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O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros

A relação entre o consumo de ovo e o colesterol foi motivo de dúvidas durante décadas. Por muitos anos, predominou a ideia de que comer ovos frequentemente poderia elevar os níveis de colesterol no sangue e, consequentemente, aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Essa crença fez com que muitas pessoas, inclusive no Brasil, restringissem a ingestão de ovos, acreditando que se tratava de um alimento prejudicial à saúde do coração.

Com o passar do tempo, a ciência aprofundou seus estudos sobre o tema. Pesquisas realizadas até 2025 mostram que o impacto do ovo no colesterol não é tão significativo quanto se pensava antigamente. Diversos especialistas e entidades nutricionais reforçam que, em indivíduos saudáveis, a ingestão regular de ovos não representa um risco aumentado de problemas cardíacos e, quando aliado a uma alimentação equilibrada, pode até mesmo favorecer a saúde. No Brasil, o ovo faz parte do nosso dia a dia, presente em receitas tradicionais de norte a sul, em pratos como o arroz com ovo, o famoso pão de queijo com ovo ou ainda o cuscuz nordestino servido com ovo caipira.

Ovo eleva o colesterol? O que diz a ciência em 2025?

A dúvida sobre se o ovo realmente aumenta o colesterol ainda está presente no cotidiano de muitos brasileiros. Análises recentes mostram que o colesterol dietético, aquele consumido nos alimentos, especialmente na gema de ovo, afeta de forma limitada o colesterol sanguíneo da maioria das pessoas. O organismo possui mecanismos naturais que regulam a produção de colesterol conforme a ingestão. Assim, quando há maior consumo através da alimentação, o fígado tende a reduzir sua produção interna, mantendo a estabilidade dos índices.

Estudos realizados por universidades europeias, como a Universidade de Castilla, e instituições de referência brasileiras, como universidades federais e a Sociedade Brasileira de Cardiologia, apontam que o consumo regular de ovos pode levar ao aumento da lipoproteína HDL, conhecida como “colesterol bom”. O HDL ajuda na eliminação do colesterol das artérias, atuando na prevenção de doenças do sistema cardiovascular. Ou seja, além de não prejudicar, o ovo pode contribuir positivamente para o perfil lipídico do organismo. Além disso, meta-análises recentes sugerem que o impacto do ovo no risco cardiovascular depende mais do padrão alimentar global e de outros fatores, como sedentarismo, tabagismo ou consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, do que do consumo isolado do alimento.

O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros
O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros – Créditos: depositphotos.com / MicEnin

Quais nutrientes o ovo oferece ao organismo?

O ovo é reconhecido como uma das fontes mais ricas em nutrientes disponíveis na natureza, concentrando cerca de 13 vitaminas e minerais essenciais. Entre eles, destacam-se as vitaminas A, D, E, B12 e minerais como ferro, zinco, fósforo e cálcio. O alimento também contém todos os nove aminoácidos essenciais, necessários para a construção e manutenção dos tecidos corporais, o que justifica ser tão valorizado em dietas saudáveis.

  • Proteínas de alto valor biológico: essenciais para a formação muscular, recuperação e fortalecimento do organismo, tão importantes para quem pratica esportes ao ar livre, típicos do clima tropical brasileiro.
  • Lecitina: nutriente presente na gema do ovo, ótimo para o funcionamento cerebral e proteção do sistema nervoso.
  • Ácidos graxos insaturados: conhecidos como “gorduras boas”, ajudam no controle do colesterol e na prevenção de problemas cardíacos.

A presença desses nutrientes faz com que o ovo seja um alimento completo, facilmente inserido em diferentes refeições, do café da manhã ao jantar. No Brasil, é tradição servir o ovo com mandioca cozida, abacate ou no recheio de tapiocas, alimentos típicos de nossa biodiversidade. Além disso, é uma opção econômica e sustentável para a alimentação cotidiana, valorizando produções regionais como o ovo caipira, originário de galinhas criadas soltas em quintais com acesso à vegetação tipicamente brasileira. Vale destacar que o ovo também contém antioxidantes como luteína e zeaxantina, importantes para a saúde dos olhos, especialmente em regiões de clima quente e ensolarado como o nosso país.

Comer ovo todo dia faz mal à saúde?

Sempre surge o questionamento sobre a quantidade ideal de ovos por dia. Segundo especialistas, a ingestão de até um ovo diário está associada à segurança alimentar para a maioria das pessoas. Não há indícios de que essa quantidade aumente o risco de doenças cardíacas em adultos saudáveis. Para pessoas com condições clínicas específicas, como colesterol muito alto por fatores genéticos, é fundamental a avaliação de um profissional de saúde antes de ajustes na alimentação.

Benefícios como aumento da saciedade e auxílio no controle do peso são comumente observados. O ovo, graças à sua dose elevada de proteínas e gorduras saudáveis, proporciona sensação de saciedade prolongada, o que pode reduzir o consumo calórico em outras refeições. Isso faz com que também seja um aliado em estratégias de emagrecimento e no combate ao excesso de peso, uma preocupação crescente nas grandes cidades brasileiras, diante da rotina acelerada e do fácil acesso a alimentos ultraprocessados.

O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros
O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

O ovo pode ser inserido em qualquer dieta?

Versátil e saboroso, o ovo está presente em planos alimentares variados. Tornou-se especialmente popular em dietas de baixa ingestão de carboidrato e em regimes focados na construção de massa magra. Existem dietas, como a chamada “dieta do ovo”, que propõem o consumo frequente desse alimento, acompanhado de legumes, vegetais e fontes de proteína magra. No entanto, estratégias restritivas desse tipo devem ser implementadas apenas sob supervisão de um nutricionista, pois podem causar desequilíbrios quando feitas sem acompanhamento adequado.

  1. Ovo cozido ou mexido no café da manhã fornece energia para iniciar o dia, sendo uma escolha prática até mesmo nos dias quentes dos verões brasileiros.
  2. Receitas como omeletes oferecem praticidade e permitem incluir outros ingredientes saudáveis típicos do Brasil, como espinafre, tomate, pimentão, cogumelos da Mata Atlântica ou ora-pro-nóbis.
  3. Adicionar ovos à salada do almoço ou do jantar pode incrementar o valor nutricional da refeição, harmonizando bem com vegetais regionais como alface, rúcula e cenoura frescos das feiras livres.

Incluindo ovos de forma consciente e equilibrada no cardápio, é possível aproveitar seus benefícios sem comprometer a saúde cardiovascular. No Brasil, a orientação dos profissionais sempre será baseada no perfil e nas necessidades individuais, promovendo uma alimentação segura, diversificada e nutritiva de acordo com a nossa cultura alimentar.

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O alimento mais completo e acessível segundo nutricionistas brasileiros – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko
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