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Nova onda de alertas sobre dietas restritivas está mudando hábitos em 2025

Dietas restritivas, especialmente aquelas com baixo teor calórico, continuam sendo amplamente procuradas por pessoas que desejam perder peso de forma rápida. No entanto, pesquisas recentes indicam que a redução drástica da ingestão de calorias pode trazer consequências que vão além da balança, afetando diretamente o bem-estar emocional e o funcionamento do cérebro.

Estudos científicos, como o publicado pelo British Medical Journal em 2024, destacam que a busca por emagrecimento acelerado pode desencadear sintomas como irritabilidade, fadiga mental e até mesmo aumentar o risco de quadros depressivos. Esses efeitos não se limitam a um pequeno grupo, mas atingem uma parcela significativa de quem adota dietas hipocalóricas sem acompanhamento profissional.

Como dietas restritivas afetam o cérebro e o humor?

Quando o organismo recebe menos energia do que necessita, entra em um estado de alerta metabólica. O cérebro, ao perceber essa restrição, pode alterar a produção de neurotransmissores essenciais, como serotonina e dopamina, responsáveis pela regulação do humor e das emoções. Essa mudança pode resultar em sintomas como tristeza, ansiedade e dificuldade de concentração.

Além disso, a falta de nutrientes fundamentais, como vitaminas do complexo B, ferro, ácidos graxos e triptofano, compromete funções cognitivas e a qualidade do sono. O impacto não se restringe ao curto prazo: a manutenção prolongada de dietas muito restritivas pode desencadear episódios de isolamento social e aumentar a vulnerabilidade ao estresse. Estudos recentes também sugerem que déficits nutricionais nessas dietas podem prejudicar a plasticidade cerebral, dificultando a adaptação a situações adversas e o aprendizado. Em pesquisas realizadas por universidades internacionais e acompanhadas por entidades como a Organização Mundial da Saúde, são relatados casos em que alterações cognitivas e emocionais perduram mesmo após a retomada da alimentação balanceada, especialmente se a restrição prolongada acontecer em fases sensíveis, como adolescência ou em idosos.

cérebro – Créditos: depositphotos.com / CLIPAREA

Quais são os principais riscos das dietas hipocalóricas?

Os riscos associados a dietas com baixa ingestão calórica vão além da perda de peso. Entre os principais efeitos adversos observados estão:

  • Oscilações de humor: A redução de calorias pode provocar irritabilidade e instabilidade emocional.
  • Fadiga mental: A falta de energia afeta a capacidade de concentração e memória.
  • Isolamento social: Mudanças no comportamento podem levar ao afastamento de atividades sociais.
  • Risco de depressão: O desequilíbrio de neurotransmissores aumenta a probabilidade de sintomas depressivos.
  • Déficit nutricional: A carência de nutrientes essenciais prejudica o funcionamento do organismo como um todo.

Esses efeitos são mais intensos em pessoas que já apresentam histórico de transtornos do humor, ansiedade ou estresse crônico. Por isso, a orientação de um profissional de saúde é fundamental antes de iniciar qualquer plano alimentar restritivo. Vale destacar ainda que algumas pesquisas apontam para maior risco de efeito sanfona, com recuperação rápida do peso perdido e danos ao metabolismo basal de quem mantém dietas muito restritivas por longos períodos. Relatórios publicados em portais especializados como o The Lancet também sugerem que, em casos extremos, a adesão por longo prazo a regimes hipocalóricos pode ser fator agravante para o desenvolvimento de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, especialmente em grandes centros urbanos como São Paulo e Nova York.

Como adotar uma alimentação saudável sem prejudicar a saúde mental?

Manter uma alimentação equilibrada é uma das formas mais eficazes de cuidar do corpo e da mente. Ao invés de focar apenas na redução calórica, recomenda-se priorizar a qualidade dos alimentos consumidos. Incluir fontes de gorduras saudáveis, proteínas magras, cereais integrais, frutas, verduras e legumes contribui para a produção adequada de neurotransmissores e melhora o metabolismo.

  1. Procure orientação de um nutricionista ou médico antes de iniciar qualquer dieta.
  2. Evite dietas extremamente restritivas e priorize refeições balanceadas.
  3. Inclua alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras para garantir o bom funcionamento do organismo.
  4. Observe sinais do corpo e do humor durante o processo de emagrecimento.
  5. Considere apoio psicológico caso sinta impacto emocional durante mudanças alimentares.

As evidências científicas reforçam que saúde física e emocional estão interligadas. Mudanças alimentares devem ser feitas de forma gradual e consciente, sempre com acompanhamento especializado, para evitar consequências negativas tanto para o corpo quanto para o cérebro. Buscar estratégias complementares, como prática regular de atividade física e técnicas de manejo do estresse, pode potencializar os benefícios de uma alimentação saudável para o equilíbrio mental. Recentemente, programas integrados lançados em países como Canadá têm mostrado que a associação entre orientação nutricional e suporte psicológico pode dobrar as chances de uma perda de peso sustentável e com menor impacto emocional.

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