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O que está por trás do aumento assustador das ondas de calor

O aumento de dias com temperaturas extremas tem sido um dos principais desafios ambientais dos últimos anos. Pesquisas recentes apontam que, entre 2007 e 2023, houve uma intensificação significativa na frequência de ondas de calor em diversas regiões do planeta. Esse cenário, além de evidenciar mudanças climáticas em curso, levanta preocupações quanto à saúde pública, infraestrutura e economia. Entender as causas e os impactos desse fenômeno é fundamental para pensar em soluções eficazes e adaptativas.

Sobretudo em locais como África, Oriente Médio e partes da Ásia, a quantidade de dias extremamente quentes vem superando médias históricas. O fenômeno não se limita apenas à elevação da temperatura do ar, incluindo também variáveis como umidade, irradiação solar e características dos ventos. Esse aumento consistente de calor intenso obriga instituições e comunidades a repensarem estratégias de adaptação e convivência com condições climáticas cada vez mais desafiadoras.

pessoas com calor em sofá – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Por que os dias extremamente quentes estão se tornando mais comuns?

O crescimento dos dias de calor severo está associado ao aquecimento global, provocado principalmente pelas atividades humanas. O desmatamento, o uso intensivo de combustíveis fósseis e a urbanização sem planejamento contribuem para o desequilíbrio nos padrões climáticos. Com mais gases de efeito estufa na atmosfera, a capacidade do planeta em reter calor aumenta, tornando recorrentes episódios de temperaturas elevadas, especialmente em grandes cidades e regiões próximas ao deserto.

Além disso, a combinação entre altas temperaturas e outros fatores ambientais, como umidade elevada, potencializam o desconforto térmico. Esse cenário é agravado pelo aumento da população em áreas urbanas, onde predominam estruturas que retêm calor, como concreto e asfalto. Fenômenos como El Niño também vêm sendo apontados por climatologistas em 2023 e 2024 como fatores que agravam a frequência e intensidade das ondas de calor, especialmente em países tropicais. Destaca-se ainda o papel de eventos globais e regionais que modificam padrões de vento e precipitação, contribuindo para extremos climáticos cada vez mais intensos.

O que está por trás do aumento assustador das ondas de calor
homem com ventilador em fundo amarelo – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Quais são os riscos da extrema onda de calor para a população?

O avanço da extrema onda de calor representa riscos diretos e indiretos à saúde. Segundo especialistas em climatologia e saúde pública, as consequências vão desde casos de insolação e desidratação até complicações cardiovasculares. Outro aspecto relevante está nos transtornos mentais, que tendem a se agravar durante períodos prolongados de calor excessivo. Grupos vulneráveis, como idosos, crianças e gestantes, demandam atenção redobrada em dias de temperatura fora do comum.

  • Térmicas elevadas: aumentam os episódios de mal-estar e internações por doenças relacionadas ao calor.
  • Problemas respiratórios: são intensificados pela poluição e pelo ar seco durante essas ondas.
  • Dificuldades para trabalhadores ao ar livre: como agricultores e operários, expostos por mais tempo ao sol forte.
  • Impactos psicológicos: o estresse térmico pode favorecer quadros de ansiedade e depressão.
ar condicionado em parede – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Como as sociedades estão enfrentando o aumento de dias extremamente quentes?

Enfrentar o desafio da temperatura extrema exige ações conjuntas e adaptativas. Diversos países vêm implementando estratégias que combinam monitoramento meteorológico, campanhas informativas e alterações no planejamento urbano. O intercâmbio de dados e recursos entre nações aparece como ferramenta essencial para compreender tendências globais e formar respostas mais eficazes.

  1. Elaboração de sistemas de alerta antecipado para ondas de calor, promovendo acesso rápido às informações essenciais.
  2. Desenvolvimento de áreas verdes e uso de materiais sustentáveis, que reduzem a retenção de calor nas cidades.
  3. Programas de conscientização comunitária sobre hidratação e proteção individual em períodos críticos.
  4. Cooperação entre órgãos governamentais e institutos de pesquisa para aprimorar políticas públicas.
  5. Incentivo à participação das comunidades em ações preventivas e de adaptação local.

Ao reconhecer a amplitude dos efeitos trazidos pelo aumento dos dias de calor extremo, torna-se indispensável fortalecer políticas de mitigação e adaptação. Diante da realidade de 2025, adotar medidas preventivas, promover educação climática e estimular a resiliência de cidades e populações são passos fundamentais para a convivência mais segura e saudável em um mundo mais quente. Estudos recentes também indicam que a ampliação da infraestrutura de refrigeração pública e da arborização urbana podem ser determinantes para amenizar os impactos desses eventos extremos. Experiências bem-sucedidas em cidades como Paris e Melbourne mostram que planejamento urbano integrado e sistemas de refrigeração pública contribuem significativamente para a redução dos efeitos das ondas de calor.

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