A Marcela-galega, conhecida cientificamente como Achyrocline satureioides, é uma planta amplamente presente em diversas regiões do sul do Brasil. Popularmente chamada de macelinha, essa herbácea chama a atenção não apenas por seu visual ornamental com flores amarelas, mas também pelo aroma marcante e suas aplicações medicinais tradicionais. Desde o cultivo até a utilização no dia a dia, a Marcela-galega reúne características que a tornam interessante tanto para quem aprecia jardinagem quanto para quem busca alternativas naturais de cuidado com a saúde, seguindo costumes muito presentes na cultura brasileira, especialmente em comunidades do interior e regiões rurais.
Adaptada para o clima predominante em regiões subtropicais do Brasil, como o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e com ciclo de vida perene, essa planta pertence à família Asteraceae, mesma de espécies populares como a margarida e o girassol, todas muito comuns em nossos campos abertos e cerrados. A Marcela-galega apresenta vantagens pelo fácil cultivo, já que não exige replantio frequente. Com um aroma que lembra o capim-limão, planta típica das hortas brasileiras, tanto as flores quanto as folhas são muito utilizadas no preparo de chás e em produtos cosméticos, tornando-se presença frequente em hortas caseiras, pátios de sítios e jardins urbanos de cidades brasileiras.
Como plantar Marcela-galega no jardim ou em vasos?
O processo de plantio da Marcela-galega começa com a escolha do solo adequado. Preferencialmente, deve-se optar por solos bem drenados, ricos em matéria orgânica (como húmus de minhoca ou composto caseiro, muito utilizados no Brasil) e com pH que varie entre 6,0 e 7,0. O local de plantio deve receber luz solar direta durante boa parte do dia, o que favorece o desenvolvimento e a floração da planta. Em relação à rega, recomenda-se moderação: o solo precisa permanecer ligeiramente seco entre uma irrigação e outra, evitando o excesso de umidade que pode comprometer as raízes.
Para aqueles que desejam cultivar em vasos comuns brasileiros, o recipiente ideal deve ter ao menos 20 centímetros de diâmetro e 30 centímetros de profundidade. Esse espaço é suficiente para o sistema radicular da Marcela-galega crescer sem restrições. A adubação pode ser realizada a cada três meses, utilizando fertilizantes orgânicos tradicionais ou fórmulas NPK equilibradas encontradas nas agropecuárias do país. Essas práticas garantem uma floração mais vistosa durante a primavera e o verão brasileiros, período em que a planta atinge seu auge ornamental e produtivo. Além disso, a Marcela-galega pode ser multiplicada facilmente por sementes ou estaquia de ramos, técnicas muito praticadas por quem cultiva plantas medicinais em nosso território.

Quais os principais benefícios do chá de Marcela-galega?
Entre os usos mais populares da planta está o preparo do chá de Marcela-galega, bebida muito apreciada em casas brasileiras, tanto pelo aroma quanto pelas propriedades reconhecidas na medicina popular. O chá é associado a efeitos calmantes, auxiliando na redução da ansiedade e do estresse, e costuma ser consumido como auxiliar para um sono mais tranquilo. Além disso, apresenta propriedades digestivas, sendo frequentemente utilizado após refeições para aliviar desconfortos gastrointestinais, prática tradicional em famílias brasileiras após o almoço ou jantar.
- Ação anti-inflamatória: o chá pode ser útil em quadros de dores musculares, articulares e até cólicas menstruais, muito semelhante ao uso de outras plantas como boldo-do-brasil e erva-doce.
- Efeito expectorante: auxilia no alívio de sintomas respiratórios, agindo sobre o catarro e muco em gripes e resfriados, problemas comuns em várias regiões do país durante o outono e inverno.
- Propriedades diuréticas: contribui para a eliminação de toxinas, auxiliando quem apresenta retenção de líquidos, efeito desejado por muitos brasileiros que buscam alternativas naturais para saúde renal.
- Atividade antimicrobiana: tradicionalmente relacionada à prevenção e apoio em casos de infecções bacterianas e fúngicas, especialmente na medicina popular do interior do Brasil.
É importante destacar que o consumo deve ser moderado. A recomendação geralmente aceita é de até três xícaras por dia, evitando assim possíveis efeitos adversos como náuseas e desconfortos abdominais. Indicativos de contraindicação abrangem gestantes, lactantes, crianças menores de dois anos e pessoas com histórico de alergia à planta. Em caso de uso concomitante com medicamentos, torna-se fundamental consultar um profissional de saúde antes de incluir o chá na rotina. Estudos recentes desenvolvidos por universidades brasileiras também têm explorado o potencial antioxidante da Marcela-galega, o que pode contribuir para a prevenção do envelhecimento precoce.
Como utilizar e conservar a Marcela-galega no dia a dia?
Além do preparo do chá, as flores de Marcela-galega podem ser aproveitadas para a confecção de sabonetes artesanais, cremes e loções perfumadas, graças ao aroma agradável e às possíveis propriedades calmantes. No paisagismo, a planta tem destaque especial por sua cor amarelo-intensa, sendo indicada para delimitar canteiros, criar bordaduras e compor jardins de pedras, estilos muito vistos nos jardins brasileiros. O espaçamento recomendado entre mudas fica entre 30 e 40 centímetros, favorecendo o desenvolvimento saudável de cada planta.
Para armazenar as flores utilizadas na preparação do chá, o ideal é guardá-las em local seco e arejado, ou mesmo refrigerá-las por até dois dias caso estejam já preparadas como infusão. As flores secas são facilmente encontradas em feiras-livres, mercados municipais e estabelecimentos especializados em produtos naturais, muito comuns nas cidades e comunidades do Brasil, aumentando o acesso daqueles que não possuem a planta em casa, mas desejam se beneficiar de suas propriedades. Para quem deseja intensificar o aroma das flores secas, pode também embalar as flores em pequenos sachês de algodão para aromatizar ambientes, uma tradição presente em muitos lares brasileiros.
- Plantio: Solo drenado, local ensolarado e rega moderada.
- Adubação: Fertilizante orgânico ou NPK a cada três meses.
- Poda: Realizar podas leves para estimular a floração.
- Compras: Flores secas disponíveis em feiras, mercados ou lojas online brasileiras.

Marcela-galega é segura para todos?
Embora a Marcela-galega seja valorizada por suas propriedades, o uso responsável é essencial. Respeitar dosagens, evitar automedicação e seguir orientações de profissionais garantem uma experiência segura com a planta. Especialistas alertam para o consumo moderado do chá, especialmente em grupos sensíveis, como gestantes e pessoas sob uso contínuo de medicamentos. Em todos os casos, a supervisão profissional é indispensável antes de iniciar qualquer tratamento ou uso medicinal com plantas como a Marcela-galega, seguindo o que recomenda a ANVISA e outros órgãos de saúde brasileiros.
Com todos esses cuidados, o cultivo e uso da Marcela-galega trazem a possibilidade de unir beleza, praticidade e tradição, aspectos presentes no cotidiano de muitos lares brasileiros. Seja no jardim, preparando infusões ou desenvolvendo cosméticos naturais, a planta destaca-se pelo caráter versátil e facilidade de manejo, renovando-se a cada primavera com novas flores e potencialidades que dialogam com a riqueza da flora e dos hábitos do nosso país.
