A manutenção da saúde óssea depende de uma série de fatores, entre os quais se destaca o papel da vitamina D. Este nutriente é fundamental para garantir que o corpo aproveite de maneira adequada o cálcio presente nos alimentos, contribuindo diretamente para a estrutura e resistência dos ossos em diferentes fases da vida. A deficiência de vitamina D pode afetar adultos e idosos, tornando-os mais suscetíveis a problemas como a perda de densidade óssea.
Ao longo dos anos, diversos estudos têm confirmado que a ingestão correta de vitamina D e cálcio auxilia na prevenção de condições como a osteoporose. Para atingir esse objetivo, além da alimentação, outros hábitos saudáveis como a prática regular de atividades físicas são incentivados por especialistas. No Brasil, o equilíbrio entre ingestão desses nutrientes, estilo de vida ativo e exposição à luz solar, favorecida pelo clima tropical da maioria das regiões do país, com abundância de sol na maior parte do ano, compõem o tripé essencial para ossos robustos.
Como a vitamina D contribui para a saúde dos ossos?
A principal função da vitamina D está relacionada à absorção do cálcio, elemento vital para a solidez do tecido ósseo. Sem níveis adequados dessa vitamina, o organismo pode apresentar dificuldades para fixar o cálcio nos ossos, aumentando assim o risco de fraturas e doenças ósseas, como a osteoporose. Além disso, a vitamina D também cumpre um papel importante na manutenção do equilíbrio mineral no corpo, ajudando a evitar perdas de massa óssea principalmente em idosos.
- Favorece a absorção de cálcio
- Contribui para a formação e renovação do tecido ósseo
- Ajuda a prevenir o desenvolvimento da osteoporose

Quais são as necessidades diárias de vitamina D para cada idade?
As recomendações nutricionais variam de acordo com a faixa etária e condição de saúde. Em adultos de 19 a 50 anos, por exemplo, a orientação geral sugere consumo entre 400 a 800 UI de vitamina D diariamente, juntamente com 1.000 mg de cálcio. A partir dos 51 anos, especialmente no caso das mulheres, a necessidade de cálcio aumenta para 1.200 mg e a vitamina D pode chegar a 1.000 UI por dia. Valores que excedem essas indicações, como mais de 2.000 mg de cálcio ou mais de 4.000 UI de vitamina D diariamente, podem ser prejudiciais e aumentar o risco de formação de cálculos renais.
- Crianças e jovens adultos: menores doses, de acordo com o crescimento
- Adultos até 50 anos: 400 a 800 UI de vitamina D diárias
- Pessoas acima de 51 anos: 800 a 1.000 UI de vitamina D por dia
- Mulheres após a menopausa: atenção especial ao cálcio e à vitamina D
Quais alimentos são fontes de vitamina D e cálcio?
Os laticínios, como leite, queijos e iogurtes, estão entre as opções mais conhecidas para garantir o consumo adequado de cálcio. Grande parte desses produtos também é enriquecida com vitamina D, facilitando o alcance das necessidades diárias. No Brasil, alternativas vegetais, como bebidas de soja, arroz e aveia enriquecidas, e cereais fortificados, têm ganhado espaço especialmente entre pessoas com restrições alimentares. Outra dica é aproveitar a diversidade da flora brasileira: hortaliças como couve-manteiga, taioba, agrião e brócolis, além de sementes como a chia, que também são fontes de cálcio. Para vitamina D, além dos peixes em conserva com ossos macios, como sardinha e salmão, comuns na culinária brasileira, a exposição solar regular é essencial, pois atua como fonte natural de vitamina D para o corpo, especialmente em países tropicais como o nosso, onde o sol está presente em boa parte do ano. Entre outros fatores, lembrar-se de variar as fontes de cálcio e vitamina D na alimentação contribui para melhor aproveitamento e saúde óssea.
- Laticínios (leite, queijo, iogurte)
- Bebidas vegetais e alimentos fortificados (soja, arroz, aveia, cereais)
- Hortaliças de folhas verdes (couve-manteiga, agrião, brócolis, taioba)
- Peixes com espinhas moles (sardinha, salmão)
- Sementes brasileiras, como chia e linhaça
- Exposição solar moderada para estimular a síntese natural de vitamina D

Quando os suplementos de vitamina D são recomendados?
Embora a dieta balanceada e a exposição ao sol sejam suficientes para a maior parte da população, algumas pessoas podem necessitar de suplementação. Isso ocorre, por exemplo, em idosos, pessoas com absorção intestinal reduzida ou indivíduos com pouca exposição à luz solar, como em regiões do país com maior incidência de chuvas ou durante o inverno no Sul e Sudeste, quando os dias nublados se tornam mais frequentes. Antes de iniciar qualquer suplementação, é essencial que um profissional de saúde avalie a necessidade, levando em conta os níveis sanguíneos do nutriente e eventuais riscos associados ao excesso.
A saúde dos ossos depende de uma atenção contínua à alimentação, exposição solar e acompanhamento médico. Manter uma rotina que inclui fontes variadas de vitamina D e cálcio, valorizando a rica diversidade de alimentos da flora brasileira, junto com um estilo de vida saudável e aproveitando o clima ensolarado típico do Brasil, representa um investimento preventivo para evitar complicações futuras associadas à perda de massa óssea.
