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O futuro do trabalho está mudando e estas profissões podem desaparecer

A rápida evolução tecnológica está impactando de forma significativa o cenário do trabalho ao redor do mundo. À medida que a automação e a Inteligência Artificial (IA) se tornam parte cada vez mais integrada do cotidiano empresarial, surgem perspectivas de mudança em diversas profissões tradicionais. As organizações, ao buscar eficiência e redução de custos, passam a reavaliar tarefas rotineiras e repetitivas que, até pouco tempo atrás, dependiam fortemente da mão de obra humana.

Os dados mais recentes, que envolvem o acompanhamento global de grandes companhias, mostram uma tendência registrada entre 2024 e 2025: profissões relacionadas à administração e ao atendimento ao cliente estão entre as mais afetadas pela transformação digital. Entre os cargos mencionados, destacam-se operadores de caixa, assistentes administrativos, digitadores e profissionais da área criativa, todos enfrentando pressões significativas por conta do avanço tecnológico.

Por que cargos administrativos são os mais vulneráveis à automação?

A substituição de tarefas rotineiras por sistemas automatizados ganha espaço, especialmente em setores onde os processos são padronizados e de fácil replicação digital. Profissionais como digitadores, atendentes e até mesmo teleoperadores se deparam com novas soluções, desde softwares de gerenciamento até plataformas baseadas em Inteligência Artificial, que executam atividades com rapidez e alta precisão. Esse cenário acarreta uma expectativa de redução significativa de vagas em funções administrativas, evidenciada pelo declínio previsto de aproximadamente 40% para postos como o de operador postal e cerca de 35% para caixas de bancos.

Esses processos não ocorrem de forma isolada. Na área comercial, o crescimento do e-commerce e das tecnologias de autoatendimento também influencia diretamente a função de caixas e operadores de loja física. Cada vez mais, consumidores interagem com sistemas automáticos, desde totens digitais até assistentes virtuais para resolução de dúvidas comuns ou processamento de compras.

O futuro do trabalho está mudando e estas profissões podem desaparecer
robô apertando mãos humanas – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

Quais profissões correm maior risco de desaparecer até 2035?

A previsão de retração para certas ocupações é resultado de análises realizadas com empresas de destaque mundial, representando uma ampla gama de setores e mais de 14 milhões de trabalhadores ao redor do planeta. As funções mais ameaçadas incluem:

  • Operadores de caixa: impactados pelo crescimento das vendas online e dos caixas eletrônicos inteligentes.
  • Assistentes administrativos: substituídos por softwares de gestão e bots que otimizam o fluxo de trabalho.
  • Digitadores de dados: função automatizada por sistemas inteligentes de reconhecimento de texto e voz.
  • Profissionais do Telemarketing: setores onde chatbots e assistentes digitais desempenham papel cada vez mais relevante.
  • Secretários jurídicos: afetados por plataformas que organizam documentos e oferecem apoio jurídico automatizado.

Cada uma dessas posições é caracterizada por sua alta repetitividade, o que facilita a implementação de soluções tecnológicas projetadas para otimizar o tempo e os recursos das empresas modernas. Vale notar que, além dessas, profissões como cobradores de transporte público e até mesmo alguns cargos bancários tradicionais também aparecem em listas recentes de carreiras ameaçadas.

Quais fatores ainda garantem presença humana no trabalho administrativo?

Apesar das previsões, especialistas em recursos humanos destacam que nem toda substituição será integral. Muitos sistemas automatizados, promovidos como totalmente independentes, ainda necessitam de intervenção humana para revisão e validação de tarefas sensíveis. Casos práticos evidenciam, por exemplo, que plataformas avançadas de autoatendimento dependem de equipes remotas para monitoramento e resolução de inconsistências. O exemplo de grandes varejistas globais, que utilizam Inteligência Artificial em sistemas de caixa, mas seguiam contando com colaboradores indianos em 2024 para conferir transações, mostra que a integração total entre homem e máquina pode ser um processo gradual.

Além disso, existem competências intrinsecamente humanas, como a negociação, a criatividade e o atendimento ao cliente em situações complexas, que continuam sendo diferenciais em um mercado dinâmico. O futuro do trabalho tende a ser marcado pela requalificação dos profissionais e pela busca de funções que exijam adaptabilidade e pensamento crítico, tornando a relação humano-tecnologia cada vez mais estratégica para as empresas.

pessoas em empresa – Créditos: depositphotos.com / pressmaster

De que forma trabalhadores e empresas podem se preparar para as mudanças?

  1. Fortalecimento de habilidades digitais: Investir em cursos e treinamentos focados em tecnologia, Inteligência Artificial e automação torna-se um diferencial para a recolocação e crescimento profissional.
  2. Adoção de mentalidade flexível: Adaptabilidade e resiliência são atributos essenciais para acompanhar as transformações e se ajustar a novos papéis que surgem no mercado de trabalho.
  3. Requalificação profissional contínua: Buscar novos conhecimentos e especializações, principalmente em áreas menos suscetíveis à substituição por tecnologia, como criatividade, gestão de equipes e resolução de conflitos.

O cenário até 2035 indica mudanças profundas nos perfis profissionais mais valorizados, com destaque para a capacidade de aprender constantemente e desempenhar funções que envolvam análise, tomada de decisão e interação interpessoal. Tanto empresas quanto colaboradores devem se preparar para uma nova era do trabalho, onde a parceria com a tecnologia será fundamental para a sustentabilidade das carreiras e dos negócios.

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mulher trabalhando – Créditos: depositphotos.com / Y-Boychenko
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