Esse alimento comum pode ser o motivo de você não dormir bem

Entre os inúmeros desafios do cotidiano no Brasil, manter-se desperto e produtivo durante longos períodos é uma necessidade frequente, seja para quem enfrenta jornadas extensas de estudo, trabalha em turnos variados ou encara o ritmo intenso típico das cidades brasileiras. Diversos alimentos e bebidas consumidos em diferentes regiões do país são reconhecidos por suas propriedades capazes de ajudar a afastar o sono, graças à presença de compostos que atuam diretamente no sistema nervoso ou aceleram o metabolismo. O consumo desses estimulantes, entretanto, exige atenção às recomendações e restrições, pois os efeitos variam conforme cada pessoa, além de serem influenciados pelo clima tropical brasileiro e pelos hábitos regionais.

Entre os principais aliados estão o café, chás como preto, mate e verde, além de especiarias e outros ingredientes que marcam presença em hábitos alimentares pelo Brasil. Ricos em cafeína ou outros compostos ativos, esses itens favorecem o estado de alerta, aumentando o foco e a disposição diante das demandas diárias. Vale ressaltar que, embora tragam benefícios em termos de energia, o uso inadequado ou em excesso pode provocar desconfortos e prejudicar o sono noturno, sendo fundamental adaptar o consumo conforme as necessidades individuais.

Quais alimentos ajudam a tirar o sono?

Não é apenas o café que está associado à disposição, sobretudo em terras brasileiras. Diversos alimentos e bebidas típicos do Brasil, muitos oriundos da rica flora nacional, contêm substâncias que estimulam o organismo a permanecer acordado. Entre eles, destacam-se:

• Café: Principal fonte de cafeína, promove rápida sensação de alerta mental. O café faz parte da cultura brasileira, sendo consumido diariamente em diferentes preparos, como coado, espresso ou em garrafas térmicas compartilhadas nas rodas de conversa. A dose diária indicada para adultos é de até quatro xícaras de 150 ml. Pessoas sensíveis ou com condições específicas devem consultar orientação antes do consumo.
• Chá preto, mate e verde: Além de cafeína, possuem outros bioativos que estimulam o corpo e a mente, sendo opções populares em diferentes regiões do país. O chá mate é tradicional no Sul e Sudeste, consumido gelado no calor ou quente nos dias mais frios.
• Guaraná em pó: Originário da Amazônia, o guaraná é um fruto típico do Brasil, valorizado por sua elevada concentração de cafeína natural. Consumido em pó ou na famosa bebida gaseificada, é um estimulante amplamente utilizado por estudantes e trabalhadores de todas as regiões.
• Canela: Contém cinamaldeído, com efeito estimulante da concentração. Pode ser adicionada a bebidas, como o tradicional chá de canela, e receitas típicas brasileiras, respeitando o limite de seis gramas diários.
• Chocolate amargo: Fontes de teobromina e cafeína, contribuem para o aumento do estado de alerta. O cacau cultivado na Bahia e no Pará também impulsiona o consumo de chocolates nacionais. O consumo recomendado é de aproximadamente 25 gramas por dia.
• Matcha: Ainda que não seja brasileiro, tornou-se uma alternativa popular em grandes cidades do país devido à sua elevada quantidade de cafeína. O matcha pode ser consumido em até três xícaras ao dia.
• Gengibre e pimenta: Presentes na culinária brasileira, possuem compostos como gingerol e capsaicina, acelerando o metabolismo, favorecendo a energia e afastando o cansaço, importante em climas quentes e úmidos.
• Bebidas energéticas: Reúnem cafeína, açúcar e taurina, promovendo sensação de disposição, mas requerem atenção redobrada devido ao alto teor estimulante.

Como a cafeína influencia o sono?

A cafeína é considerada o estimulante mais amplamente consumido no mundo, presente em grande parte dos alimentos mencionados acima. Sua principal ação ocorre no sistema nervoso central, inibindo a adenosina, neurotransmissor que induz o cansaço e facilita o relaxamento corporal. Ao bloquear esse efeito, a substância prolonga o estado de vigília.

O efeito da cafeína não depende apenas da quantidade ingerida, mas também da frequência do consumo e das características individuais. Por exemplo, pessoas habituadas à cafeína podem sentir menos impacto, enquanto sensíveis podem experimentar insônia ou ansiedade mesmo com pequenas doses. Além disso, o horário da ingestão é fundamental: recomenda-se evitar produtos com cafeína pelo menos quatro horas antes de dormir, prevenindo distúrbios no ciclo do sono. Em regiões de clima quente, como o Norte e o Nordeste, bebidas frias com cafeína são uma alternativa comum para manter a disposição sem aquecer o corpo.

Quais cuidados adotar ao consumir alimentos que tiram o sono?

Muitos brasileiros recorrem a café, guaraná e outras opções para manter-se produtivos, especialmente em períodos intensos de estudo, trabalho ou na lida rural sob o forte calor do país. Apesar da praticidade, alguns cuidados são fundamentais:

1. Observar o consumo diário recomendado para cada alimento ou bebida, evitando ultrapassar os limites considerados seguros.
2. Consultar um profissional de saúde ao apresentar condições como pressão alta, insônia, problemas gástricos, ansiedade, gestação ou amamentação.
3. Verificar possíveis interações com medicamentos, especialmente no caso de especiarias como gengibre ou canela.
4. Priorizar o uso desses alimentos durante o dia, minimizando impactos negativos no descanso, sobretudo em cidades onde o calor intenso já pode atrapalhar o sono.
5. Analisar os rótulos de produtos industrializados, como energéticos e refrigerantes à base de guaraná, para ter controle sobre a ingestão de cafeína.

Quais alimentos evitar antes de dormir?

Para quem deseja uma noite de sono tranquila, evitar o consumo de itens estimulantes é tão importante quanto escolhê-los para momentos de maior alerta. Assim, café, chás com cafeína, chocolate amargo, guaraná, energéticos, canela, gengibre, matcha e alimentos apimentados devem ser deixados fora da rotina noturna.

Pessoas com distúrbios do sono, ansiedade, hipertensão e problemas gástricos devem redobrar a atenção, restringindo essas opções ao período da manhã ou início da tarde. No caso de dúvidas, a consulta médica é recomendada para alinhar a dieta às necessidades pessoais, garantindo energia quando necessário e qualidade do repouso ao fim do dia. Além disso, alimentos ricos em açúcar refinado, frituras e refeições muito pesadas antes de dormir podem atrapalhar ainda mais o sono, pois dificultam a digestão e podem gerar desconfortos gastrointestinais. Pratos típicos brasileiros muito elaborados e gordurosos, como feijoada, devem ser evitados à noite para garantir uma boa noite de sono.

Existe alternativa natural para afastar o sono sem consumir cafeína?

Além dos recursos estimulantes mencionados, hábitos saudáveis podem auxiliar na manutenção da disposição sem a necessidade de grandes doses de cafeína. Entre as estratégias possíveis estão:

• Praticar breves caminhadas durante períodos de estudo ou expediente, favorecendo a circulação e o alerta, o que pode ser adaptado para áreas urbanas ou rurais do país.
• Realizar pausas para alongamentos, que ajudam a ativar a musculatura e combater o cansaço, aproveitando os espaços abertos ou mesmo varandas, comuns nas casas brasileiras.
• Manter uma hidratação adequada, pois o clima predominantemente quente e úmido no Brasil aumenta a necessidade de líquidos para evitar a sensação de fadiga.
• Optar por refeições leves e equilibradas, utilizando frutas da estação, como açaí, banana, abacaxi e outras, evitando grandes quantidades de açúcar refinado que provocam picos e quedas de energia.

Manter-se desperto com a ajuda de alimentos estimulantes é válido, mas compreender o funcionamento do próprio organismo e adotar práticas de autocuidado faz toda a diferença para atravessar a rotina com mais saúde e disposição, respeitando os ritmos do clima e a diversidade cultural do Brasil.