Durante o verão, ambientes externos como quintais e jardins se tornam mais movimentados – tanto por moradores quanto por animais, entre eles as serpentes. Esse aumento de circulação faz surgir dúvidas, principalmente quando aparecem buracos no solo: será que são sinais de serpente ou de outro animal?
O calor intenso obriga muitos animais a buscar locais protegidos e frescos. As serpentes se destacam pela sua habilidade em se esconder, aproveitando refúgios naturais que encontram facilmente nas áreas residenciais. Identificar sua presença vai além do simples achado de um buraco, exigindo atenção a outras características do local e do ambiente.
Animais que escavam buracos: só serpentes?
Muita gente associa buracos no chão à presença de serpentes, mas é fundamental reconhecer que outros animais também criam esses esconderijos. Roedores, por exemplo, são conhecidos por cavar túneis subterrâneos. Além deles, alguns insetos e mesmo pequenas aves contribuem para a formação de cavidades na terra. Cada espécie deixa sinais diferentes, e observar esses detalhes pode evitar enganos e preocupações desnecessárias.
- Roedores deixam terra solta e buracos com largura maior, normalmente acompanhados de outras entradas próximas.
- Insetos produzem aberturas menores, normalmente agrupadas, podendo se notar atividade constante na entrada.
- Serpentes utilizam buracos já existentes, preferindo locais protegidos do sol direto e com pouca circulação.
Dessa forma, antes de ligar o alerta para serpentes, é necessário analisar quem mais pode estar ocupando aquele espaço.

Como identificar sinais de serpente no jardim?
Ainda que as serpentes não escavem o solo como roedores, elas encontram facilidade em ocupar tocas e fendas. Algumas pistas ajudam a reconhecer se há chance de uma serpente utilizar o local como abrigo. Entre os indícios mais comuns estão trilhas no solo, restos de pele recentemente trocada e até excrementos específicos, que possuem aspecto alongado e cor escura, muitas vezes com resíduos brancos evidentes.
- Trilhas sinuosas: Marcas em forma de zigue-zague costumam indicar deslocamento do réptil sobre a terra fofa.
- Pedaços de pele: Ao trocar de pele, serpentes podem deixar fragmentos próximos aos seus refúgios.
- Abrigos discretos: Locais sombreados, próximos a pilhas de madeira, pedras ou raízes são preferidos por esses animais.
A observação desses sinais, combinada ao contexto, auxilia na avaliação da real presença de serpentes.
O que fazer diante de uma suspeita?
É importante evitar mexer diretamente em buracos suspeitos. O ideal é manter distância, observar sem tentar remover objetos ou introduzir as mãos. Caso exista convicção da presença de uma serpente ou se houver dúvidas, recomenda-se contato com profissionais habilitados para o manejo de fauna, como equipes de controle ambiental ou bombeiros.
- Evite mover pedras, entulhos ou madeira empilhada desprotegido.
- Mantenha crianças e pets longe do local suspeito até a chegada da assistência.
- Acompanhe outros sinais nas imediações, atualizando as informações para quem realizará o atendimento.
Esse procedimento reduz o risco de acidentes e preserva tanto as pessoas quanto o animal silvestre em questão.
Prevenção: como reduzir as chances de encontrar serpentes?
Algumas práticas podem tornar o ambiente doméstico menos atrativo para serpentes e para animais que servem de alimento a elas. Manter o gramado cortado, recolher folhas, vedar pequenos buracos e controlar a população de roedores e insetos fazem diferença significativa. O monitoramento constante e a manutenção periódica são aliados importantes nesse cuidado.
- Limpeza frequente dos ambientes externos.
- Vistoria e correção de aberturas em pisos, muros e paredes.
- Descartar corretamente lixo e restos de alimentos, minimizando fontes de atração.
Com essas ações, é possível aproveitar as áreas externas no verão de forma mais tranquila, valorizando o contato seguro com o meio ambiente e evitando situações inesperadas com a fauna silvestre local.