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O segredo natural por trás do chá que acalma corpo e mente

A melissa, conhecida cientificamente como Melissa officinalis, é uma planta herbácea de aroma marcante, popularmente chamada de erva-cidreira em diversas regiões do Brasil. Originalmente cultivada na Europa, espalhou-se por vários continentes devido ao seu amplo leque de utilizações, desde o uso medicinal até seu papel na gastronomia. No contexto brasileiro, a espécie destaca-se principalmente como um remédio natural para relaxamento e alívio de distúrbios digestivos.

Rica em compostos voláteis responsáveis por seu cheiro cítrico, a melissa tem folhas ovais, de coloração verde intensa, recobertas por uma leve penugem e capazes de atingir até 80 centímetros de altura no cultivo ideal. Considerada fácil de identificar quando observado seu aroma e aparência, é fundamental não confundi-la com outras ervas de perfume semelhante, já que diversas plantas recebem o nome popular de erva-cidreira, especialmente em mercados e feiras livres.

Quais são os principais benefícios medicinais da melissa?

O maior destaque da melissa está associado às suas propriedades terapêuticas. No campo da fitoterapia, suas folhas são tradicionalmente empregadas sob a forma de chá para amenizar quadros de ansiedade, distúrbios do sono e tensão nervosa. Além de ser reconhecida por sua ação calmante, a planta também desperta interesse por ajudar no alívio de cólicas, gases intestinais e episódios leves de dor de cabeça. Alguns estudos apontam que a melissa contém substâncias responsáveis pela modulação do sistema nervoso, contribuindo para uma sensação de relaxamento sem efeitos colaterais graves. Outra característica apreciada, sobretudo por quem busca alternativas naturais, é o seu potencial antiespasmódico, sendo útil para descompassar pequenas dores ou desconfortos gastrointestinais.

O segredo natural por trás do chá que acalma corpo e mente
melissa aproximada – Créditos: depositphotos.com / Kawaiis

Como cultivar melissa no jardim ou em vasos?

Para quem deseja incluir a melissa no próprio quintal ou mesmo em pequenos espaços internos, o cultivo apresenta baixa complexidade, desde que algumas recomendações básicas sejam seguidas. A planta adapta-se melhor a solos férteis, ricos em matéria orgânica e bem drenados. Embora suporte algum sombreamento, o desenvolvimento é favorecido em locais de clima temperado e exposição controlada ao sol, sem extremos de temperatura.

A propagação pode ser realizada por sementes, estacas ou divisão de touceiras. Sementes devem ser distribuídas próximo à superfície e transplantadas após atingirem cerca de dez centímetros de altura. Na divisão de touceiras, sugere-se proceder durante a primavera, enterrando as mudas em solo úmido a uma profundidade aproximada de cinco centímetros. Outra dica é que a melissa se beneficia de podas frequentes para estimular novas brotações e aumentar a produção de folhas aromáticas.

  • Irrigação regular é importante, evitando encharcamentos.
  • A adubação anual com composto orgânico contribui para renovação da planta.
  • Retire invasoras para proteger o desenvolvimento das mudas.

Em quais situações a melissa pode ser utilizada?

A versatilidade da melissa se reflete no seu aproveitamento tanto em receitas culinárias quanto em formulações medicinais caseiras. Seu sabor delicado faz sucesso em sobremesas, como sorvetes e compotas, e também pode aromatizar chás, temperar carnes brancas e dar um toque cítrico a pratos com peixes ou frutos do mar. Na forma de infusão, destaca-se por proporcionar sabor agradável e efeitos relaxantes. Além disso, a melissa pode ser utilizada em óleos essenciais para aromaterapia, perfumes naturais e até mesmo em cosméticos caseiros para favorecer uma sensação de frescor.

Comercialmente, a demanda por folhas frescas ou secas de melissa permanece aquecida, especialmente entre consumidores que buscam alternativas naturais de cuidado com a saúde. É possível encontrar sementes e mudas à venda em lojas especializadas e viveiristas de confiança, sempre com a orientação de adquirir de fontes que garantam a autenticidade do produto.

xícara de chá com melissa aproximada – Créditos: depositphotos.com / MadeleineSteinbach

Quais os cuidados essenciais e curiosidades sobre a melissa?

Apesar de resistente, a melissa requer alguns cuidados para manter sua vitalidade. O excesso de sol ou a falta de rega pode provocar queimaduras nas folhas e comprometer a produção. Recomenda-se a renovação dos canteiros a cada três ou quatro anos, além da realização de podas baixas, a cerca de dez centímetros do solo, iniciando a colheita após seis meses do plantio inicial.

  1. Evitar plantar em áreas sujeitas a geadas intensas.
  2. Manter o solo sempre úmido, mas sem excessos de água.
  3. Realizar adubações de cobertura após cada colheita.

Embora seja amplamente apreciada no país, atenção à correta identificação é crucial para evitar realização de chá a partir de plantas semelhantes e sem comprovação de segurança. Dessa forma, a melissa mantém o seu papel como uma alternativa vegetal relevante, presente tanto nos lares quanto em estabelecimentos voltados ao bem-estar e à gastronomia.

Vale acrescentar que o cultivo da melissa está presente em diversas regiões, desde o interior de Minas Gerais até o litoral do Rio de Janeiro. Em 2023, por exemplo, o interesse pela planta aumentou, de acordo com plataformas online especializadas como o Mercado Livre e canais de jardinagem no YouTube. O uso tradicional da melissa também é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como parte da fitoterapia para alívio suave dos sintomas citados no artigo.

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melissa em pilão sobre mesa – Créditos: depositphotos.com / Nikolay_Donetsk
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