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O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa

As alterações hormonais que marcam a chegada da menopausa costumam ocorrer entre os 40 e 50 anos, sendo que a média de idade para este processo, no Brasil, é de aproximadamente 50 anos. Durante esse período, as mulheres passam por transformações físicas e emocionais que podem afetar diversos aspectos do bem-estar. Entre os sintomas mais comuns estão os famosos fogachos (ondas de calor), a sudorese noturna, que pode ser especialmente desconfortável em regiões de clima quente, como o Centro-Oeste ou o Nordeste brasileiro, distúrbios do sono, mudanças de humor e impactos sobre a memória. Essa fase é considerada oficialmente instaurada após doze meses consecutivos sem menstruação ou episódios de sangramento.

No contexto brasileiro, em que o clima tropical predomina na maior parte das regiões e a biodiversidade influencia hábitos e alimentares, os efeitos da menopausa acabam por influenciar diretamente a qualidade de vida, levando a variações de energia e humor e, consequentemente, exigindo acompanhamento médico periódico. Diante dessas mudanças, manter o olhar atento para possíveis alternativas de cuidado é fundamental, especialmente quando se trata da saúde cardiovascular, uma questão que ganha ainda mais relevância após a menopausa.

O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa
O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa – Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

Levantando-se mais vezes ao dia pode ajudar a controlar a pressão arterial?

Pesquisas recentes sugerem que pequenas alterações nos hábitos diários têm o potencial de trazer benefícios objetivos para a pressão arterial em mulheres pós-menopáusicas. Em um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia em San Diego, foram recrutadas mulheres de 55 anos ou mais com sobrepeso ou obesidade para investigar se aumentar o número de vezes em que deixam a cadeira durante o dia teria reflexos positivos na pressão sanguínea.

O ensaio, conhecido como “Rise for Health Study”, envolveu 407 mulheres, que participaram de diferentes estratégias: algumas receberam orientações para reduzir o tempo total sentadas, outras foram incentivadas a se levantar mais vezes, e um terceiro grupo recebeu apenas informações sobre hábitos saudáveis em geral. Todas usaram dispositivos para medir tanto o tempo sentado quanto a frequência dos levantamentos, além de terem monitorada a pressão arterial e outros parâmetros metabólicos.

O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa
O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa – Créditos: depositphotos.com / leungchopan

Como o simples ato de levantar-se afeta a saúde cardiovascular?

Os resultados mostraram que apenas as participantes que aumentaram a quantidade de vezes em que se levantavam diariamente conseguiram uma melhora mensurável na pressão arterial diastólica, com uma redução média de 2,2 mm Hg em três meses. Curiosamente, o grupo que apenas diminuiu o tempo total sentado não apresentou mudanças significativas na pressão arterial. Não foram encontradas diferenças em índices de glicose ou insulina entre os grupos observados.

A fisiologia por trás desse fenômeno se relaciona à ativação constante dos músculos das pernas ao se levantar repetidas vezes. Esse movimento estimula a circulação sanguínea e alivia a sobrecarga dos vasos, o que pode contribuir para a redução da pressão sanguínea. Em contrapartida, períodos prolongados em posição sentada reduzem essa dinâmica muscular, influenciando negativamente o funcionamento dos vasos sanguíneos. Além disso, levantando-se com mais frequência, há também potencial melhoria da disposição e da energia ao longo do dia, beneficiando o bem-estar geral.

  • Movimentos frequentes: Levantar-se várias vezes estimula o fluxo sanguíneo.
  • Musculatura ativa: A ativação dos músculos das pernas favorece a circulação.
  • Exposição prolongada ao sedentarismo: Permanecer sentado por longos períodos diminui o tônus muscular e pode prejudicar a saúde vascular.

No clima brasileiro, onde os dias podem ser quentes e a disposição é influenciada tanto pela temperatura ambiental quanto pelos hábitos culturais, aproveitar momentos para se movimentar, seja levantando-se do sofá para cuidar das plantas da varanda, regar um jardim de espécies nativas como a espada-de-são-jorge ou fazer pequenas caminhadas pelo quintal, já pode trazer benefícios. As frutas típicas do Brasil, como açaí, acerola e jabuticaba, presentes em muitos lares, também podem contribuir para uma alimentação mais rica em antioxidantes, ponto importante para a saúde cardiovascular na pós-menopausa.

O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa
O hábito simples que pode reduzir a pressão arterial após a menopausa – Créditos: depositphotos.com / michaeljung

Quais os limites e recomendações das novas pesquisas sobre menopausa e pressão arterial?

Os cientistas observaram que o benefício detectado, embora modesto, foi considerado inovador pela equipe e alcançado sem a necessidade de grandes alterações na quantidade total de horas sentadas. No entanto, a pesquisa possui algumas limitações: a maioria das voluntárias era branca e não hispânica, o que torna menos evidente se os resultados se aplicam a mulheres de outros grupos étnicos, como as diversas populações brasileiras, marcadas por grande miscigenação. O período do estudo também foi restrito a três meses, sem análise da manutenção dos benefícios a longo prazo.

Outro ponto destacado foi que grande parte das participantes já utilizava medicação para controlar a hipertensão, o que potencialmente reduziu o impacto das mudanças comportamentais. Aspectos como alimentação – que no Brasil é marcada por grande diversidade de frutas, verduras e folhas, muitas vezes nativas ou adaptadas à flora local, e qualidade do sono, ambos diretamente ligados à pressão arterial e à saúde pós-menopausa, não foram incluídos na intervenção, representando pontos de atenção para estudos futuros.

  1. Consultar regularmente um profissional de saúde para monitoramento individualizado.
  2. Adotar, quando possível, a prática de levantar-se com maior frequência ao longo do dia – seja para buscar uma jarra de água, cuidar das plantas preferidas ou dar uma volta pelo quintal.
  3. Buscar estratégias integradas que considerem não somente a movimentação, mas também alimentação equilibrada, com alimentos naturais e regionais, e qualidade do sono mesmo em noites quentes típicas de grande parte do país.

O crescimento do interesse em intervenções acessíveis para promover o bem-estar durante a pós-menopausa reflete a busca por alternativas menos invasivas e mais simples para lidar com desafios comuns neste período vivenciado pelas brasileiras. O simples hábito de se levantar mais vezes mostra-se um aliado potencial na rotina de autocuidado, especialmente para quem busca cuidar da pressão arterial sem grandes intervenções. Aliar essa prática aos costumes locais, ao contato com a natureza presente na flora do país e a uma alimentação colorida e tropical, pode potencializar ainda mais os benefícios para a saúde.

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