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Açúcar adicionado, como reconhecer e controlar seu consumo para a sua saúde

A ingestão de açúcar adicionado tem se tornado um tema constante em debates sobre alimentação saudável. O consumo excessivo desse ingrediente, presente não só em doces tradicionais, mas também em alimentos processados, vem preocupando especialistas em saúde no mundo todo. Segundo critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS), é fundamental acompanhar a quantidade de açúcar incluída na dieta diária, pois, muitas vezes, sua presença passa despercebida em itens que não possuem sabor necessariamente adocicado.

Grande parte das pessoas desconhece que até produtos considerados saudáveis, como iogurtes, pães e molhos industrializados, contêm açúcar adicionado. A OMS recomenda que menos de 10% das calorias diárias sejam provenientes desse açúcar, o que, em números práticos, representa aproximadamente seis colheres de chá para um adulto e quantidades ainda menores para crianças. Essa orientação visa reduzir os impactos negativos que o exagero pode trazer ao organismo, além de promover escolhas alimentares mais conscientes.

Açúcar adicionado, como reconhecer e controlar seu consumo para a sua saúde
cubos de açúcar aproximados – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Por que o açúcar adicionado pode ser prejudicial?

Diversos estudos associam o consumo frequente de açúcar adicionado a uma série de problemas de saúde. O corpo humano é capaz de processar a glicose, mas quando a ingestão diária ultrapassa o recomendado, surgem sinais de alerta. Entre os sintomas mais comuns estão o cansaço frequente após as refeições, a necessidade constante de beliscar alimentos doces e episódios de sonolência acentuada, causados por flutuações nos níveis de glicose.

O excesso de açúcar estimula a produção contínua de insulina, hormônio responsável por equilibrar a glicose no sangue. Quando esse processo se repete diversas vezes ao dia, pode-se desenvolver resistência à insulina, abrindo caminho para doenças crônicas, como o diabetes tipo 2. Além disso, há um aumento nos riscos de problemas cardíacos, obesidade, esteatose hepática (fígado gorduroso) e desequilíbrios emocionais. Pesquisas recentes também sugerem que o açúcar em excesso pode afetar negativamente o microbioma intestinal e até mesmo aumentar o risco de alguns tipos de câncer. Outros estudos em países como Canadá e Austrália reforçam esse alerta global, destacando que os índices de doenças metabólicas vêm crescendo proporcionalmente ao aumento do consumo de alimentos ultraprocessados ricos em açúcar adicionado.

  • Hiperglicemia e hipoglicemia: picos e quedas abruptas de glicose no sangue podem gerar irritabilidade e fadiga;
  • Vício comportamental: o desejo recorrente por alimentos doces pode indicar um padrão de dependência;
  • Riscos cardiovasculares: níveis elevados de açúcar contribuem para o desenvolvimento de doenças no coração e nos vasos sanguíneos.
Açúcar adicionado, como reconhecer e controlar seu consumo para a sua saúde
cubos de açúcar em fundo azul – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Quais são os sinais do consumo excessivo de açúcar?

Existem indícios claros de que o consumo de açúcar adicionado está acima do ideal. Um deles é a necessidade constante de doces após as refeições, situação que pode estar relacionada tanto a fatores fisiológicos quanto emocionais. Outro sinal inclui episódios de cansaço desproporcional e sonolência durante o dia, que sinalizam os efeitos dos picos glicêmicos e sua queda abrupta. Nesses momentos, o corpo espera receber recompensas rápidas, o que estimula o hábito de procurar alimentos açucarados regularmente. Além disso, o surgimento de acne, alterações de humor e dores de cabeça frequentes podem apontar para o consumo excessivo.

É importante ressaltar que, em muitos produtos onde consta a inscrição “sem açúcar”, pode haver substitutos artificiais. Mesmo que esses ingredientes não sejam glicose ou sacarose, estudos recentes alertam para possíveis riscos associados ao consumo frequente de adoçantes sintéticos, incluindo suspeitas de relações com doenças mais graves. Por isso, manter atenção à composição dos alimentos é indispensável para uma alimentação equilibrada. O acompanhamento profissional com o auxílio de um nutricionista ou endocrinologista pode ser orientador para quem deseja ajustar os hábitos.

Açúcar adicionado, como reconhecer e controlar seu consumo para a sua saúde
açúcares em mesa – Créditos: depositphotos.com / NewAfrica

Como reduzir o açúcar adicionado da alimentação de forma segura?

Diminuir o açúcar adicionado exige mudanças graduais e conscientes nos hábitos alimentares. Especialistas recomendam não realizar a retirada total de uma só vez, pois medidas radicais podem incentivar o desejo ainda maior por doces, além de causar sintomas de abstinência. O primeiro passo pode ser substituir bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos artificiais, por opções naturais, como água, água com gás e chás sem adoçantes. Essas trocas simples já podem provocar uma redução significativa no consumo total de açúcar do dia a dia.

  1. Identificar os alimentos com maior teor de açúcar presentes na rotina;
  2. Ler atentamente as informações nutricionais disponíveis nos rótulos;
  3. Reduzir gradativamente o consumo de sobremesas e lanches industrializados;
  4. Buscar alternativas naturais, como frutas frescas, para saciar a vontade de doce;
  5. Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras e proteínas, que contribui para a saciedade.

Com frequência, pequenas mudanças feitas de forma progressiva, como preparar refeições em casa e evitar produtos ultraprocessados, promovem resultados mais duradouros e percepções positivas no dia a dia. Ao adotar práticas como o acompanhamento de rótulos e avaliação crítica do que se consome, é possível observar melhorias como estabilidade do nível de energia, qualidade do sono e bem-estar geral. Mesmo diante dos desafios, a substituição do açúcar adicionado por alternativas naturais demonstra ser uma estratégia eficaz para a manutenção da saúde a longo prazo.

Países como Estados Unidos, Brasil e Reino Unido têm implementado campanhas para conscientizar a população sobre os danos do excesso de açúcar adicionado. Além disso, grandes empresas do setor alimentício, como a Coca-Cola e a Nestlé, vêm sendo incentivadas a reduzir o teor de açúcar em seus produtos, seguindo orientações atualizadas da OMS. Ferramentas digitais, como o Rótulo Limpo, ajudam consumidores a identificar rapidamente produtos com alto teor de açúcar adicionado durante suas compras. Novos aplicativos lançados em 2023 em São Paulo e em cidades da Europa facilitam ainda mais esse acompanhamento, promovendo escolhas alimentares mais saudáveis para toda a família.

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