O cultivo de inhame no vaso vem ganhando espaço entre brasileiros que desejam uma alternativa prática para cultivar hortaliças em ambientes menores, como sacadas de apartamentos ou casas com pouco quintal. Mesmo pessoas sem experiência prévia em jardinagem encontram facilidade no plantio desse tubérculo, devido à sua adaptação aos diferentes tipos de vasos e solos presentes no Brasil. Além da flexibilidade, há o benefício de aproveitar um alimento versátil e rico em nutrientes, disponível diretamente em casa, sem a necessidade de sair para feiras ou mercados.
O inhame, chamado também de taro, cará ou taioba em certas regiões do Brasil, é um tubérculo com forte presença na culinária nacional, especialmente no Norte, Nordeste e Sudeste. Por conter fibras, carboidratos complexos e minerais essenciais, o consumo deste alimento contribui para o bem-estar e pode fazer parte de diferentes refeições do nosso dia a dia, desde um caldo típico das festas juninas, até acompanhamentos de almoços regionais. Ter a possibilidade de plantar inhame no vaso proporciona maior controle sobre o cultivo, evitando o uso de agrotóxicos e permitindo colheitas ao longo do ano, mesmo em áreas urbanas.
Quais são os principais benefícios do inhame?
A inclusão do inhame na dieta diária pode favorecer diversos aspectos da saúde, principalmente em regiões do Brasil onde a alimentação tradicional valoriza alimentos de produção local. Esse tubérculo contribui no funcionamento do sistema digestivo, pois suas fibras auxiliam na regularidade intestinal e promovem saciedade após as refeições. Também é fonte de energia, tornando-se uma opção interessante para quem pratica atividades ao ar livre típicas do clima brasileiro, como caminhadas, esportes e trabalhos em regiões rurais. Além disso, o inhame é rico em vitaminas do complexo B e vitamina C, fortalecendo o sistema imunológico, sendo um aliado especialmente nos períodos mais frios das regiões Sul e Sudeste, quando a incidência de gripes cresce.
- Auxílio na digestão: as fibras presentes no inhame facilitam o trânsito intestinal.
- Energia prolongada: por ser fonte de carboidratos complexos, libera glicose gradualmente no organismo.
- Controle do apetite: o consumo regular ajuda a manter a saciedade.

Como plantar inhame no vaso passo a passo?
Para quem deseja iniciar o plantio de inhame em casa, o processo começa com a escolha de um tubérculo saudável e sem sinais de deterioração, que podem ser encontrados em feiras livres, mercados municipais e até recebidos de parentes ou vizinhos, uma prática comum nas comunidades brasileiras. O próximo passo é estimular o brotamento, colocando um pedaço do inhame em contato com uma pequena quantidade de água, dica muito utilizada por quem já cultiva batata-doce ou mandioca em casa. Este método favorece o aparecimento das primeiras raízes e brotos, sendo necessário trocar a água a cada dois dias durante o desenvolvimento inicial. Existem também substratos comerciais específicos, ricos em nutrientes, ou combinações caseiras usando terra de jardim, húmus de minhoca e folhas secas (típico da nossa flora), que podem ser utilizados no preparo do solo para potencializar o crescimento do inhame.
- Selecione inhames íntegros e firmes, preferencialmente com pequenas raízes aparentes.
- Corte uma porção com cerca de 3 a 5 cm de diâmetro e coloque-a em um recipiente com aproximadamente 1 cm de água.
- Deixe o recipiente em local iluminado, trocando a água regularmente.
- Após notar o surgimento dos brotos e raízes, prepare o vaso com ao menos 50 cm de profundidade, importante para o bom desenvolvimento do inhame, especialmente no nosso clima tropical.
- Misture três partes de terra orgânica para duas de húmus de minhoca, abundante nas composteiras domésticas brasileiras, garantindo um solo leve e fértil.
- Plante o tubérculo no vaso, mantendo os brotos voltados para cima, e deixe o solo úmido, sem encharcar, imitando as condições das margens dos nossos rios.
Quais cuidados são essenciais no cultivo do inhame em vasos?
Alguns fatores influenciam o sucesso do plantio, como o clima brasileiro, a escolha do local e a frequência da rega. O inhame prefere condições de temperatura entre 20°C e 29°C, ideais na maior parte do território nacional, especialmente na primavera e verão. Em estados do Norte e Nordeste, o cultivo pode ser feito o ano inteiro; já no Sul, recomenda-se o plantio após o frio intenso. Outro ponto importante é garantir a drenagem adequada do vaso, bem como a proteção do solo com cobertura morta, aproveitando folhas secas de espécies da flora local, como mangueira, jatobá ou goiabeira, para ajudar a manter a umidade típica dos solos de floresta.
- Iluminação: mantenha o vaso em local que receba boa luminosidade natural, típica dos espaços ao ar livre ou varandas brasileiras, preferindo luz indireta ou algumas horas de sol direto por dia.
- Solo úmido: regue periodicamente, principais nas regiões mais secas do Cerrado ou Centro-Oeste, cuidando para não encharcar o solo.
- Profundidade do vaso: vasos mais profundos favorecem o desenvolvimento do tubérculo.
- Monitoramento: observe sinais de folhas amareladas, que podem indicar o momento certo para colher o inhame.

Quando e como fazer a colheita do inhame cultivado em vaso?
O tempo médio para a colheita do inhame após o plantio varia, ficando geralmente em torno de 240 dias, mas pode mudar conforme o clima local e as variedades regionais. O sinal mais perceptível de que o tubérculo pode ser retirado é o amarelecimento das folhas, que ocorre com frequência entre a primavera e o verão brasileiros. Nessa fase, basta escavar cuidadosamente o solo, puxar o inhame e, caso queira manter o cultivo, replantar outro broto. O ciclo pode ser contínuo, especialmente em regiões onde as temperaturas permanecem elevadas ao longo do ano.
O cultivo de inhame em vasos permite acesso fácil a um ingrediente nutritivo e versátil, sem depender de grandes áreas externas, algo fundamental para quem mora em cidades grandes como São Paulo, Salvador ou Recife. Ao seguir as orientações de plantio, rega e colheita, qualquer brasileiro pode transformar até uma pequena varanda em uma fonte renovável desse tubérculo tão presente na nossa cultura alimentar. Além de contribuir para uma alimentação mais saudável e baseada em alimentos locais, o processo de acompanhamento do crescimento das plantas ajuda a criar uma maior conexão com a natureza e com as tradições agrícolas brasileiras, promovendo bem-estar no dia a dia.
