O chá de cavalinha, preparado a partir do talo seco da planta Equisetum arvense, tem sido utilizado há séculos na medicina popular por suas propriedades diuréticas e anti-inflamatórias. Em 2025, o interesse por alternativas naturais para o cuidado da saúde segue em alta, e a cavalinha se destaca entre as opções disponíveis em lojas de produtos naturais e farmácias de manipulação. Seu consumo, geralmente em forma de infusão ou cápsulas, é associado a diversos benefícios para o organismo, sendo recomendado inclusive em alguns protocolos integrativos em países como Brasil e Portugal.
Entre os principais motivos que levam ao uso do chá de cavalinha estão o auxílio no combate à retenção de líquidos, o suporte ao emagrecimento e a contribuição para a saúde óssea. Além disso, a planta é conhecida por ajudar na eliminação de pedras nos rins e atuar no tratamento de infecções urinárias, devido à sua ação antimicrobiana e à capacidade de estimular a eliminação de toxinas pela urina. Em algumas pesquisas realizadas na Universidade de São Paulo, observou-se uma atuação positiva da cavalinha também no alívio de sintomas de artrite.
Quais são os benefícios do chá de cavalinha?
O chá de cavalinha é reconhecido por oferecer uma série de vantagens para o bem-estar. Seu efeito diurético, resultado da presença de flavonoides e sais minerais, contribui para a redução do inchaço e da retenção de líquidos. Isso ocorre porque a planta estimula a produção de urina, facilitando a eliminação de substâncias indesejadas pelo corpo.
Outro benefício relevante é o potencial auxílio no processo de emagrecimento. A cavalinha contém compostos antioxidantes e anti-inflamatórios, como o ácido cafeico, que podem acelerar o metabolismo e favorecer a queima de gordura. A planta também é rica em minerais essenciais, como cálcio, fósforo e magnésio, que colaboram para a manutenção da saúde dos ossos e previnem condições como osteoporose. Estudos recentes também têm apontado que a cavalinha pode colaborar na recuperação de tecidos, devido à sua ação cicatrizante natural, além de fortalecer unhas e cabelos devido ao seu alto teor de silício. Inclusive, pesquisas publicadas em 2024 pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia destacam o potencial antioxidante ampliado da cavalinha cultivada em solos amazônicos.
Como preparar e consumir o chá de cavalinha?
O preparo do chá de cavalinha é simples e pode ser feito em poucos minutos. Para isso, recomenda-se utilizar uma colher de sopa do talo seco da planta para cada xícara de água fervente. Basta adicionar a cavalinha à água, deixar em infusão por cerca de 10 minutos, coar e consumir. O ideal é limitar o consumo a até duas xícaras por dia, preferencialmente após as refeições principais.
- Ingredientes: 1 colher de sopa de talo seco de cavalinha e 1 xícara de água fervente.
- Modo de preparo: Adicionar o talo seco à água fervente, aguardar 5 a 10 minutos, coar e beber.
Além do chá, a cavalinha pode ser encontrada em cápsulas, geralmente com doses entre 500 e 570 mg, tomadas até três vezes ao dia, sempre sob orientação de um profissional de saúde. Outra alternativa é o banho de assento, indicado para auxiliar no tratamento de infecções urinárias, utilizando talos secos na água do banho. Em algumas cidades, como Curitiba e Rio de Janeiro, o uso tópico da cavalinha foi incorporado em práticas de saúde pública para tratamento complementar em clínicas de fitoterapia.
Quais são os possíveis efeitos colaterais e contraindicações do chá de cavalinha?
Apesar dos benefícios, o uso do chá de cavalinha deve ser feito com cautela. O consumo excessivo ou prolongado pode levar à perda de minerais importantes, resultando em sintomas como diarreia, dor de cabeça intensa, desidratação, alteração da frequência cardíaca e fraqueza muscular. Por isso, o uso contínuo não deve ultrapassar uma semana sem acompanhamento profissional.
Alguns grupos devem evitar o consumo da cavalinha, incluindo gestantes, lactantes, crianças menores de 12 anos e pessoas com insuficiência cardíaca, pressão baixa ou doenças renais. Nessas situações, o efeito diurético e a capacidade de reduzir a pressão arterial podem representar riscos à saúde. Também é importante mencionar que, por conter tiaminase, a cavalinha pode interferir na absorção de vitamina B1 se consumida em excesso durante longos períodos. Relatórios recentes do Ministério da Saúde ressaltam a necessidade de advertir especialmente pacientes com histórico de doenças crônicas sobre automedicação com cavalinha.
Para que serve o chá de cavalinha no dia a dia?
No cotidiano, o chá de cavalinha pode ser utilizado como aliado para combater o inchaço, auxiliar na perda de peso e contribuir para a saúde urinária. Sua ação antimicrobiana também pode ajudar na prevenção de infecções. Entretanto, é fundamental respeitar as orientações de profissionais de saúde e não substituir tratamentos convencionais sem avaliação adequada. Em algumas regiões do Nordeste brasileiro, já há projetos de extensão que ensinam o uso caseiro da cavalinha para prevenção de infecções urinárias, sempre com suporte de agentes comunitários de saúde.
O uso responsável do chá de cavalinha pode trazer benefícios, caso seja feito de forma orientada e consciente. Antes de iniciar qualquer suplementação ou fitoterapia, é importante buscar orientação especializada para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
