A losna, conhecida cientificamente como Artemisia absinthium, destaca-se entre as plantas medicinais por suas múltiplas aplicações terapêuticas. Tradicionalmente, suas folhas e flores têm sido empregadas na preparação de chás, tinturas e extratos, frequentemente recomendados para o alívio de incômodos digestivos, auxílio no combate a vermes intestinais e apoio à saúde do fígado. Sua utilização remonta a séculos, mostrando-se presente em diversas culturas ao redor do mundo, o que evidencia sua relevância no contexto naturalista e fitoterápico.
No Brasil, a losna é popularmente chamada de erva-do-fel, absinto, alenjo e erva-dos-vermes. Muitas casas de produtos naturais oferecem a planta seca, viabilizando diferentes preparos terapêuticos sob orientação profissional. É fundamental ressaltar que o acompanhamento de um profissional de saúde, especializado em plantas medicinais, é imprescindível para garantir segurança durante o uso da losna, especialmente devido à presença de substâncias potentes em sua composição.

Quais são os principais benefícios da losna?
Entre os benefícios amplamente reconhecidos da losna está sua potencial ação sobre o sistema digestivo. O consumo controlado do chá de losna pode favorecer a digestão, estimular o apetite e aliviar sintomas comuns como gases e desconfortos intestinais. Substâncias amargas presentes na planta estimulam a produção de saliva, sucos gástricos e bile, facilitando o processamento dos alimentos e reduzindo episódios de má digestão.
Além do âmbito digestivo, pesquisas apontam que compostos bioativos da losna, como os flavonoides, sesquiterpenos e óleos essenciais, exibem propriedades anti-inflamatórias e antimicrobianas. Aplicações tópicas do extrato ou chá em compressas, por exemplo, podem promover a cicatrização de feridas e aliviar dores musculares e articulares, especialmente em quadros de artrite ou contusões. Estudos recentes sugerem ainda um potencial antioxidante relevante, o que pode contribuir para a proteção celular e fortalecimento do sistema imunológico. Explorações contemporâneas em laboratórios, inclusive em países como França e Alemanha, têm avaliado outros usos da losna, tais como o potencial auxílio em transtornos de ansiedade leve e estimulação do apetite em pacientes oncológicos, sempre de forma complementar e sob rigoroso controle clínico.

Como usar a losna de forma segura?
A losna pode ser empregada em diferentes apresentações terapêuticas, cada uma direcionada conforme a necessidade.
- Chá de losna: O preparo é simples e requer somente folhas secas da planta e água fervente. Costuma ser indicado para melhora da digestão e desconfortos relacionados à vesícula biliar ou ao intestino.
- Tintura de losna: Geralmente adquirida pronta em casas especializadas, pode ser utilizada para auxiliar na digestão e controlar a vontade por doces. O processo apresenta concentração maior dos compostos ativos, devendo ser utilizado diluído em água para consumo seguro.
- Extrato fluido: Indicado principalmente para o combate a vermes intestinais, é encontrado em farmácias de manipulação e lojas de produtos naturais. A dosagem deve ser orientada por profissional especializado, evitando riscos de toxicidade.

Quais riscos ou contraindicações a losna apresenta?
Apesar de reconhecida por inúmeras propriedades benéficas, a losna exige cautela. Doses superiores às recomendadas podem ocasionar efeitos colaterais como cólicas abdominais, náusea, vômitos e até alterações neurológicas, devido à presença de substâncias como a tujona. Crianças, gestantes, lactantes e pessoas com doenças hepáticas, renais, epilepsia ou que fazem uso de anticoagulantes devem evitar a planta, considerando os riscos associados às suas condições.
- Evitar o uso da losna por períodos superiores a quatro semanas consecutivas.
- Não aplicar a planta sobre a pele machucada sem orientação profissional para prevenir irritações ou queimaduras.
- Sempre buscar orientação médica antes de iniciar qualquer tratamento com plantas medicinais.
A utilização adequada da losna pode contribuir para um cuidado complementar em questões digestivas, articulares e de saúde do fígado. No entanto, o respeito às indicações profissionais é fundamental para garantir a segurança do usuário, evitando possíveis complicações relacionadas ao uso inadequado da planta. Pesquisas adicionais ainda são recomendadas para elucidar plenamente todos os efeitos farmacológicos e assegurar seu uso seguro em diferentes públicos, incluindo grupos específicos em Europa e potencialmente em comunidades com tradição fitoterápica, como no Rio de Janeiro e regiões rurais do Paraná.