Muitos pais percebem que, de repente, seus filhos de 7, 8 ou 9 anos passam a ter um suor mais intenso, com odor semelhante ao dos adultos. Isso acontece porque nessa fase começa a ativação das glândulas sudoríparas apócrinas, localizadas principalmente nas axilas e na região genital.
O suor em si não tem cheiro, mas quando entra em contato com bactérias da pele, gera odores mais fortes. Esse processo pode iniciar antes dos 10 anos sem que isso signifique puberdade precoce.
Quais fatores influenciam no odor corporal precoce?
Além das mudanças hormonais, alguns elementos externos e individuais intensificam o cheiro do suor nas crianças. Entre eles, destacam-se:
- Atividade física, que aumenta a produção de suor e a ação bacteriana.
- Alimentação com muitos ultraprocessados, bebidas açucaradas ou temperos fortes.
- Genética e microbioma, já que cada pessoa tem bactérias cutâneas únicas.
- Higiene inadequada, como banhos pouco frequentes ou roupas reaproveitadas.

Por que o cheiro do suor muda nessa fase?
Pesquisas científicas mostram que o odor corporal se transforma com o desenvolvimento. Crianças e adolescentes compartilham compostos no suor, mas nos mais velhos predominam substâncias ácidas e hormônios que reforçam aromas intensos.
Esses compostos podem gerar notas semelhantes a almíscar ou madeira, explicando por que o odor se torna mais perceptível na pré-adolescência.
Quando é sinal de alerta para os pais?
Na maioria dos casos, o odor precoce não indica problema de saúde. Porém, se vier acompanhado de pelos pubianos, acne ou mudanças corporais rápidas, pode ser necessário investigar puberdade precoce.
Condições raras, como a fenilcetonúria ou a trimetilaminúria, também podem causar odores incomuns e exigem avaliação médica.
- Vigilância de sinais físicos, como aparecimento de pelos e alterações corporais.
- Observação do odor, se for persistente ou muito incomum.
- Consulta pediátrica, sempre que houver dúvida sobre o desenvolvimento.

Como ajudar a criança a lidar com o cheiro do suor?
Medidas simples podem reduzir os odores e melhorar o bem-estar. Os especialistas recomendam banhos diários com sabonete neutro, uso de roupas limpas e, em alguns casos, aplicação de desodorante suave.
Também é importante conversar com a criança, explicando que essas mudanças fazem parte do crescimento. Incluir os pequenos na escolha de produtos de higiene pode aumentar a autonomia e o cuidado pessoal.
O tema ainda gera dúvidas em muitas famílias. Compartilhe estas informações e continue acompanhando outros conteúdos sobre saúde infantil e bem-estar.