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Guia prático para prevenir e combater ervas daninhas em hortas e jardins

Ao final do inverno e início da primavera, muitos jardineiros brasileiros encontram uma paisagem repleta de plantas indesejadas, conhecidas popularmente como mato ou ervas daninhas. O desafio de removê-las faz parte da rotina nos cuidados com jardins, principalmente após períodos de clima frio ou secos, comuns em diversas regiões do Brasil, quando o solo pode estar mais compacto e as raízes dessas plantas, como tiririca, picão e beldroega, se aprofundam com facilidade. Um dos segredos para facilitar esse processo está relacionado à umidade da terra, fator essencial tanto para o desenvolvimento das espécies cultivadas quanto para a eficiência na hora de eliminar as invasoras.

Métodos simples e acessíveis têm ganhado destaque entre os entusiastas de jardinagem de todo o país, especialmente por garantirem resultados sem recorrer a produtos químicos agressivos ao meio ambiente. Uma estratégia é aproveitar o momento em que o solo está úmido, seja devido às chuvas recentes, muito comuns em boa parte do território brasileiro durante a primavera-verão, ou ao ato de regar de forma adequada. Dessa forma, é possível retirar as plantas invasoras com maior facilidade, minimizando o risco de quebrar as raízes e favorecendo um jardim mais limpo e preparado para receber novas mudas de espécies típicas, como manacá-da-serra, onze-horas, quaresmeira e jasmins.

Qual a melhor forma de remover ervas daninhas do jardim?

Para quem deseja manter o jardim saudável sem o uso de herbicidas, há um conselho frequentemente recomendado por especialistas brasileiros: garantir que o solo esteja devidamente molhado antes de começar o trabalho de remoção manual. A terra úmida, ao contrário da seca, reduz a resistência ao puxar a planta, o que favorece a extração completa das raízes. Este detalhe é fundamental, pois raízes quebradas e deixadas no solo podem originar rapidamente novas plantas indesejadas como capim-colchão, conhecido em todo o Brasil.

O processo é simples: em dias sem chuva, recomenda-se irrigar a área afetada, permitindo que a água penetre cerca de um centímetro no solo, um cuidado importante durante secas regionais, como no Centro-Oeste ou no Nordeste. Após algumas horas, a umidade já estará no ponto ideal para facilitar a retirada dos matinhos. Com as mãos protegidas por luvas, basta segurar a planta rente ao solo e puxar com calma. Caso alguma se mostre resistente, ferramentas para jardinagem, como enxadinha ou sacho, bastante usados em hortas urbanas de cidades brasileiras, podem auxiliar, mas sem a necessidade de força excessiva.

Guia prático para prevenir e combater ervas daninhas em hortas e jardins – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Soluções caseiras para eliminar plantas invasoras

Além do método tradicional da água, alternativas caseiras têm se mostrado eficientes na tarefa de controle de plantas daninhas até mesmo em hortas orgânicas e carros de roça. Uma técnica bastante conhecida é a utilização de água fervente diretamente sobre as plantas a serem eliminadas. O calor intenso destrói rapidamente a estrutura da erva invasora, facilitando a remoção. Entretanto, é preciso atenção redobrada para não atingir mudas de temperos ou flores próximas, como alecrim, manjericão e cravina, ou causar acidentes durante a aplicação.

Outra opção consiste em preparar uma mistura à base de vinagre (facilmente encontrado em supermercados brasileiros), sal e detergente neutro. Neste caso, o vinagre atua como agente desidratante, o sal impede a rebrota e o detergente auxilia na aderência da solução. Para preparar, utiliza-se um litro de vinagre, uma xícara de sal e uma colher de detergente, aplicando-se diretamente sobre as folhas indesejadas. Importante ressaltar que essa mistura também pode afetar plantas vizinhas, exigindo cuidado durante sua aplicação, especialmente em canteiros com mudas de plantas nativas ou hortaliças brasileiras.

Como prevenir o surgimento de ervas daninhas?

Apesar das práticas de remoção, a prevenção é um passo essencial para garantir o sucesso a longo prazo no controle de plantas invasoras. Uma das técnicas recomendadas para reduzir o crescimento dessas ervas é a cobertura do solo com jornais ou papelão, método conhecido como mulching. Essa barreira impede a passagem de luz solar, brecando a germinação e o crescimento das plantas indesejadas, mas não impede a entrada de água e nutrientes para plantas ornamentais e comestíveis, como azaleia, hibisco ou ora-pro-nóbis.

Para aplicar essa estratégia, basta cobrir a superfície do canteiro com seis folhas de jornal (embaixo das lonas também funciona no sítio) ou uma camada de papelão, umedecendo levemente antes de distribuir a cobertura orgânica, como casca de árvore, palha, folhas secas ou mesmo podas trituradas, práticas bastante comuns em chácaras brasileiras. Veja outras ações práticas para dificultar o aparecimento de plantas invasoras:

  • Capina regular: Realizar a limpeza sempre que perceber novos brotos, usando enxadas ou foices manuais, como se faz tradicionalmente na agricultura familiar.
  • Plantio adensado: Quanto mais cobertura vegetal desejada, menor espaço para plantas invasoras, técnica muito usada em agroflorestas brasileiras.
  • Monitoramento constante: Observar o jardim, quintal ou horta com frequência facilita o controle precoce e evita surpresas após as chuvas de verão.
Guia prático para prevenir e combater ervas daninhas em hortas e jardins – Créditos: depositphotos.com / Copit1606

Quais são os cuidados durante a remoção manual?

No momento da remoção manual de ervas daninhas, a segurança deve ser uma prioridade. O uso de luvas evita contato direto com possíveis espinhos ou substâncias irritantes, protegendo as mãos durante a atividade, cuidado essencial ao lidar com tiririca, urtiga ou carrapicho. Além disso, há situações em que alguma planta apresenta resistência significativa. Nestes casos, o uso de enxadas, sachos, facões ou outras ferramentas específicas pode ser necessário, sempre com cautela para não prejudicar as raízes das plantas cultivadas ao redor, especialmente em hortas urbanas ou jardins de espécies nativas da flora brasileira.

Vale lembrar que tanto métodos manuais quanto soluções caseiras apresentam menor impacto ambiental, promovendo um manejo mais sustentável e saudável para o jardim, respeitando a biodiversidade típica do Brasil. Todos os procedimentos recomendados também contribuem para a preparação do espaço para o cultivo de novas espécies durante a primavera e o verão, períodos de intenso crescimento vegetativo, comuns em todas as regiões brasileiras.

O combate às ervas daninhas exige atenção e prática constante, mas, com algumas adaptações na rotina, considerando o clima tropical, subtropical e até semiárido do Brasil, e o uso de técnicas naturais, é possível manter os canteiros limpos, saudáveis e produtivos ao longo de todo o ano.

Guia prático para prevenir e combater ervas daninhas em hortas e jardins – Créditos: depositphotos.com / miskolin
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