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Quer viver mais e melhor? Veja como cuidar do seu cérebro corretamente

O aumento da expectativa de vida registrado em diversos países, inclusive no Brasil, ao longo das últimas décadas trouxe novos desafios relacionados à saúde, especialmente quando se trata do envelhecimento cerebral. A busca por longevidade com qualidade passa, necessariamente, pelo cuidado com a mente desde cedo. Nesse contexto, a neuronutrição surge como um campo promissor capaz de influenciar positivamente a saúde do cérebro por meio de escolhas alimentares e práticas de vida equilibradas, levando em consideração as riquezas naturais e culturais do nosso país.

Embora o avanço da idade esteja associado a transformações naturais no organismo, diversas pesquisas recentes mostram que é possível retardar ou minimizar perdas cognitivas adotando estratégias que unem alimentação, hábitos saudáveis e estímulos mentais. No Brasil, a preocupação com doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, é cada vez mais comum, já que estatísticas mostram que uma em cada três pessoas pode ser acometida por esse quadro ao longo da vida.

Por que a neuronutrição é determinante para o cérebro?

O conceito de neuronutrição enfatiza a relevância dos nutrientes para o funcionamento ideal do sistema nervoso central. Estudos científicos confirmam que tanto neurônios quanto mitocôndrias apresentam alta sensibilidade ao que ingerimos diariamente. Por isso, o consumo de alimentos ricos em antioxidantes, vitaminas, minerais e, sobretudo, gorduras boas tem impacto direto na proteção e na manutenção das funções cognitivas.

Segundo especialistas na área, uma dieta equilibrada contribui não apenas para evitar a oxidação e modular a inflamação, mas também para fornecer energia aos processos cerebrais. Reduzir itens ultraprocessados, açúcares adicionados e gorduras trans é uma orientação central para preservar a saúde das células nervosas. No contexto brasileiro, recomenda-se valorizar alimentos regionais como açaí, castanha-do-pará, abacate, peixes de água doce (como a tilápia e o tambaqui) e azeite de oliva extravirgem. Além disso, vegetais como couve, espinafre e taioba, nativos de várias regiões do Brasil, são excelentes para ampliar ainda mais o espectro de nutrientes essenciais para o cérebro. Comer de forma variada, investindo em refeições coloridas, utilizando frutas e verduras típicas, é uma ótima estratégia para garantir a saúde cerebral.

vegetais aproximados – Créditos: depositphotos.com / Hannamariah

Quais erros alimentares mais afetam o cérebro?

No cenário atual, alguns equívocos no dia a dia podem prejudicar a integridade cerebral sem que a maioria das pessoas perceba. O consumo excessivo de açúcar e farinhas refinadas, amplamente presentes em bolos, pães e doces tradicionais brasileiros, provoca elevações de insulina e, ao longo do tempo, favorece o declínio cognitivo. Outro fator é o medo infundado das gorduras saudáveis presentes em sementes, nozes, abacate e óleos naturais como o óleo de babaçu ou pequi, típicos de algumas regiões do país, essenciais para a mielinização dos neurônios.

Além desses pontos, há no Brasil e em diversos outros países uma carência generalizada de nutrientes como ômega-3, vitaminas do complexo B e magnésio. A ausência prolongada desses elementos costuma comprometer mecanismos responsáveis pela construção, manutenção e plasticidade cerebral. Os alimentos industrializados, ricos em sódio, conservantes e aditivos, colaboram para quadros de obesidade e má nutrição, ampliando o risco de comprometimento neurológico, especialmente em áreas urbanas.

  • Evitando açúcares simples: Prefira carboidratos integrais, frutas e raízes brasileiras como batata-doce, inhame e mandioca.
  • Incluindo gorduras de qualidade: Valorize azeite, peixes de águas brasileiras (como sardinha e dourado), castanhas-do-brasil e baru.
  • Consumindo antioxidantes naturais: Invista em cúrcuma, chá mate, guaraná, gengibre e frutas de cor intensa como acerola, goiaba e jabuticaba.

Qual o papel dos hábitos de vida na saúde cerebral?

Além da alimentação, diversas práticas contribuem para a vitalidade mental durante o envelhecimento. O sono regular, a exposição diária à luz solar abundante no Brasil, e a atividade física moderada como caminhadas, andar de bicicleta ou nadar em rios e praias, são reconhecidos por manter os ritmos do corpo ajustados e reduzir quadros inflamatórios. A meditação e a respiração consciente, práticas cada vez mais difundidas por aqui, despontam como aliados ao controlar os níveis do hormônio cortisol, evitando efeitos neurotóxicos quando há excesso de estresse.

Outra recomendação importante é cultivar relações sociais, buscar aprendizado contínuo e manejar emoções negativas. No contexto da cultura brasileira, valorizar atividades em grupo, rodas de conversa, festas populares e o convívio com a família e vizinhos estimula a plasticidade neural e fortalece a capacidade do cérebro de se adaptar às exigências de cada fase da vida. O exercício físico, especialmente aeróbico, e o chamado ayuno intermitente também mostram potencial para estimular processos celulares de regeneração, como a autofagia. A prática regular dessas ações pode inclusive atuar de maneira preventiva contra doenças neurológicas.

  1. Aposte em boas noites de sono, mesmo com as mudanças de horário típicas do clima tropical.
  2. Inclua passeios ao ar livre, parques, praças, trilhas de mata nativa e praias são ambientes ideais no Brasil, e atividades físicas semanais.
  3. Alimente-se com regularidade, evitando longos períodos de jejum sem orientação profissional.
  4. Reserve tempo para relaxamento e lazer, valorizando a cultura, a música e o contato com a natureza brasileira.
Quer viver mais e melhor? Veja como cuidar do seu cérebro corretamente
pessoas conversando – Créditos: depositphotos.com / galdzer

Quais alimentos são considerados essenciais para o cérebro?

Entre as principais recomendações da neuronutrição, destacam-se frutos vermelhos como arandos e açaí, peixes marinhos e de água doce, ovos caipiras, azeite extravirgem, folhas verdes como couve e ora-pro-nóbis e especiarias antioxidantes, a exemplo da cúrcuma e do gengibre. Estes itens são fontes reconhecidas de polifenóis, ômega-3, vitaminas, minerais e compostos que promovem proteção contra o estresse oxidativo e contribuem para manter a energia cerebral estável ao longo do dia.

Além disso, cacau puro e chá verde, assim como o tradicional mate sulista ou o guaraná amazônico, têm lugar garantido nas listas especializadas graças ao seu potencial de reforçar as sinapses, evitar a sensação de cansaço mental e apoiar funções ligadas à memória e concentração. Incorporar refeições variadas e coloridas, aproveitando a diversidade de frutas, verduras e sementes do nosso bioma, como baru, castanha-do-pará, pequi, buriti e semente de abóbora, pode ser uma estratégia eficiente para garantir o aporte dos chamados neuronutrientes de maneira prática e acessível para o brasileiro.

Com a rotina acelerada e o envelhecimento populacional em ritmo crescente, dedicar atenção à alimentação e aos hábitos de vida torna-se fator decisivo para assegurar não apenas mais anos de vida, mas também autonomia e clareza mental ao longo das diferentes etapas da existência, respeitando as riquezas naturais, culturais e climáticas do Brasil.

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sementes aproximadas – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin
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