A melissa, conhecida cientificamente como Melissa officinalis, é uma planta herbácea de aroma marcante, popularmente chamada de erva-cidreira em diversas regiões do Brasil. Originalmente cultivada na Europa, espalhou-se por vários continentes devido ao seu amplo leque de utilizações, desde o uso medicinal até seu papel na gastronomia. No contexto brasileiro, a espécie destaca-se principalmente como um remédio natural para relaxamento e alívio de distúrbios digestivos.
Rica em compostos voláteis responsáveis por seu cheiro cítrico, a melissa tem folhas ovais, de coloração verde intensa, recobertas por uma leve penugem e capazes de atingir até 80 centímetros de altura no cultivo ideal. Considerada fácil de identificar quando observado seu aroma e aparência, é fundamental não confundi-la com outras ervas de perfume semelhante, já que diversas plantas recebem o nome popular de erva-cidreira, especialmente em mercados e feiras livres.
Quais são os principais benefícios medicinais da melissa?
O maior destaque da melissa está associado às suas propriedades terapêuticas. No campo da fitoterapia, suas folhas são tradicionalmente empregadas sob a forma de chá para amenizar quadros de ansiedade, distúrbios do sono e tensão nervosa. Além de ser reconhecida por sua ação calmante, a planta também desperta interesse por ajudar no alívio de cólicas, gases intestinais e episódios leves de dor de cabeça. Alguns estudos apontam que a melissa contém substâncias responsáveis pela modulação do sistema nervoso, contribuindo para uma sensação de relaxamento sem efeitos colaterais graves. Outra característica apreciada, sobretudo por quem busca alternativas naturais, é o seu potencial antiespasmódico, sendo útil para descompassar pequenas dores ou desconfortos gastrointestinais.

Como cultivar melissa no jardim ou em vasos?
Para quem deseja incluir a melissa no próprio quintal ou mesmo em pequenos espaços internos, o cultivo apresenta baixa complexidade, desde que algumas recomendações básicas sejam seguidas. A planta adapta-se melhor a solos férteis, ricos em matéria orgânica e bem drenados. Embora suporte algum sombreamento, o desenvolvimento é favorecido em locais de clima temperado e exposição controlada ao sol, sem extremos de temperatura.
A propagação pode ser realizada por sementes, estacas ou divisão de touceiras. Sementes devem ser distribuídas próximo à superfície e transplantadas após atingirem cerca de dez centímetros de altura. Na divisão de touceiras, sugere-se proceder durante a primavera, enterrando as mudas em solo úmido a uma profundidade aproximada de cinco centímetros. Outra dica é que a melissa se beneficia de podas frequentes para estimular novas brotações e aumentar a produção de folhas aromáticas.
- Irrigação regular é importante, evitando encharcamentos.
- A adubação anual com composto orgânico contribui para renovação da planta.
- Retire invasoras para proteger o desenvolvimento das mudas.
Em quais situações a melissa pode ser utilizada?
A versatilidade da melissa se reflete no seu aproveitamento tanto em receitas culinárias quanto em formulações medicinais caseiras. Seu sabor delicado faz sucesso em sobremesas, como sorvetes e compotas, e também pode aromatizar chás, temperar carnes brancas e dar um toque cítrico a pratos com peixes ou frutos do mar. Na forma de infusão, destaca-se por proporcionar sabor agradável e efeitos relaxantes. Além disso, a melissa pode ser utilizada em óleos essenciais para aromaterapia, perfumes naturais e até mesmo em cosméticos caseiros para favorecer uma sensação de frescor.
Comercialmente, a demanda por folhas frescas ou secas de melissa permanece aquecida, especialmente entre consumidores que buscam alternativas naturais de cuidado com a saúde. É possível encontrar sementes e mudas à venda em lojas especializadas e viveiristas de confiança, sempre com a orientação de adquirir de fontes que garantam a autenticidade do produto.

Quais os cuidados essenciais e curiosidades sobre a melissa?
Apesar de resistente, a melissa requer alguns cuidados para manter sua vitalidade. O excesso de sol ou a falta de rega pode provocar queimaduras nas folhas e comprometer a produção. Recomenda-se a renovação dos canteiros a cada três ou quatro anos, além da realização de podas baixas, a cerca de dez centímetros do solo, iniciando a colheita após seis meses do plantio inicial.
- Evitar plantar em áreas sujeitas a geadas intensas.
- Manter o solo sempre úmido, mas sem excessos de água.
- Realizar adubações de cobertura após cada colheita.
Embora seja amplamente apreciada no país, atenção à correta identificação é crucial para evitar realização de chá a partir de plantas semelhantes e sem comprovação de segurança. Dessa forma, a melissa mantém o seu papel como uma alternativa vegetal relevante, presente tanto nos lares quanto em estabelecimentos voltados ao bem-estar e à gastronomia.
Vale acrescentar que o cultivo da melissa está presente em diversas regiões, desde o interior de Minas Gerais até o litoral do Rio de Janeiro. Em 2023, por exemplo, o interesse pela planta aumentou, de acordo com plataformas online especializadas como o Mercado Livre e canais de jardinagem no YouTube. O uso tradicional da melissa também é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como parte da fitoterapia para alívio suave dos sintomas citados no artigo.
