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Os efeitos do uso de eletrônicos no sono das crianças e suas consequências

Com o avanço das tecnologias digitais, o uso de aparelhos eletrônicos por crianças e adolescentes tornou-se parte integrante da rotina familiar. No entanto, a presença constante de telas no dia a dia levanta questões sobre o impacto desse hábito na saúde e no desenvolvimento dos jovens, especialmente no que diz respeito à qualidade do sono.

Nos últimos anos, a popularização de smartphones, tablets e outros dispositivos eletrônicos facilitou o acesso à informação e ao entretenimento, mas também trouxe desafios. Crianças e adolescentes frequentemente utilizam esses aparelhos até tarde da noite, fenômeno que afeta diretamente a quantidade e a qualidade do descanso noturno. Pesquisas recentes destacam que boa parte da juventude brasileira entra em contato com conteúdos digitais desde cedo, ressaltando a necessidade de acompanhamento parental contínuo.

Os efeitos do uso de eletrônicos no sono das crianças e suas consequências
criança usando tablet – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Como o uso excessivo de eletrônicos afeta o sono das crianças?

O sono é um processo biológico essencial para o crescimento e desenvolvimento físico e cognitivo das crianças. Durante o descanso noturno, ocorrem etapas fundamentais, como a consolidação da memória e a liberação de hormônios ligados ao crescimento. Ao passar longos períodos diante das telas, especialmente próximo ao horário de dormir, há maior probabilidade de as crianças irem para a cama mais tarde e dormirem menos do que o recomendado para sua faixa etária.

As necessidades de sono variam de acordo com a idade. Por exemplo, bebês entre quatro e doze meses precisam de 12 a 16 horas de sono diárias, enquanto adolescentes necessitam entre 8 e 10 horas. Ao reduzir essas horas devido ao uso prolongado de aparelhos eletrônicos, sintomas como irritabilidade, sonolência diurna e dificuldades na concentração podem manifestar-se rapidamente. No contexto escolar, a má qualidade do sono tende a prejudicar o rendimento acadêmico e o interesse em atividades cotidianas.

criança com celular na mão – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Qual é o papel da luz azul nos distúrbios do sono?

Um dos principais elementos que interferem negativamente no descanso está relacionado à “luz azul” emitida por celulares, computadores e tablets. Esse tipo de luz inibe a produção da melatonina, hormônio responsável pela indução ao sono e regulagem do ciclo biológico do corpo. Crianças menores, com a visão e o organismo em desenvolvimento, mostram-se mais vulneráveis aos efeitos dessa exposição, tornando o risco de distúrbios do sono ainda maior.

  • Inibição hormonal: A diminuição da melatonina afeta o início e a profundidade do sono.
  • Sensibilidade infantil: Olhos em formação são mais sensíveis à luminosidade artificial, prolongando a vigília noturna.
  • Desconfortos a longo prazo: Alterações prolongadas podem comprometer o equilíbrio emocional e imunológico.

Evitar o uso de eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir e preferir atividades relaxantes, como ouvir histórias ou ler um livro, contribui para um ambiente propício ao sono reparador.

crianças dormindo – Créditos: depositphotos.com / svetamart

Quais estratégias podem limitar os efeitos negativos dos eletrônicos na infância?

Para preservar a saúde e o desenvolvimento adequado de crianças e adolescentes frente ao uso de aparelhos eletrônicos, algumas medidas práticas podem ser adotadas no cotidiano. A implementação de uma rotina de sono estruturada, com horários regulares e tarefas pré-definidas antes de dormir, é um passo fundamental. Além disso, a criação de regras claras sobre o tempo diário destinado a eletrônicos, conforme a faixa etária, tende a auxiliar no controle desse hábito.

  1. Estabeleça uma rotina noturna: Defina horários fixos para iniciar a preparação para o sono.
  2. Dê o exemplo: Pais e responsáveis que limitam o próprio uso de aparelhos influenciam positivamente os filhos.
  3. Programe atividades relaxantes: Incentive conversas sobre o dia, leitura de histórias ou brincadeiras tranquilas longe das telas.
  4. Restrinja a presença de eletrônicos no quarto: Evite que dispositivos permaneçam acessíveis no ambiente do sono.

Com pequenas mudanças no cotidiano, é possível equilibrar o uso da tecnologia e proteger o descanso de qualidade, essencial para o aprendizado, o crescimento saudável e o bem-estar integral das futuras gerações. Além disso, é importante salientar que em alguns casos, a consulta a profissionais de saúde, como pediatras e especialistas em sono, pode ser recomendada caso os distúrbios persistam mesmo após as mudanças de rotina. Vale lembrar que recomendações de instituições como a Organização Mundial da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria sugerem limitar o uso de eletrônicos em crianças pequenas e monitorar de perto a exposição em adolescentes, reforçando a necessidade de atenção contínua ao assunto.

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