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Essa técnica com rolhas mudou o jeito de cuidar das minhas plantas

Não é raro encontrar brasileiros em busca de soluções criativas para garantir que suas plantas cresçam saudáveis e vigorosas, principalmente em apartamentos, casas urbanas ou varandas. Entre as alternativas sustentáveis, o uso de rolha natural, proveniente de rolhas de garrafa, passou a ganhar destaque nos lares de quem cultiva jardins e hortas, especialmente onde o clima é mais quente e úmido, como em grande parte do Brasil. Embora, à primeira vista, a rolha possa parecer apenas uma solução improvisada, sua aplicação no substrato de vasos traz benefícios que vão além do reaproveitamento de resíduos e combinam perfeitamente com o espírito de sustentabilidade tão presente no país.

A crescente popularidade dessa prática no Brasil se deve à sua simplicidade, baixo custo e à eficiência em proporcionar melhores condições para o desenvolvimento das raízes, algo essencial para plantas típicas do clima tropical, como samambaias, jiboias, costelas-de-adão e diversas espécies de ervas aromáticas brasileiras. O material, obtido da casca do sobreiro, uma árvore nativa da região do Mediterrâneo, mas cuja rolha está acessível ao brasileiro por meio das rolhas de vinho, se diferencia por sua estrutura porosa, leveza e capacidade de regular tanto a umidade quanto o fluxo de ar no interior do vaso. Não à toa, ele se transformou em um aliado valioso para o cultivo urbano, onde a preocupação com o equilíbrio ecológico e o controle de pragas é constante, especialmente diante dos períodos de chuvas intensas seguidos de calor. Recentemente, alguns jardineiros brasileiros também têm relatado que a rolha contribui para manter os nutrientes disponíveis por mais tempo no solo, melhorando a saúde das plantas em ambientes urbanos e até em pequenos quintais e varandas.

Como a rolha melhora o substrato de vasos?

Um dos maiores desafios para quem cultiva plantas em recipientes no Brasil, especialmente em cidades quentes e úmidas, é manter o substrato solto, bem arejado e com níveis adequados de umidade. Nesses contextos, a rolha entra como um verdadeiro regulador, sendo uma solução prática para espécies tropicais e ornamentais muito populares, como bromélias, antúrios, violetas e aspargos. Sua estrutura esponjosa permite que água e ar circulem livremente, beneficiando diretamente a oxigenação das raízes. Esse fluxo regular previne o problema do encharcamento, muito comum em vasos mal drenados, especialmente na época de chuva forte, reduzindo a chance de apodrecimento radicular e episódios de seca repentina, comuns em períodos de calor intenso. Além disso, há relatos de que a rolha colabora na prevenção do crescimento excessivo de fungos nocivos, pois contribui para um solo mais equilibrado em umidade, o que faz diferença para quem cultiva plantas arro, violetas ou cactos, muito presentes na flora brasileira.

  • Drenagem eficiente: A rolha cria uma base que facilita o escoamento do excesso de água para fora do vaso, importante para espécies nativas como a espada-de-são-jorge ou a suculenta.
  • Retenção equilibrada de umidade: Contribui para manter, por mais tempo, níveis adequados de água no solo, essencial para plantas que não resistem ao ressecamento, como o manjericão e a hortelã.
  • Aeração consistente: Evita o acúmulo de gases e permite que as raízes se desenvolvam num ambiente saudável, favorecendo orquídeas brasileiras e samambaias.
Essa técnica com rolhas mudou o jeito de cuidar das minhas plantas – Créditos: depositphotos.com / JaynaB

Quais os métodos para utilizar rolha em plantas?

A introdução de rolha nos vasos pode ser feita de diversas formas, de acordo com o objetivo do jardineiro e do tipo de planta cultivada. Para incrementar a drenagem, uma opção simples é posicionar rolhas inteiras ou cortadas ao meio no fundo do vaso, antes de adicionar a terra. Essa camada serve como um filtro, impedindo que o substrato obstrua os furos de escoamento e assegurando o fluxo de água. No caso de SAMAMBAIAS, muito populares no Sul e Sudeste, essa técnica tem evitado o apodrecimento das raízes.

Outra técnica consiste em triturar as rolhas e misturá-las à terra. Dessa maneira, os pequenos pedaços se distribuem pelo substrato, proporcionando microventilação contínua e conservando a umidade sem criar pontos de encharcamento. Esse método é bastante utilizado em vasos pequenos ou em cultivos sensíveis ao excesso de água, como as violetas e as orquídeas brasileiras. Em algumas experiências, a rolha triturada foi utilizada também em composições de substratos para bromélias, com bons resultados para a saúde das raízes.

  1. Coloque rolha (rolhas inteiras ou partidas) na base do vaso, com os orifícios de drenagem livres.
  2. Adicione o substrato e plante conforme a necessidade da espécie escolhida, como boldo, alecrim ou jiboia.
  3. Se preferir, misture rolha triturada à terra para melhorar a aeração e a retenção hídrica.
  4. Para proteção contra pragas, cubra a superfície do vaso com pedaços de rolha, criando uma ‘mulch’ natural adaptada ao calor brasileiro.

A rolha realmente impede pragas nas plantas?

Entre as vantagens menos óbvias do uso de rolha está o seu potencial em dificultar o aparecimento de insetos e pequenos moluscos, tão comuns nos ambientes tropicais do Brasil. Ao ser disposta sobre o solo, a rolha forma uma barreira física que torna mais difícil para pragas como moscas-de-vaso, formigas e lesmas, frequentes em regiões úmidas, alcançarem a base das plantas. Além disso, devido à sua baixa capacidade de absorção de água, o material contribui para um ambiente menos propício à proliferação desses organismos comuns nas épocas de chuva.

Em regiões de clima quente, como no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, a rolha também ajuda a reduzir a evaporação da água, mantendo as raízes protegidas de temperaturas extremas. Com isso, as plantas resistem melhor às oscilações climáticas e tendem a crescer mais fortes, sem depender de pesticidas ou produtos químicos agressivos. Além disso, o uso da rolha como cobertura superficial reduz o surgimento de ervas daninhas no vaso, facilitando o manejo do jardim urbano brasileiro.

Essa técnica com rolhas mudou o jeito de cuidar das minhas plantas – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Quais cuidados são necessários ao reciclar rolhas de rolha nas plantas?

Embora a rolha traga diversos benefícios para o cultivo, algumas recomendações devem ser seguidas para garantir bons resultados. É importante sempre utilizar rolhas de rolha natural, evitando as versões sintéticas ou com resíduos de vinho tinto, pois estes podem alterar o pH da terra ou atrair fungos indesejados, problema agravado pela umidade do clima brasileiro. A lavagem prévia das rolhas, quando necessário, ajuda a eliminar possíveis contaminantes.

Outro ponto de atenção diz respeito à renovação do material. Com o tempo, a rolha pode se compactar ou perder parte de sua capacidade de drenagem. Recomenda-se, portanto, verificar a condição da camada de drenagem a cada troca de planta ou repicagem, substituindo os pedaços antigos por novos. Assim, a funcionalidade do substrato é mantida e o ambiente das raízes permanece sempre saudável. Também se aconselha que, ao reutilizar rolhas, seja feita uma inspeção cuidadosa para evitar a introdução de fungos já presentes no material, principalmente durante os meses mais úmidos do ano.

Integrar a rolha ao cuidado diário com plantas representa uma forma prática de reciclar materiais, economizar recursos e favorecer o cultivo sustentável, alinhado às necessidades do clima e da flora brasileira. A simplicidade dessa técnica, alinhada à sua eficácia comprovada, contribui para que mais pessoas se interessem por práticas ecológicas, ao mesmo tempo em que promovem vitalidade e saúde para o jardim doméstico em qualquer região do país.

Essa técnica com rolhas mudou o jeito de cuidar das minhas plantas – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko
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