O afogamento é um problema de saúde pública que afeta milhares de pessoas todos os anos, especialmente crianças e jovens. Em diversas regiões do mundo, a ocorrência desse tipo de acidente está associada a fatores sociais, econômicos e ambientais, tornando-se uma das principais causas de morte não intencional. A atenção à prevenção e ao socorro adequado é fundamental para reduzir os riscos e salvar vidas.
Dados recentes mostram que a maioria dos casos de afogamento ocorre em países de baixa e média renda, onde o acesso a medidas de segurança e a supervisão adequada são limitados. No Brasil, o cenário não é diferente: o número de óbitos por afogamento permanece elevado, principalmente durante os meses de verão, quando a procura por atividades aquáticas aumenta.
O que é afogamento e quais são suas principais causas?
O termo afogamento refere-se à dificuldade respiratória causada pela submersão ou imersão em um líquido, geralmente água. Esse processo pode levar à morte em poucos minutos, caso não haja intervenção rápida. Entre as principais causas, destacam-se acidentes durante atividades recreativas, quedas acidentais em piscinas, rios e lagos, além de situações cotidianas, como tomar banho ou buscar água em regiões ribeirinhas.
Fatores como falta de supervisão, ausência de equipamentos de segurança e consumo de bebidas alcoólicas aumentam significativamente o risco de afogamento. Crianças pequenas são especialmente vulneráveis, pois podem se afogar silenciosamente em poucos centímetros de água, sem chamar a atenção de adultos próximos.

Quais são as fases do afogamento?
O processo de afogamento pode ser dividido em três etapas principais. Inicialmente, ocorre a fase de angústia, quando a pessoa percebe a dificuldade para se manter na superfície e começa a apresentar sinais de confusão e cansaço. Em seguida, surge a fase de pânico, caracterizada pela perda de força e incapacidade de flutuar, o que pode levar à submersão.
Na última etapa, chamada de submersão, a vítima desaparece sob a água, reduzindo drasticamente as chances de resgate bem-sucedido. O tempo é um fator crucial: quanto mais rápido for o atendimento, maiores são as possibilidades de recuperação sem sequelas graves.
Como agir em situações de afogamento?
O socorro a uma pessoa em afogamento exige cautela e conhecimento. Tentar resgatar alguém sem preparo pode colocar a vida do socorrista em risco. O recomendado é acionar imediatamente o serviço de emergência, como o Corpo de Bombeiros, e seguir as orientações recebidas por telefone.
- Evite entrar na água sem equipamentos de segurança.
- Utilize objetos flutuantes, como pranchas, galhos ou cordas, para alcançar a vítima.
- Mantenha contato visual e tente acalmar a pessoa enquanto aguarda o resgate.
- Após o resgate, posicione a vítima de lado e verifique sinais vitais, seguindo as instruções dos profissionais.
Em locais onde não há socorro imediato, apenas pessoas treinadas devem tentar o salvamento direto. O uso de coletes salva-vidas e a presença de guarda-vidas são medidas essenciais para evitar tragédias. Além disso, aplicativos de emergência aquática e ferramentas digitais vêm sendo desenvolvidos para agilizar o contato com serviços de resgate em algumas regiões.

Quais estratégias ajudam a prevenir o afogamento?
A prevenção é a forma mais eficaz de reduzir os índices de afogamento. Algumas recomendações importantes incluem:
- Supervisão constante de crianças próximas à água, mantendo-as sempre ao alcance de um braço.
- Evitar o consumo de álcool antes de nadar ou praticar esportes aquáticos.
- Utilizar coletes salva-vidas em passeios de barco, independentemente da habilidade de natação.
- Restringir o acesso de crianças a piscinas com cercas e portões de segurança.
- Promover campanhas educativas sobre segurança aquática em escolas e comunidades.
Essas medidas simples podem fazer a diferença na proteção de vidas, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. Adicionalmente, é recomendado que os adultos se informem sobre RCP (ressuscitação cardiopulmonar) para agir rapidamente em emergências até a chegada do socorro. Durante eventos como o Verão Seguro, autoridades e organizações reforçam as ações de prevenção em regiões de maior risco.
Quais são os números do afogamento no Brasil em 2025?
De acordo com dados atualizados, o Brasil registra uma média de 15 mortes por afogamento por dia, totalizando cerca de 5.500 óbitos anuais. A região Norte apresenta as maiores taxas, reflexo das características geográficas e da presença de rios extensos. Crianças menores de 9 anos são mais afetadas em ambientes domésticos, como piscinas, enquanto adolescentes e adultos enfrentam riscos maiores em rios, represas e praias.
O afogamento é um desafio que exige atenção contínua de autoridades, profissionais de saúde e da sociedade. A disseminação de informações corretas e a adoção de práticas seguras são passos fundamentais para diminuir o impacto desse problema e proteger a vida de milhares de pessoas todos os anos. Em 2025, espera-se um reforço nas políticas públicas de prevenção, especialmente no Rio de Janeiro e em áreas turísticas, visando reduzir o número de vítimas durante grandes eventos e feriados.