adquirido por meio dessas experiências tende a se consolidar como um hábito, promovendo impacto positivo ao longo prazo na saúde da família ou do grupo participante, especialmente para crianças e idosos.

Jardinagem é eficaz na redução do estresse e ansiedade segundo pesquisas?

A relação entre o trabalho no jardim e a redução de quadros de estresse e ansiedade tem sido objeto de estudos recentes. Pesquisadores destacam que, após algumas semanas dedicadas à jardinagem, voluntários apresentaram diminuição significativa dos sintomas de tensão e agitação mental. Esse efeito é potencializado quando a atividade ocorre em grupo, pois o ambiente social favorece a troca de experiências e amplia as oportunidades de diálogo entre os participantes. No Brasil, práticas como mutirões de plantio e festas de colheita reforçam ainda mais a cultura do bem-estar coletivo.

De acordo com levantamentos, até mesmo quem reside em grandes centros urbanos pode se beneficiar da jardinagem, adaptando a prática para vasos ou pequenos espaços em varandas e apartamentos — uma solução encontrada por muitos brasileiros. O simples fato de tocar a terra e lidar com diferentes tipos de plantas já proporciona estímulos sensoriais e reforça a conexão com a natureza, aspectos considerados fundamentais para o equilíbrio do sistema imunológico, especialmente em um clima predominantemente tropical.

Uma prática simples que pode transformar sua saúde e bem-estar
pessoa com terra em mãos – Créditos: depositphotos.com / SashaKhalabuzar

Como pessoas sem experiência podem começar na jardinagem?

Quem deseja experimentar os benefícios da jardinagem não precisa de conhecimentos avançados em botânica ou agricultura. Iniciativas como hortas coletivas, inclusive promovidas por organizações como a Associação Brasileira de Horticultura e movimentos de agricultura urbana presentes em várias cidades brasileiras, geralmente oferecem orientações práticas e suporte para iniciantes. Além disso, é possível iniciar o cultivo de plantas comestíveis em pequenos vasos ou canteiros, utilizando sementes ou mudas de fácil manejo, adaptadas ao clima brasileiro. Entre as opções mais indicadas estão temperos como cheiro-verde, coentro, hortaliças de crescimento rápido, como alface e rúcula, e espécies nativas.

  1. Escolha um espaço adequado, com boa luminosidade, preferencialmente onde pegue sol pela manhã ou no final da tarde, típico das varandas brasileiras.
  2. Selecione as plantas mais adaptadas ao clima local, como manjericão, pimentas, alecrim, ora-pro-nobis, e outras espécies nativas do Brasil.
  3. Prepare o solo ou utilize substratos próprios para vasos, respeitando as particularidades do solo brasileiro, que costuma ser rico em matéria orgânica.
  4. Realize regas regulares, respeitando a necessidade de cada espécie, considerando a frequência de chuvas típica da sua região.
  5. Faça o acompanhamento do crescimento e observe possíveis pragas ou doenças, buscando soluções naturais tradicionais, como o uso de neem ou extrato de alho.

Ao adotar a jardinagem como parte da rotina, as pessoas passam a cuidar melhor do próprio corpo e da mente, além de contribuir para o fortalecimento de laços comunitários, que são parte central da cultura brasileira. Aos poucos, a atividade também estimula a adoção de escolhas alimentares mais conscientes e favorece a busca por um estilo de vida equilibrado. Ao ampliar o acesso a esses conhecimentos e práticas adaptadas ao contexto brasileiro, torna-se possível transformar o contato com a natureza em uma ferramenta eficaz de promoção da saúde em diferentes regiões do país.

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pessoa praticando jardinagem – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko
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