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Saúde mental no Brasil precisa de atenção urgente segundo especialistas

É comum que os termos “ansiedade” e “ataque de pânico” sejam utilizados de forma intercambiável no cotidiano brasileiro. No entanto, para especialistas em saúde mental, essas experiências apresentam características distintas. Ansiedade é uma emoção com sintomas que podem se arrastar por horas ou dias, trazendo uma sensação persistente de preocupação e desconforto físico, algo presente em diferentes regiões do Brasil, do Norte ao Sul. Já o ataque de pânico é marcado por um início abrupto e intensidade elevada, muitas vezes acompanhado de sintomas como falta de ar, seja em grandes centros urbanos, como São Paulo, ou em cidades litorâneas do Nordeste, palpitações e sensação de perda de controle.

A experiência da ansiedade pode ser desencadeada por situações que causam medo ou preocupação diante de desafios típicos do país, como insegurança ou pressões do cotidiano agitado das cidades grandes e até mesmo pela preocupação com o futuro durante períodos de chuvas intensas ou estiagem, dependendo do clima regional. Entre os comportamentos associados ao estado ansioso estão o isolamento social, inquietação e mudanças no humor. Diferente disso, um ataque de pânico geralmente aparece de repente e atinge o ápice em poucos minutos, podendo deixar a pessoa exausta até mesmo após a crise ter passado. Entender essa distinção é essencial para lidar adequadamente com cada situação. Profissionais de diferentes cidades, como São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, relatam aumento nos casos desde o início da pandemia de 2020, o que reforça a importância do cuidado com a saúde mental no Brasil.

Saúde mental no Brasil precisa de atenção urgente segundo especialistas
pessoa ansiosa – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Como diferenciar ansiedade de ataque de pânico?

Ansiedade costuma envolver pensamentos excessivos sobre o futuro, sensação de tensão muscular e dificuldades de concentração, algo muito relatado por brasileiros em situações comuns como vestibulares ou concursos públicos. As manifestações físicas são variadas e incluem suor, ainda mais evidente em períodos de calor típico de grande parte do território nacional, aumento dos batimentos cardíacos e inquietação. Já o ataque de pânico envolve sintomas físicos mais agudos e intensos, como dor no peito, tontura e sensação de sufocamento. Apesar de durar pouco tempo, de 10 a 15 minutos, segundo estudos recentes como os realizados pela equipe do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, o impacto emocional pode perdurar por horas. Além disso, algumas pessoas podem apresentar ataques de pânico desencadeados por situações específicas, enquanto outros ocorrem de forma inesperada, tornando importante estar atento ao contexto, como ambientes fechados ou aglomerações em metrôs nas capitais brasileiras.

Saúde mental no Brasil precisa de atenção urgente segundo especialistas
pessoa ansiosa – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Quais estratégias são eficazes para lidar com um ataque de pânico?

Algumas ações recomendadas pelos profissionais de saúde mental se assemelham a protocolos de primeiros socorros emocionais, facilmente adaptáveis ao nosso contexto social e climático. Técnicas de respiração guiada são amplamente utilizadas: inspirar pelo nariz, sentindo o cheiro de flores do cerrado ou da Mata Atlântica, segurar o ar por alguns segundos e expirar lentamente pela boca – como se apagasse uma vela em uma festa na varanda, ajudam a acalmar o sistema nervoso. Orientar a pessoa sobre o que está acontecendo também tem efeito positivo, explicando que os sintomas físicos refletem uma resposta natural do corpo ao estresse intenso, sendo importante lembrar que o perigo real raramente existe. Em aplicativos como o Calm e o Headspace, que já contam com versões em português, é possível acessar rapidamente meditações guiadas e exercícios de respiração adequados ao clima tropical.

  • Respiração controlada: Manter um ritmo regular de respiração, preferencialmente em um ambiente fresco ou à sombra de árvores típicas como o ipê ou a mangueira, ajuda o organismo a reduzir a hiperatividade do sistema nervoso.
  • Frases de segurança: Mensagens como “você está seguro” ou “isso vai passar em breve” oferecem amparo emocional durante a crise e são facilmente compreendidas, independentemente da região do país.
  • Conexão com o presente: Focar nos sentidos, reconhecer o cheiro da terra molhada após chuva na Amazônia ou observar as cores vibrantes do jardim com flores tropicais, pode interromper a escalada dos sintomas.
Saúde mental no Brasil precisa de atenção urgente segundo especialistas
pessoa chateada – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Existe prevenção para ansiedade e episódios de pânico?

Há formas comprovadas de diminuir a frequência e a intensidade dos ataques de pânico e dos sintomas de ansiedade. O suporte social, como conversar sobre sentimentos com pessoas próximas, seja em rodas de conversa típicas do interior ou em encontros nas praças das cidades, contribui para o fortalecimento emocional. Pesquisas demonstram que manter uma rede de apoio compreensiva está ligado à redução dos quadros mais graves. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde reforçam que o enfrentamento coletivo do estigma relacionado à saúde mental facilita diagnósticos precoces e melhor resposta às intervenções.

  1. Prática regular de exercícios físicos ao ar livre, como caminhar em parques, correr na orla de praias ou pedalar por trilhas entre bromélias e samambaias, pode reduzir em até 40% a incidência dos ataques de pânico.
  2. Atenção à alimentação e hidratação, lembrando que o consumo excessivo de café, tão apreciado nas diferentes regiões brasileiras, pode aumentar a ansiedade, assim como variações nos níveis de glicose.
  3. Aplicativos de suporte, que oferecem guias para respiração e conexão com grupos de apoio, atuam como recursos auxiliares em momentos de crise no contexto brasileiro, independente de estar em uma metrópole ou em pequenas cidades do interior.

Cada pessoa responde de maneira única a essas estratégias; por isso, é importante respeitar os próprios limites e buscar auxílio de profissionais especializados caso os episódios persistam ou interfiram nas atividades cotidianas. Técnicas de respiração treinada, exposição gradual a situações temidas e o desenvolvimento de hábitos saudáveis aliados a caminhadas sob o sol ou à contemplação da natureza local são ferramentas no caminho para o equilíbrio emocional e a redução dos sintomas. O avanço da tecnologia oferece ferramentas discretas e eficazes, mas é fundamental lembrar que essas medidas complementam o acompanhamento profissional, sempre respeitando as particularidades do clima, da flora e da cultura brasileira.

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