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A aroeira pode aliviar dores e curar infecções, mas poucos sabem como usar

A aroeira, cientificamente conhecida como Schinus terebinthifolius, é amplamente reconhecida na fitoterapia brasileira por suas múltiplas propriedades e aplicação em remédios caseiros. Por ser uma planta nativa da América do Sul, especialmente comum em regiões do Brasil, ela integra práticas tradicionais ligadas à saúde, sendo utilizada para auxiliar no tratamento de diversas condições. Destaca-se principalmente pelos compostos naturais presentes em sua casca, que concentram substâncias como flavonoides, saponinas, terpenos e taninos, elementos associados a efeitos benéficos para o organismo humano.

A busca pela aroeira normalmente acontece em lojas de produtos naturais, feiras livres, mercados e farmácias especializadas, onde as pessoas procuram obter a casca seca para chás, pomadas, compressas e banhos de assento. Apesar de seu uso depender da orientação de profissionais capacitados, a popularidade deste fitoterápico se mantém graças à tradição oral e aos relatos sobre seus efeitos em sintomas como febre, dores reumáticas e infecções do trato urinário.

Para que serve a aroeira?

Grande parte da utilidade da aroeira está relacionada a sua ação anti-inflamatória e antimicrobiana, características que a tornam indicada em diferentes quadros clínicos. Entre os usos mais comuns, observa-se o alívio em casos de úlceras, azia, gastrite e doenças reumáticas, como artrite e reumatismo. Essa planta medicinal também é empregada para tratar infecções urinárias, especialmente em mulheres, além de ser reconhecida como auxiliar no combate a bronquites, diarreia e desconfortos causados por inflamações vaginais.

Além dessas indicações, a casca da aroeira pode contribuir para a cicatrização de feridas, redução de febre e alívio em quadros de tosse. Seu efeito adstringente é valorizado na medicina popular, enquanto as propriedades tônicas favorecem a recuperação do organismo após doenças. Mesmo diante de seu amplo espectro de aplicações, é fundamental reiterar que a automedicação com plantas deve ser evitada, e o acompanhamento com um médico ou fitoterapeuta é imprescindível. Estudos recentes também sugerem potencial antioxidante da aroeira, contribuindo na proteção celular e fortalecimento do sistema imune. Pesquisas desenvolvidas em universidades do Rio de Janeiro e em centros de pesquisa do Paraguai também têm investigado os efeitos dessa planta, apontando novos usos terapêuticos promissores.

A aroeira pode aliviar dores e curar infecções, mas poucos sabem como usar
compressa sendo aplicada – Créditos: depositphotos.com / tonodiaz

Como usar a aroeira de maneira segura?

O modo de preparar e administrar a aroeira varia conforme o objetivo de seu uso. O chá da casca é uma das formas mais recorrentes, indicado para sintomas gastrointestinais, como gastrite e azia, bem como para auxiliar em infecções urinárias. Recomenda-se o preparo utilizando cerca de 100 gramas de casca em pó para um litro de água fervente, limitando o consumo diário para evitar efeitos adversos.

Outra alternativa popular é o banho de assento com aroeira, muito utilizado em casos de inflamações e corrimentos vaginais. Para isso, ferve-se aproximadamente 10 gramas da casca em um litro e meio de água, aplicando a solução morna sobre a região afetada durante alguns dias consecutivos. O banho com aroeira também pode ser realizado para tratar doenças de pele ou aliviar sintomas reumáticos, devido ao seu potencial cicatrizante e anti-inflamatório.

  • Compressas: Imersão de gaze ou tecido limpo no chá de aroeira para aplicação direta sobre lesões ou áreas doloridas.
  • Pomadas: Disponíveis em farmácias, direcionadas ao tratamento de inflamações locais, especialmente ginecológicas.

Quais são os cuidados e efeitos colaterais relacionados ao uso da aroeira?

Apesar do potencial terapêutico, a aroeira necessita de precauções em sua administração. Entre os possíveis efeitos colaterais destacam-se reações como diarreia, dor de estômago, dermatite e irritações na boca ou garganta, principalmente em casos de uso excessivo ou inadequado. Indivíduos com histórico de sensibilidade gastrointestinal devem ter atenção redobrada, já que os compostos presentes podem acentuar sintomas de laxatividade.

Existem restrições importantes: a aroeira não deve ser utilizada por crianças, gestantes, lactantes ou pessoas com pele extremamente sensível. Além disso, é desaconselhada para uso sem indicação médica em pacientes que possuam condições crônicas no trato digestivo. O acompanhamento profissional garante orientações sobre doses e modo de consumo, prevenindo complicações de saúde. Eventos alérgicos cutâneos podem acontecer em pessoas predispostas e, por isso, testes prévios são recomendados antes do uso tópico contínuo.

A aroeira pode aliviar dores e curar infecções, mas poucos sabem como usar
aroeira aproximada – Créditos: depositphotos.com / 008Melisa

A aroeira deve ser usada em todos os casos?

Embora a aroeira ofereça benefícios comprovados em diferentes condições, seu uso não substitui tratamentos convencionais prescritos por médicos. É essencial lembrar que plantas medicinais possuem princípios ativos que, se utilizados inadequadamente, podem ocasionar efeitos adversos. Dessa forma, qualquer tentativa de substituir medicamentos tradicionais por fitoterápicos deve ser avaliada por um especialista, assegurando a segurança e eficácia do tratamento.

Com aplicações tradicionais e potencial reconhecido em estudos científicos, a aroeira permanece como uma opção relevante entre os fitoterápicos disponíveis no Brasil. Sua utilização responsável, aliada ao aconselhamento profissional adequado, amplia a diversidade de opções terapêuticas, contribuindo para a promoção da saúde e do bem-estar. Em muitos estados brasileiros, como Minas Gerais e São Paulo, programas de saúde pública têm incentivado o uso racional de plantas medicinais, incluindo a aroeira, sempre priorizando o acompanhamento e a pesquisa baseadas em evidências.

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pomada em mãos – Créditos: depositphotos.com / AtlasStudio
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