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Sensação estranha? Sintomas silenciosos e perigosos estão ligados a essa infecção comum

A candidíase é um problema de saúde causado pelo excesso do fungo Candida albicans, que normalmente faz parte da flora do organismo humano, especialmente nas mucosas e na pele. Quando o sistema de defesa está fragilizado ou ocorre desequilíbrio na microbiota, esse fungo pode se multiplicar em excesso, gerando sintomas desconfortáveis e até complicações em diferentes regiões do corpo.

Nessa condição, os sintomas variam conforme o local acometido e podem incluir sensação de coceira, placas esbranquiçadas, inflamação, vermelhidão e secreção típica. O diagnóstico depende da análise clínica e, em algumas situações, de testes laboratoriais para identificar o agente infeccioso e confirmar o quadro.

Como a candidíase se manifesta?

De modo geral, a candidíase é conhecida por afetar principalmente a região íntima, trazendo sinais como corrimento com aspecto semelhante ao leite coalhado, incômodo ao urinar ou durante relações e inchaço local. Em homens, também pode haver descamação e placas avermelhadas no pênis. Fora do trato genital, a candidíase oral, popularmente chamada de “sapinho”, se caracteriza por manchas esbranquiçadas na boca, língua ou garganta, sendo mais recorrente em bebês, idosos e pessoas imunossuprimidas.

A infecção pode se manifestar ainda em áreas de pele que sofrem atrito ou permanecem úmidas, como dobras do pescoço, axilas, virilhas ou sob as mamas. Nesses casos, surgem lesões vermelhas, ardor e, às vezes, rachaduras. A candidíase intestinal, por sua vez, costuma provocar desconforto abdominal, gases e até a presença de pontos brancos nas fezes, sendo mais frequente em quadros de desequilíbrio imunológico ou uso prolongado de antibióticos.

Sensação estranha? Sintomas silenciosos e perigosos estão ligados a essa infecção comum
consulta em andamento – Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

Quais são os principais tipos de candidíase?

Existem diferentes formas de candidíase, cada uma com particularidades no quadro clínico e na abordagem para tratamento. Entre as mais conhecidas estão:

  • Candidíase vaginal: ocorre na vagina e vulva devido a fatores como alterações hormonais, uso de certos medicamentos ou baixa imunidade.
  • Candidíase peniana: atinge homens, sobretudo quando há higiene íntima inadequada ou diabetes descompensada.
  • Candidíase oral: surge na cavidade oral, afetando interior das bochechas, língua e gengiva.
  • Candidíase cutânea: infiltra áreas úmidas da pele, sendo comum em regiões de dobras e em pessoas com maior sudorese.
  • Candidíase intestinal: manifesta-se nos intestinos, geralmente associada à baixa de imunidade ou uso prolongado de medicamentos antibióticos.
  • Candidíase de repetição: caracteriza-se por recidivas frequentes no período de um ano.
  • Candidíase mamária: acomete mulheres em fase de amamentação, devido à exposição constante à umidade e contato com saliva do bebê.
  • Candidíase disseminada: atinge a corrente sanguínea e outros órgãos, prevalente em situações de imunossupressão grave.

O que pode causar candidíase?

Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da candidíase. O uso frequente de antibióticos, que pode comprometer a flora protetora do corpo, é um dos principais gatilhos. Outros fatores de risco incluem alterações hormonais, como ocorre na gestação, menopausa ou com o uso de anticoncepcionais, diabetes, doenças autoimunes e infecção pelo HIV. O uso de roupas íntimas sintéticas, pouca ventilação e abafamento constantes também favorecem a proliferação do fungo.

Pessoas que fumam, utilizam dentaduras ou fazem tratamentos com corticoides por tempo prolongado também têm risco aumentado para a infecção por Candida. Em bebês e idosos, o sistema imune naturalmente mais vulnerável amplia as chances de desenvolver tanto a forma oral quanto a cutânea da doença.

Adicionalmente, fatores ambientais, como clima úmido em cidades litorâneas, podem favorecer o desenvolvimento da candidíase, principalmente nas regiões tropicais do Brasil. Alterações na rotina em épocas festivas, como o Carnaval ou viagens de férias para locais como o Rio de Janeiro, também podem aumentar o risco de episódios de candidíase devido ao calor, suor excessivo e uso prolongado de roupas molhadas.

Sensação estranha? Sintomas silenciosos e perigosos estão ligados a essa infecção comum
mulher ingerindo comprimido – Créditos: depositphotos.com / serezniy

Como é realizado o tratamento da candidíase?

O manejo da candidíase é feito a partir do uso de medicamentos antifúngicos, que podem ser administrados em cremes, pomadas ou comprimidos, dependendo do local atingido pela infecção. Produtos à base de Nistatina, Clotrimazol, Miconazol e Fluconazol são amplamente empregados para combater o agente causador. Em episódios persistentes, pode ser necessária uma abordagem combinada e prolongada, sempre sob acompanhamento médico especializado, como ginecologista ou urologista.

  • Manter uma alimentação equilibrada, com baixa ingestão de açúcares refinados, auxilia no controle da candidíase.
  • A adoção de cuidados com higiene íntima adequada, uso de roupas leves e de algodão pode reduzir recidivas.
  • Em casos leves, banhos de assento com substâncias naturais, como soluções de barbatimão ou camomila, são utilizados para amenizar sintomas, mas não substituem o tratamento tradicional.

Importante ressaltar que a automedicação não é recomendada, pois o diagnóstico incorreto pode atrasar a solução do problema e agravar o quadro. Buscar orientação médica diante dos sintomas suspeitos é vital para escolher o método mais eficaz e assegurar a recuperação completa.

Quando é necessário procurar um especialista?

Ao sinal de sintomas característicos da candidíase, especialmente quando há repetição frequente ou o quadro não melhora com as medidas iniciais, é fundamental buscar avaliação médica. O especialista indicado pode ser o ginecologista, urologista, dermatologista ou gastroenterologista, de acordo com a manifestação principal da infecção.

No contexto do sistema imunológico fragilizado, como em pessoas com HIV, pacientes oncológicos em tratamento ou portadores de doenças autoimunes, o risco para formas graves e disseminadas é maior, exigindo identificação e manejo rápidos. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são determinantes para evitar complicações e garantir o bem-estar.

médica em fundo branco – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko
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