As margaridas estão entre as flores mais conhecidas e apreciadas no Brasil, não apenas pela delicadeza das pétalas, mas também pela facilidade de cultivo, adaptando-se muito bem ao clima tropical predominante em grande parte do país. A presença dessas flores em jardins brasileiros ou mesmo em buquês traz leveza aos ambientes, além de contribuir significativamente para atrair polinizadores como abelhas nativas e borboletas, colaborando para a biodiversidade local. No Brasil, diversas espécies de margaridas se adaptam aos diferentes biomas e são facilmente encontradas em viveiros, feiras de plantas, mercados e nas tradicionais festas do interior. A variedade de espécies disponíveis permite adaptar a margarida a diversos espaços, desde vasos em apartamentos até canteiros extensos em jardins de casas.
Com cuidados básicos, como rega adequada, adubação regular e localização estratégica em ambientes bem iluminados, e sempre respeitando a incidência solar característica do clima brasileiro, essas plantas tendem a florescer de forma abundante ao longo do ano, principalmente da primavera ao outono, que são períodos de temperatura amena na maior parte do Brasil. O cultivo de margaridas não exige experiência avançada em jardinagem, o que torna essa flor uma escolha ideal tanto para iniciantes quanto para amantes experientes das plantas.
Quais são os tipos de margaridas mais populares?
Entre as diversas espécies, algumas opções se destacam e são amplamente comercializadas em floriculturas e supermercados brasileiros. A margarida-do-cabo (Osteospermum) chama atenção pelas cores vivas e comportamento curioso: suas flores se abrem ao amanhecer e fecham durante a noite, adaptando-se bem aos dias ensolarados típicos das regiões Sudeste e Sul. Já a margarida-amarela (Euryops pectinatus) possui um tom amarelo intenso e folhas acinzentadas, formando arbustos muito utilizados em projetos de paisagismo em áreas públicas e praças do Brasil.
Outras variedades que conquistam espaço nos jardins brasileiros incluem a margarida-gigante (Leucanthemum maximum), reconhecida por suas flores brancas de tamanho generoso, e a margarida-de-paris (Chrysanthemum frutescens), cujas flores são pequenas e brancas, indicadas para composições ornamentais e arranjos típicos das festas regionais. Essas espécies se adaptam bem tanto em vasos quanto no solo, desde que recebam luz solar por pelo menos parte do dia, sendo ideais para varandas, quintais e até jardins internos com boa iluminação. Em algumas regiões do Brasil, ainda é possível encontrar a margarida-pompom (Tanacetum niveum), que se diferencia pelo formato mais arredondado e pela resistência ao calor e períodos de estiagem, comuns nas áreas do cerrado.

Como plantar margaridas em casa?
O cultivo de margaridas pode começar a partir de sementes ou mudas já desenvolvidas, disponíveis em floriculturas locais e em feiras de plantas muito comuns nas cidades brasileiras. Para garantir um bom desenvolvimento, recomenda-se o uso de vasos com furos de drenagem e substrato rico em matéria orgânica (como húmus de minhoca ou esterco curtido, bastante utilizados na agricultura familiar brasileira), permitindo a saída do excesso de água e evitando o apodrecimento das raízes. O processo de plantio é simples:
- Encher o vaso com substrato, deixando cerca de 2 cm livres na borda superior.
- Abrir um pequeno buraco no centro e posicionar a muda ou as sementes.
- Cobrir com uma fina camada de substrato.
- Regar em seguida, apenas o suficiente para umedecer o solo.
- Colocar o vaso em local que receba pelo menos seis horas de sol direto por dia, aproveitando a forte luminosidade característica do clima brasileiro. No verão, atenção ao excesso de calor nas regiões Norte e Nordeste.
Esses cuidados iniciais são fundamentais para que o desenvolvimento da planta ocorra de forma robusta, garantindo florescimento saudável por muitos meses que acompanham o ciclo climático brasileiro.
Quais são as principais dicas de cuidado com margaridas?
Para manter a saúde das margaridas, é importante observar atentamente a frequência das regas, principalmente em regiões de clima seco ou durante períodos de estiagem. O ideal é manter o solo levemente úmido, sem encharcar, principalmente no verão, quando as chuvas são mais intensas no Sudeste e Centro-Oeste. A recomendação é verificar a superfície do solo com o dedo antes de regar novamente, adaptando o cuidado conforme a estação do ano e o clima local. Nos meses mais quentes ou períodos de pouca chuva, a necessidade de rega pode aumentar, principalmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste.
- Adubação regular: Aplicar fertilizante orgânico ou mineral, como o tradicional composto de esterco bovino e húmus de minhoca, seguindo as indicações do fabricante, a cada dois meses.
- Poda estratégica: Embora opcional, a poda de folhas e flores secas ou danificadas favorece novas brotações e prolonga a floração. Essa prática é muito comum nos quintais brasileiros para revitalizar plantas após o inverno ou seca.
- Prevenção de pragas: Manter a área limpa e observar o surgimento de possíveis insetos, recorrendo a soluções naturais típicas do Brasil, como o uso de calda de fumo ou sabonete neutro diluído, quando necessário.
Essas práticas simples colaboram para que a margarida cresça viçosa e permaneça com aspecto saudável por mais tempo no jardim ou em ambientes internos. Além disso, o uso de cobertura morta (mulching) ao redor das plantas, como folhas secas, capim ou palha de arroz, recursos muito presentes na cultura agrícola brasileira, pode ajudar a manter a umidade do solo e proteger as raízes do calor excessivo.

Margaridas são indicadas para ambientes internos?
Muitas pessoas desejam trazer um pouco de natureza para dentro de casa, e as margaridas podem ser uma alternativa interessante, inclusive para apartamentos e casas brasileiras. No entanto, vale lembrar que a flor exige luminosidade intensa e ventilação. Para ambientes internos, recomenda-se colocá-las próximos a janelas, varandas ou em locais que recebam sol direto durante parte do dia, aproveitando a generosa luz natural presente na maior parte do país. A adaptação será melhor se o recipiente tiver boa drenagem para o excesso de água e se houver preocupação com o controle de umidade no solo, especialmente nas regiões mais úmidas do Brasil.
Além de embelezar a decoração, vasos de margarida colaboram para a sensação de bem-estar, desde que esses cuidados básicos sejam mantidos. Para quem busca opções práticas, a margarida-de-paris é uma das espécies mais recomendadas para cultivo em ambientes internos, pela facilidade de adaptação e manutenção.
Com informações atualizadas e técnicas simples, cultivar margaridas se torna uma atividade prazerosa, acessível e sustentável para quem vive no Brasil. Ao seguir recomendações de especialistas e respeitar a necessidade de luz, água e nutrientes, qualquer pessoa pode desfrutar da presença constante dessas flores, tornando jardins, varandas e até pequenos apartamentos espaços mais vivos e atrativos, em total sintonia com a alegria e a biodiversidade da flora brasileira.
