Ao longo da história, os cães têm sido reconhecidos por sua lealdade inquestionável ao ser humano. Recentemente, seu valor ultrapassou o convívio doméstico e ganhou um papel importante dentro de contextos de saúde mental. Estudos científicos sugerem que determinadas raças, como o caniche, popularmente conhecido no Brasil como poodle, ganham destaque como aliados no tratamento do estresse e da ansiedade, especialmente em ambientes terapêuticos e familiares brasileiros.
Pesquisas realizadas na Espanha e no Brasil ao longo dos últimos anos trouxeram evidências de que a presença de um caniche pode proporcionar ganhos significativos para quem enfrenta quadros de ansiedade ou elevação do estresse. Em diferentes regiões do país, do litoral ao interior, o contato com o animal auxilia na criação de um ambiente mais acolhedor, favorecendo a abertura emocional de pacientes em sessões de terapia. Esse efeito é ainda mais relevante entre grupos como adolescentes brasileiros, que enfrentam desafios próprios relacionados à comunicação e à confiança, especialmente em cenários urbanos onde a convivência direta com a natureza nativa, como em praças e parques com ipês ou flamboyants, é cada vez mais valorizada.

Como cães auxiliam no combate ao estresse e à ansiedade?
A incorporação de cães, especialmente caniches, em terapias psicológicas tornou-se uma alternativa buscada por profissionais diante das dificuldades apresentadas por pacientes. Esses animais, graças ao seu comportamento sociável e afetuoso, conseguem quebrar barreiras emocionais e tornar o ambiente terapêutico menos intimidador. O caniche, em particular, destaca-se pelo seu alto grau de inteligência, facilidade de adestramento e comportamento empático, características apreciadas tanto em clínicas quanto nos lares brasileiros, onde a hospitalidade e o aconchego familiar são aspectos muito valorizados.
Além disso, estudos mostram que a simples presença de um caniche durante a terapia pode ajudar a reduzir a pressão arterial e diminuir o nível dos hormônios do estresse, como o cortisol. Em cidades brasileiras com clima predominante quente e úmido, como Recife ou Manaus, a presença do cão incentiva caminhadas matinais por calçadas arborizadas com árvores de pau-brasil e mangueiras, promovendo integração com a natureza e colaborando ainda mais para o alívio do estresse. Vale ressaltar que o uso de cães de apoio emocional em abordagens terapêuticas cresceu expressivamente no Brasil após 2020, em resposta à crescente busca por métodos inovadores de tratamento psicológico e à valorização do bem-estar em meio à diversidade cultural brasileira.

Quais benefícios o caniche oferece para adolescentes e idosos?
Muitos adolescentes brasileiros que vivenciaram etapas cruciais do desenvolvimento cercados pela tecnologia e pelo isolamento social durante a pandemia do Covid-19 apresentam maior propensão a quadros de ansiedade. Nesses contextos, a presença de um caniche funciona como elemento facilitador do diálogo e da interação social. Em escolas ou espaços abertos como jardins de Burle Marx, a proximidade com o animal desempenha o papel de “ponte” para estimular conversas, oferecendo conforto e diminuindo a sensação de julgamento durante as sessões.
Entre o público da terceira idade, especialmente aqueles que vivem em regiões metropolitanas ou no interior do Brasil, o caniche pode ser de grande utilidade. O convívio diário com o cachorro auxilia na redução da solidão, incentivando uma rotina mais ativa, como caminhadas ao redor de praças com araçás e manacás, proporcionando sensação de acolhimento. De acordo com estudos clínicos espanhóis e recentes pesquisas brasileiras publicadas até 2024, idosos acompanhados por cães demonstraram melhoras em quadros de tristeza e ansiedade, além de relatarem maior motivação para atividades cotidianas, como cuidar de pequenos jardins domésticos com samambaias e bromélias. Houve também aumento no engajamento social e na autoestima entre esse público, promovendo assim o envelhecimento saudável, tão almejado por famílias brasileiras.

De que outras formas o caniche pode apoiar terapias e o cotidiano?
Além das contribuições para a saúde mental, o caniche tem se mostrado um apoio prático em casos de mobilidade reduzida e na adaptação de pessoas com deficiência. Por sua facilidade de aprendizado e sensibilidade ao ambiente, essa raça se destaca também como cão de assistência, oferecendo cuidados e companhia indispensáveis em situações cotidianas que exigem auxílio e atenção, seja em apartamentos urbanos ou em casas com quintais repletos de plantas típicas, como ipês-amarelos e pitangueiras.
- Facilidade de treinamento: O caniche aprende novas tarefas rapidamente, adaptando-se às necessidades do tutor brasileiro, seja em grandes cidades, pequenas comunidades ou zonas rurais.
- Empatia natural: Capacidade de perceber emoções humanas e reagir de maneira positiva aos diferentes jeitos e sotaques do Brasil.
- Versatilidade: Pode atuar tanto em ambientes domésticos quanto em clínicas, escolas ou instituições brasileiras de cuidados com idosos e pessoas com deficiência.
O impacto proporcionado pelo caniche em diferentes contextos evidencia a dimensão da chamada “terapia assistida por animais”. A convivência com cães favorece não apenas a saúde emocional, mas também contribui para a melhoria de aspectos físicos e sociais dos indivíduos, refletindo a hospitalidade e o calor humano típicos da cultura brasileira. À medida que novas pesquisas são desenvolvidas, crescem as possibilidades de integração entre seres humanos e cães na busca por qualidade de vida, unindo a tradição de carinho aos laços familiares e à rica natureza do Brasil.