O consumo de alho na alimentação diária tem se destacado não apenas pelo sabor marcante que confere aos pratos, mas também pelos efeitos benéficos à saúde já reconhecidos por diversos estudos atuais. Em 2025, a busca por alternativas naturais para cuidar do organismo segue em alta, impulsionando o uso desse tempero em diferentes culturas culinárias e até em práticas medicinais tradicionais.
O bulbo do alho é a parte mais utilizada, concentrando compostos sulfurados, como a alicina, responsável pelo aroma acentuado e por grande parte de suas funções benéficas. Rico em minerais essenciais, como cálcio, potássio e magnésio, este ingrediente tem papel de destaque tanto na nutrição quanto como auxiliar complementar no tratamento de certas condições.
Quais são os principais benefícios do alho para a saúde?
O alho exibe propriedades que vão além do sabor. Entre seus principais efeitos, destacam-se a ação antimicrobiana, capaz de auxiliar no combate a bactérias, vírus e fungos, e o efeito antioxidante, relacionado à prevenção de danos celulares. Compostos como alicina e aliina agem colaborando com o sistema imunológico, frequentemente sendo associados à prevenção de infecções.
Outro aspecto importante é o auxílio à saúde cardiovascular. O alho pode contribuir para a regulação do colesterol LDL, conhecido como “ruim”, e também ajudar a regular a pressão arterial. Esses benefícios estão ligados à presença das substâncias sulfuradas, que inibem a oxidação de lipídios no sangue e favorecem a circulação. Novas pesquisas, inclusive recentes, apontam que o alho também pode ter efeitos protetores contra o envelhecimento vascular, colaborando para manter vasos sanguíneos saudáveis ao longo dos anos.

O alho ajuda na prevenção de doenças crônicas?
Vários estudos indicam que o consumo regular de alho está associado à redução do risco de desenvolver certas condições crônicas. Graças à sua ação anti-inflamatória e antioxidante, o alho tem sido investigado no contexto da prevenção do câncer, especialmente do cólon. Acredita-se que seus compostos ativos estimulem enzimas que auxiliam na eliminação de substâncias potencialmente cancerígenas do organismo.
No campo da saúde metabólica, pode haver contribuição positiva no controle da glicemia, sendo relevante para pessoas com diabetes. Esse efeito decorre da potencial capacidade do alho em estimular a liberação de insulina, colaborando no manejo da doença quando aliado a uma alimentação equilibrada. Além disso, pesquisas recentes, incluindo estudos realizados em Brasil e na Europa – sugerem efeito benéfico do alho na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, devido à sua ação antioxidante protetora do tecido cerebral.
Como posso incluir o alho na dieta para maximizar benefícios?
Para usufruir plenamente das vantagens desse alimento, é recomendado o uso de pelo menos um dente de alho fresco diariamente. O processo de amassar ou picar e aguardar alguns minutos antes do preparo pode potencializar os compostos benéficos, como a alicina. O alho pode ser utilizado das seguintes formas:
- Temperando carnes, massas e verduras
- Incorporado em molhos, patês e pães
- Preparado em chás ou na chamada água de alho
Receitas como o chá de alho e o creme para carnes permitem variar o cardápio e obter benefícios para o sistema imunológico e cardiovascular. Além disso, o alimento também é aproveitado no preparo de infusões, que podem incluir ingredientes como gengibre ou mel para suavizar o sabor. Outra dica é consumir alho cru em saladas ou finalizações, preservando mais seus nutrientes ativos. O uso do alho negro, uma versão fermentada popularizada em países asiáticos como Japão e Coreia do Sul, também tem ganhado destaque em restaurantes contemporâneos no Brasil, trazendo novos sabores e potencializando benefícios antioxidantes.

Quais cuidados e recomendações considerar ao consumir alho?
Apesar dos benefícios, o consumo exagerado de alho pode gerar desconfortos gastrointestinais, como cólicas, náuseas ou diarreia. Seu uso como suplemento ou em concentrações elevadas não é indicado em situações específicas: recém-nascidos, mulheres em fase de amamentação ou gestação, pessoas em recuperação de cirurgias, portadores de pressão baixa ou aqueles que utilizam medicamentos anticoagulantes devem evitar seu excesso.
No momento da compra, deve-se escolher cabeças de alho íntegras, firmes e sem manchas. Para preservar o alimento e evitar mofo, recomenda-se armazenamento em local seco, fresco e protegido da luz direta. Outra orientação importante para quem deseja consumir o alho cru é cortar ou esmagar apenas no momento do uso, para otimizar o aproveitamento dos compostos ativos.
O alho, portanto, mantém-se relevante tanto na culinária quanto na promoção de saúde. Seu consumo regular, aliado ao preparo adequado e inserido numa rotina alimentar balanceada, pode ser uma alternativa simples para quem busca mais sabor e efeitos positivos para o organismo.
