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Os “fios brancos” da tangerina tem uma explicação, veja o que dizem especialistas

As tangerinas estão entre as frutas cítricas mais consumidas no Brasil, conhecidas pelo sabor doce e aroma marcante. Desde o interior de Minas até as feiras movimentadas do Norte e Nordeste, a fruta faz parte do cotidiano do brasileiro, seja como sobremesa, lanche ou suco natural. A busca por formas de conservar tangerinas de modo que durem mais tempo em casa é comum, principalmente durante as safras do outono e do inverno, quando se encontram com maior fartura nos mercados regionais. Muitos costumam guardar as frutas na geladeira ou deixá-las expostas no fruteiro da cozinha, prática comum nos lares brasileiros, mas esses métodos podem acelerar o processo de deterioração caso algumas precauções não sejam tomadas, especialmente devido à alta umidade e calor em grande parte do país.

Preservar a qualidade das tangerinas exige atenção a fatores como temperatura, umidade e ventilação, que variam muito de acordo com as regiões brasileiras. O frio excessivo do refrigerador ou a umidade presente em cidades do litoral nordestino, por exemplo, favorecem o surgimento de mofo e o apodrecimento precoce. Por isso, encontrar um local adequado para armazenar esse cítrico faz toda a diferença para estender o prazo de consumo e evitar desperdícios, algo fundamental para quem valoriza o aproveitamento total dos alimentos, tradição nas casas do campo e também nas capitais.

Os “fios brancos” da tangerina tem uma explicação, veja o que dizem especialistas
tangerinas aproximadas -Créditos: depositphotos.com / MicEnin

Qual o melhor jeito de conservar tangerinas?

Para manter as tangerinas frescas por mais tempo, especialistas sugerem que elas fiquem guardadas em um ambiente fresco, seco e com boa circulação de ar, aproveitando a ventilação natural típica das casas brasileiras. Uma cesta de vime ou um caixote vazado na despensa são opções indicadas para evitar o acúmulo de umidade e permitir que o ar circule entre as frutas, uma dica simples e eficiente, muito usada nas casas do interior. Outro detalhe importante é não amontoar as tangerinas, já que a pressão e o contato contínuo podem causar machucados que favorecem o surgimento de fungos, problema potencializado pelo clima tropical.

Além disso, recomenda-se revisar a fruta com frequência. Se alguma tangerina apresentar sinais de deterioração, como manchas escuras ou textura amolecida, o ideal é retirá-la imediatamente para evitar que o apodrecimento se espalhe para as demais, como já é costume em muitas famílias. Avaliar o estado da casca e separar as frutas danificadas garante um maior tempo de conservação do lote. Em algumas regiões mais quentes, como no Centro-Oeste ou no Nordeste, pode ser vantajoso armazenar pequenas porções de tangerinas na geladeira por até três dias, lembrando-se sempre de deixá-las em um recipiente aberto ou perfurado para preservar a ventilação e evitar umidade excessiva, prática recomendada por quem lida diariamente com frutas na feira ou na plantação.

Em cidades como Rio de Janeiro e outros locais de clima muito quente e úmido, a conservação pode ser ainda mais desafiadora, sendo fundamental observar a temperatura do ambiente e, se necessário, fazer uso da geladeira de maneira correta e consciente, pois o consumo de energia é uma preocupação crescente no país.

tangerinas aproximadas -Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Por que é importante evitar armazenar tangerinas perto de outras frutas?

Um alerta importante é sobre o armazenamento das tangerinas junto a outras frutas como maçã e banana, ambas populares no Brasil e produzidas em larga escala. Esses alimentos liberam um gás chamado etileno, que acelera o processo de amadurecimento das frutas ao redor. Quando expostas ao etileno, as tangerinas tendem a amadurecer rapidamente e, consequentemente, podem estragar antes do previsto, algo que pode reduzir o aproveitamento da fruta no dia a dia das famílias. O ideal é manter as tangerinas separadas dessas frutas para prolongar sua vida útil. Vale lembrar que frutas como mamão e abacate, tão comuns nas casas brasileiras, também são produtoras de etileno e podem impactar a conservação das tangerinas.

  • Armazene as frutas em um local arejado, longe de fontes de calor como fogão ou exposição direta ao sol, algo muito importante em regiões de clima quente.
  • Evite manter tangerinas em sacos plásticos fechados, pois a falta de ventilação favorece o mofo, problema frequente principalmente no Norte e Nordeste.
  • Mantenha as frutas afastadas de maçãs, bananas, peras e outras produtoras de etileno para reduzir o efeito desse gás.
Os “fios brancos” da tangerina tem uma explicação, veja o que dizem especialistas
tangerinas aproximadas – Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

O que são os “fiozinhos” das tangerinas e eles fazem bem para a saúde?

Ao descascar uma tangerina, é comum notar fios brancos envolvendo os gomos. Esses filamentos, chamados de albedo, fazem parte da composição natural das frutas cítricas, como a laranja e o pomelo, que também são abundantes nos pomares do Brasil. Muitas pessoas retiram o albedo por acharem que sua textura é incômoda, mas essa parte da fruta oferece benefícios importantes à saúde.

O albedo é composto principalmente por fibras e pectina, um tipo de fibra solúvel que contribui para a regulação do trânsito intestinal e auxilia na manutenção da saciedade, algo valorizado na alimentação brasileira, que prioriza bem-estar e prevenção de doenças. Além disso, contém flavonoides e antioxidantes que fortalecem o sistema imunológico e ajudam a proteger as células contra os danos causados pelos radicais livres, tornando o consumo da fruta aliado natural à saúde, mesmo em meio ao cotidiano agitado das cidades.

  1. Auxílio na digestão: as fibras presentes no albedo favorecem o bom funcionamento do intestino, fundamental para a saúde e bem-estar tão valorizados pelos brasileiros, especialmente para quem tem uma dieta rica em arroz, feijão e outros alimentos típicos.
  2. Controle do colesterol: a pectina contribui para a redução do colesterol LDL.
  3. Estabilização da glicemia: o consumo desses filamentos ajuda a manter o açúcar no sangue sob controle, relevante para a prevenção de doenças como o diabetes, que afeta milhões de brasileiros.
  4. Prolonga a saciedade: comer a fruta com o albedo faz a fome demorar mais a aparecer, uma vantagem para quem leva uma rotina corrida ou pratica atividades físicas.

Diante desses benefícios, especialistas em nutrição orientam o consumo do albedo juntamente com os gomos da tangerina. Incorporar esse componente na alimentação diária pode ser uma estratégia para melhorar a qualidade da dieta, favorecendo o organismo e colaborando na prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas, desafios frequentes nos dias atuais.

Ao considerar métodos de armazenamento adequados ao nosso clima e aproveitar o potencial do albedo, é possível consumir tangerinas de forma mais saudável e por mais tempo. Adotar práticas simples no dia a dia garante que o sabor e o valor nutritivo dessa fruta cítrica, que faz parte da cultura alimentar brasileira, estejam presentes por mais tempo nas mesas do nosso país. Para quem costuma comprar frutas frescas nas feiras livres e mercados municipais, típicos do Brasil, seguir essas dicas contribui para a economia doméstica e para uma alimentação mais saudável e sustentável, respeitando os hábitos e a biodiversidade da nossa terra.

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