As temperaturas extremas em áreas do Sudeste da Europa têm chamado a atenção em 2025, marcando mais um episódio de calor intenso na região. Desde as primeiras horas do dia, os termômetros já ultrapassam os 30 graus Celsius, chegando frequentemente a valores superiores a 40 graus ao longo da tarde. O fenômeno afeta principalmente países como Grécia e Turquia, impactando não apenas a rotina dos moradores, mas também as atividades turísticas e profissionais.
Diante do avanço dos termômetros, autoridades locais implementaram restrições rigorosas para minimizar os riscos associados ao calor intenso. O trabalho ao ar livre está suspenso durante as horas mais quentes do dia, uma medida que se estende a diferentes setores e tem efeitos diretos sobre as populações locais, especialmente idosos e crianças, considerados os grupos mais vulneráveis sob estas condições climáticas.
O que causa as ondas de calor no sudeste da Europa?
As ondas de calor no Sudeste da Europa geralmente são causadas por padrões atmosféricos de bloqueio, que impedem a chegada de massas de ar frio e úmido, favorecendo o domínio de sistemas de alta pressão e a entrada de ar quente do norte da África. Como resultado, sistemas de alta pressão se estabelecem, promovendo a entrada de ar quente proveniente do Norte da África e elevando consistentemente as temperaturas nestas áreas. Esse fenômeno não se limita a influências meteorológicas sazonais; mudanças climáticas globais também vêm intensificando a frequência e a intensidade desses eventos. Especialistas apontam ainda que o aumento das temperaturas médias globais contribui para que as ondas de calor tornem-se mais frequentes e prolongadas, agravando seus impactos no Sudeste Europeu.

Como a população tem enfrentado temperaturas acima de 40 °C?
Com máximas diárias atingindo patamares recordes, medidas de contenção são essenciais para proteger a população, especialmente com o trabalho ao ar livre proibido nos horários de pico e fechamento de pontos turísticos durante o calor extremo. Além do trabalho ao ar livre proibido nos horários de pico de calor, pontos turísticos significativos, como a conhecida Acrópole de Atenas, permanecem fechados durante determinados períodos do dia. Essa decisão visa resguardar tanto trabalhadores quanto visitantes diante de riscos como desidratação, insolação e agravamento de quadros clínicos preexistentes. Em cidades como Diyarbakir e Antalya, no sudeste da Turquia, foram divulgados alertas oficiais e campanhas de conscientização, orientando para o armazenamento correto de água e a permanência em áreas ventiladas e à sombra. Órgãos de saúde locais também reforçaram a distribuição de kits de hidratação para comunidades mais vulneráveis e divulgaram linhas diretas para emergências durante o período de calor extremo.
- Idosos e crianças: devem evitar exposição direta e prolongada ao sol;
- Hidratação constante: recomendação para consumo elevado de líquidos;
- Evitar exercícios físicos nos períodos críticos;
- Monitoramento de sinais de saúde, como fadiga extrema e tontura.
Quais são as principais consequências dessa onda de calor?
As consequências da onda de calor incluem aumento no consumo de energia, sobrecarga nos serviços de saúde e impactos negativos para o turismo, agricultura e meio ambiente. Entre os impactos mais notáveis, destacam-se o aumento no consumo de energia elétrica, impulsionado pelo uso intensivo de aparelhos de ar-condicionado, além da sobrecarga nos serviços de saúde. Hospitais registram mais atendimentos de emergências relacionadas a doenças provocadas pelo calor, como desidratação e exaustão térmica. O turismo, setor relevante para muitas cidades do Sudeste Europeu, enfrenta dificuldades com atrações temporariamente fechadas e fluxos de visitantes reduzidos.
No campo econômico, a interrupção do expediente em locais abertos compromete a produtividade em segmentos como a construção civil e a agricultura. Agricultores relatam prejuízos decorrentes da exposição prolongada das plantações e dos animais às altas temperaturas, aumentando perdas por queimaduras e redução do rendimento nas colheitas. Relatórios recentes também indicam o aumento do risco de incêndios florestais, especialmente em áreas já suscetíveis a secas, potencializando as perdas ambientais durante esses eventos.
- Aumento dos riscos à saúde pública;
- Interrupção ou limitação de atividades turísticas;
- Queda na produtividade em setores ao ar livre;
- Stress hídrico e pressões sobre o fornecimento de energia;
- Prejuízos ambientais e econômicos.

Que precauções são recomendadas durante períodos de calor extremo?
Durante períodos de calor excessivo, a principal orientação é reforçar a hidratação, adotar alimentação leve, vestir roupas apropriadas e buscar ambientes bem ventilados ou climatizados, especialmente para idosos, crianças e pessoas com comorbidades. Em situações de calor excessivo, a orientação de órgãos internacionais de saúde ressalta a necessidade de atenção redobrada com hidratação, alimentação leve e uso de roupas adequadas. Locais públicos, escolas e órgãos governamentais são incentivados a manter ambientes climatizados acessíveis, principalmente para os grupos mais expostos. A população é alertada para reconhecer sinais de insolação e buscar ajuda médica ao identificar sintomas graves. Campanhas na mídia e divulgações em aplicativos de saúde também têm sido utilizadas para orientar sobre primeiros socorros em casos de exaustão térmica e sobre a importância do acompanhamento de familiares em situação de risco.
Com a expectativa de que eventos similares tornem-se cada vez mais frequentes no Sudeste Europeu, autoridades e moradores intensificam ações preventivas, buscando minimizar os impactos de temperaturas tão elevadas. A adaptação e a preparação continuam sendo estratégias fundamentais para proteger a saúde coletiva e o bem-estar diante das mudanças climáticas em curso.
