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Por que este tipo de gordura está sumindo dos rótulos e o que isso revela

Nos últimos anos, a preocupação com a saúde alimentar tem levado consumidores a observar com mais atenção os rótulos dos produtos. Um dos elementos que mais chama a atenção é a presença ou ausência da gordura trans. Este tipo de gordura é frequentemente mencionado em embalagens, mas muitos ainda desconhecem os reais impactos que ela pode causar no organismo e por que sua ingestão deve ser controlada.

A gordura trans é encontrada em pequenas quantidades em alimentos de origem animal, como carnes e laticínios. No entanto, o maior risco está nas versões industrializadas, presentes em produtos ultraprocessados. O consumo excessivo desse tipo de gordura pode trazer consequências sérias para a saúde, principalmente relacionadas ao sistema cardiovascular. Além disso, regulamentações relativas a esse ingrediente vêm sendo adotadas por diversos países como Brasil, Estados Unidos, e membros da União Europeia, visando a redução do consumo populacional.

O que é gordura trans e como ela é produzida?

A gordura trans é um tipo de gordura insaturada que passa por um processo chamado hidrogenação, no qual óleos vegetais líquidos são transformados em gordura sólida. Esse procedimento é utilizado pela indústria alimentícia para melhorar a textura, aumentar a durabilidade e realçar o sabor de diversos produtos. Apesar dessas vantagens comerciais, o resultado é uma substância prejudicial ao organismo.

Durante a hidrogenação, a estrutura química dos ácidos graxos é alterada, tornando-os mais difíceis de serem metabolizados pelo corpo. Por isso, alimentos como margarinas, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote e bolos industrializados costumam apresentar níveis consideráveis de gordura trans em sua composição. Apesar da recomendação de diminuição do uso dessas gorduras, ainda existem diferenças quanto à sua regulamentação em diferentes países.

Por que este tipo de gordura está sumindo dos rótulos e o que isso revela
pele humana – Créditos: depositphotos.com / tussiksmail.gmail.com

Quais são os riscos do consumo de gordura trans?

O consumo regular de gordura trans está associado ao aumento do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, e à redução do HDL, o “colesterol bom”. Essa combinação eleva significativamente o risco de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e trombose.

Além disso, a ingestão frequente desse tipo de gordura pode contribuir para o desenvolvimento de obesidade, resistência à insulina e inflamações crônicas. Estudos recentes, incluindo pesquisas publicadas no New England Journal of Medicine, apontam que até pequenas quantidades de gordura trans na dieta diária podem ter efeitos negativos a longo prazo.

Como identificar e evitar a gordura trans nos alimentos?

Uma dúvida comum é: como saber se um alimento contém gordura trans? A resposta está na leitura atenta dos rótulos e listas de ingredientes. Embora muitas embalagens indiquem “0% de gordura trans”, essa informação pode ser relativa, pois a legislação brasileira permite declarar ausência desse nutriente quando a quantidade por porção é inferior a 0,2 grama.

  • Verifique se há termos como gordura vegetal hidrogenada ou gordura parcialmente hidrogenada na lista de ingredientes.
  • Observe o tamanho da porção indicada na embalagem, pois consumir várias porções pode elevar significativamente a ingestão de gordura trans.
  • Prefira alimentos frescos e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes e carnes magras.
  • Evite produtos ultraprocessados, como salgadinhos, bolachas recheadas, sorvetes industrializados e pipoca de micro-ondas.

Além disso, organizações como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) frequentemente publicam relatórios sobre alimentos com teor relevante de gordura trans e incentivam a leitura cuidadosa dos rótulos, algo que pode auxiliar na tomada de decisões mais saudáveis.

fast food – Créditos: depositphotos.com / kovalnadiya.ukr.net

Quais são as recomendações atuais sobre o consumo de gordura trans?

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão de gordura trans deve ser limitada a menos de 1% do valor energético total diário. Em uma dieta de 2.000 calorias, isso representa cerca de 2 gramas desse tipo de gordura por dia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também reforça a importância de reduzir ao máximo o consumo desse nutriente, especialmente em crianças e pessoas com fatores de risco para doenças cardiovasculares.

Com o avanço das pesquisas e a pressão de órgãos de saúde, grandes marcas já eliminaram ou reduziram significativamente a presença de gordura trans em seus produtos. Em países como Dinamarca e Canadá, inclusive, existem legislações bastante restritivas quanto à utilização desse tipo de gordura. No entanto, ainda é possível encontrar esse ingrediente em itens de marcas menores ou em produtos importados. Por isso, a atenção aos rótulos permanece fundamental para quem busca uma alimentação mais equilibrada.

Quais alimentos costumam conter gordura trans?

Alguns produtos industrializados são conhecidos por conterem níveis elevados de gordura trans. Entre eles, destacam-se:

  1. Margarinas e cremes vegetais
  2. Biscoitos recheados e bolachas doces
  3. Salgadinhos de pacote
  4. Comidas congeladas, como lasanhas e pizzas prontas
  5. Macarrão instantâneo
  6. Sopas em pó
  7. Sorvetes industrializados e coberturas
  8. Pães industrializados
  9. Bolos e tortas prontos
  10. Pipoca de micro-ondas

Ao optar por alternativas mais saudáveis e priorizar alimentos naturais, é possível reduzir significativamente a ingestão de gordura trans. Pequenas mudanças nos hábitos alimentares podem contribuir para a prevenção de doenças e para a manutenção de uma vida mais saudável ao longo dos anos.

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