É comum observar gatos domésticos mordiscando objetos diferentes pela casa, como plantas e fios elétricos. Esse comportamento chama a atenção de muitos tutores no Brasil, por ocorrer independente da disponibilidade de comida. Longe de ser simples travessura, há fatores diversos que explicam por que felinos domésticos mastigam itens não comestíveis, especialmente em lares urbanos e rurais brasileiros, onde a variedade de plantas e objetos do dia a dia pode aumentar o risco.
Compreender as razões desse comportamento é fundamental para garantir a segurança tanto do animal quanto do lar. Além disso, identificar o que motiva o gato a mastigar plantas ou cabos permite adotar estratégias eficientes para o bem-estar dele no cotidiano. Vale lembrar que, de acordo com recomendações do Conselho Federal de Medicina Veterinária, ambientes adaptados contribuem consideravelmente para a saúde do animal, especialmente em um país com tantas variações de clima e de ambientes como o Brasil.
Por que os gatos mastigam plantas e fios?
Muitas vezes, a mastigação de plantas ou fios por parte dos gatos está relacionada ao instinto investigativo. Os felinos utilizam a boca para conhecer o ambiente, sentir texturas e até perceber odores que não captariam apenas com o faro ou o tato. No contexto brasileiro, onde é comum ter em casa plantas como samambaia, jiboia, antúrio ou mesmo arranjos de ervas aromáticas, essas novidades despertam ainda mais o interesse dos felinos, assim como fios de ventilador ou de eletrodomésticos usados para combater o calor tropical.
Além disso, sintomas como tédio ou ansiedade levam os gatos a desenvolver esse hábito. Ficar sozinho por longos períodos, uma realidade comum em apartamentos das grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro ou Salvador, pode fazer com que busquem entretenimento alternativo, recorrendo a objetos disponíveis ao alcance. Esses comportamentos, se frequentes, sugerem que o animal precisa de estímulo mental e físico para enfrentar o clima local, que pode limitar brincadeiras externas em épocas de chuva intensa ou calor extremo.

Que fatores contribuem para esse comportamento em gatos?
A mastigação de itens inadequados não está ligada apenas à curiosidade ou ao tédio. Problemas de saúde bucal, como dores nas gengivas ou dentes, podem fazer o gato buscar alívio mordendo objetos mais duros. O formato ou o sabor dos fios plásticos, assim como o prazer de triturar folhas, pode despertar seu interesse sensorial.
- Odor atrativo: Cabos revestidos de certos materiais químicos ou plantas nativas, como comigo-ninguém-pode e Costela-de-Adão, muito usadas em jardins brasileiros, têm aromas e sabores intensos que atraem os bichanos.
- Ausência de alternativas: Falta de brinquedos, arranhadores ou mesmo enriquecimento ambiental adaptado ao espaço disponível pode levar o felino a experimentar objetos perigosos.
- Comportamento instintivo: Na natureza, explorar com a boca permite afiar os dentes e descobrir novidades sem riscos maiores. Em ambientes fechados, como apartamentos das cidades, esse instinto é deslocado para itens cotidianos do lar brasileiro.
Para famílias que possuem plantas em casa, é fundamental destacar que algumas espécies são tóxicas para gatos, podendo causar desde irritação até problemas clínicos graves. No Brasil, espécies como lírio, comigo-ninguém-pode e azaleia são comuns em jardins e apartamentos, principalmente nas grandes capitais, aumentando o risco de intoxicação felina.
Como prevenir acidentes com plantas e cabos em casas com gatos?
Medidas preventivas são essenciais para evitar riscos tanto para o animal quanto para a residência. Proteger cabos elétricos com capas adequadas pode impedir choques e estragos nos aparelhos eletrônicos, como televisão e notebook, especialmente importantes no dia a dia em cidades onde o uso de eletrônicos e ventiladores é frequente devido ao clima quente. Da mesma forma, garantir que o ambiente do gato tenha variedade de brinquedos, desafios e opções seguras para morder, como brinquedos naturais feitos com folhas de bananeira ou madeira de reflorestamento, reduz drasticamente esse comportamento inconveniente.
- Adquirir brinquedos específicos para estímulo oral, como mordedores próprios para felinos, facilmente encontrados em pet shops brasileiros.
- Manter plantas tóxicas fora do alcance e optar, preferencialmente, por espécies seguras para pets, como capim-santo (capim-limão) e erva-do-gato, ambas muito apreciadas pelos felinos e seguras para o consumo.
- Proporcionar enriquecimento ambiental, distribuindo objetos interativos e arranhadores pelo espaço, inclusive aproveitando materiais naturais do clima nacional, como sisal ou bambu.
- Buscar orientação veterinária caso o comportamento se torne repetitivo ou obsessivo, pois pode indicar problemas dentários ou emocionais.
Com pequenas adaptações, é possível criar um ambiente mais saudável e seguro para os gatos, sem abrir mão do conforto dos tutores ou do bom estado da casa. Utilizar dispositivos como o Feliway pode ajudar na redução de estresse e ansiedade, promovendo ainda mais segurança no ambiente doméstico, seja em meio ao calor do verão ou durante as chuvas de inverno típicas de várias regiões brasileiras.

Quais objetos domésticos são perigosos para os gatos?
A busca incessante por novidades pode colocar o felino diante de diversos riscos dentro de um lar. Além dos fios elétricos e das plantas tóxicas, outros itens frequentemente mastigados incluem sacolas plásticas, fitas, elásticos de cabelo e embalagens, todos muito presentes em casas brasileiras, principalmente durante festas como o Carnaval ou o Réveillon. Em casos extremos, a ingestão desses materiais pode causar obstruções no trato digestivo ou intoxicações. Registros de emergência veterinária no Brasil apontam aumento de casos relacionados à ingestão acidental desses materiais, especialmente durante épocas festivas em famílias brasileiras.
Estando atento aos sinais e adotando hábitos preventivos, o tutor garante a segurança e o bem-estar do seu gato, tornando o convívio ainda mais harmônico e protegido em 2025, independentemente do clima ou da região do país.
