Entre as mais interessantes plantas suculentas encontradas em jardins brasileiros, destaca-se o sedum, também conhecido popularmente como “stonecrop” ou “sedum-brasileiro” em algumas regiões. Por possuir folhagem suculenta e capacidade invejável de sobreviver a climas adversos, esse gênero chama atenção de quem busca diversidade e resistência para composições paisagísticas nos mais variados biomas do nosso país, como Cerrado e Mata Atlântica. O sedum apresenta visual único, com folhas carnudas e flores pequenas, geralmente em formato de estrela, que podem variar em coloração conforme a espécie escolhida e o microclima da região.
Muito valorizado por paisagistas e jardineiros do Brasil, o sedum é recomendado tanto para a formação de maciços quanto como forração do solo, preenchendo brechas em pedras de calçamento ou compondo jardins de baixo consumo hídrico, algo muito buscado em regiões de estiagem prolongada como em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Além da estética marcante, este grupo vegetal oferece fácil manejo, características de pouca exigência em irrigação e tolerância ao pisoteio, funcionando bem em áreas que recebem tráfego leve de pessoas ou animais domésticos, comuns nos quintais brasileiros.
Quais são as principais características do sedum?
O gênero Sedum agrupa mais de 600 espécies, incluindo variedades rasteiras comuns no paisagismo nacional e exemplares de porte ereto, permitindo múltiplos usos na jardinagem de residências, praças e até canteiros urbanos. Os stonecrops possuem adaptações que favorecem o armazenamento de água em suas folhas e caules, possibilitando resistirem a longos períodos de seca, típicos de diversas regiões brasileiras. Além disso, são plantas de fácil propagação, podendo se multiplicar por sementes, divisão de touceiras, prática muito utilizada em viveiros do país, ou por estacas.
- Folhagem suculenta e resistente
- Diversidade de formas e alturas
- Flores em diversos tons, combinando bem com flora nativa, como lantanas, agaves e cactos
- Capacidade de suportar solos pobres, típicos de áreas rochosas do Cerrado e da Caatinga
- Cultivo viável em vasos, pátios, telhados verdes ou jardins de pedras

Como cultivar sedum em casa ou no jardim?
Para quem deseja iniciar o cultivo, o sedum deve ser colocado em áreas com boa incidência de luz, priorizando locais de exposição direta ao sol por pelo menos seis horas diárias, condições facilmente encontradas na maior parte do Brasil. Essas suculentas adaptam-se a solos drenantes e substratos leves, por isso recomenda-se uma mistura incluindo areia grossa ou até substrato com pedrisco, como muitos paisagistas brasileiros já adotam, para evitar o acúmulo de umidade nas raízes.
- Escolha um recipiente com furos ou prepare o solo do jardim, misturando areia grossa ao substrato, podendo reaproveitar areia de construção limpa.
- Plante mudas respeitando o espaçamento entre elas (de 15 a 50 centímetros, conforme a espécie).
- Irrigue de modo moderado, sempre aguardando o solo secar antes de regar novamente, em regiões mais chuvosas do Sul e Sudeste, espaçar ainda mais as regas.
- Sedums não exigem adubações frequentes; uma camada fina de composto orgânico ou húmus de minhoca já é suficiente e acessível em feiras e hortas urbanas.
- Caso prefira propagar, utilize estacas de aproximadamente 10 centímetros, removendo folhas da base antes de inserir na terra; essa técnica é especialmente prática no cultivo compartilhado entre vizinhos, comum em comunidades brasileiras.
Quais cuidados são essenciais para garantir o desenvolvimento saudável do sedum?
Mesmo sendo planta rústica, o sedum ainda está sujeito a alguns desafios, sobretudo em relação ao excesso de água ou ambientes muito úmidos, frequentes em áreas litorâneas ou durante o verão chuvoso. Manter o solo seco é fundamental para evitar doenças fúngicas, como podridão de raízes, comuns no clima tropical quando há acúmulo de água. Além disso, pode ser benéfico realizar poda leve após o florescimento para estimular novos brotos e controlar o formato da planta. Embora tenha resistência natural a pragas, é possível ocorrer ataques pontuais de insetos ou lesmas, sobretudo em condições de clima úmido típico de regiões como Sudeste e Sul durante o verão.
- Evitar encharcamento da terra, ficando atento após chuvas intensas
- Retirar folhas e flores secas periodicamente
- Monitorar a presença de pragas, como cochonilhas e caramujos, comuns em jardins urbanos e hortas comunitárias
- Realizar limpeza das ferramentas após o uso para evitar contaminações fúngicas
Nas regiões mais frias do Brasil, como áreas serranas do Sul ou Sudeste, o sedum também demonstra grande versatilidade, suportando baixas temperaturas e até pequenas geadas, o que amplia ainda mais as possibilidades de utilização desse suculento no paisagismo residencial brasileiro.

Onde o sedum pode ser utilizado no paisagismo?
A aplicação do sedum nos projetos de jardinagem brasileiros vai além dos tradicionais canteiros. Essa planta é frequentemente empregada em jardins de pedra, muros verdes, telhados ecológicos, comuns em capitais preocupadas com sustentabilidade, e como cobertura viva em vasos e floreiras em varandas de apartamentos. Sua resistência ao calor intenso e à escassez hídrica faz do sedum uma opção ideal para locais de baixa manutenção ou para projetos de jardins ecológicos e sustentáveis, em sintonia com as tendências verdes do paisagismo brasileiro.
Entre as espécies mais populares estão o Sedum spectabile, de porte ereto, com inflorescências coloridas que atraem abelhas nativas, colaborando para a polinização urbana, e o Sedum spurium, ideal para cobrir o solo e fazer contraste com gramas e plantas nativas. Cada variedade oferece uma experiência visual diferente, permitindo explorar contrastes de textura e cor em canteiros, telhados, pátios ou mesmo em pequenos vasos de varandas e quintais.
No contexto do paisagismo atual no Brasil, adaptação, resistência e menor demanda hídrica são características muito desejadas, principalmente em tempos de mudanças climáticas. O sedum atende a todas elas com eficiência. Ao escolher espécies desse gênero para o jardim, cria-se um ambiente de baixa manutenção, com atratividade durante o ano todo e destaque para a beleza singular de uma suculenta que, pouco a pouco, conquista espaço em todas as regiões brasileiras.
