O sarampo é uma doença infecciosa viral altamente contagiosa que, historicamente, foi uma das principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo. Apesar dos avanços na vacinação, o sarampo ainda representa um desafio significativo para a saúde pública, especialmente em áreas com baixas taxas de imunização. A doença é caracterizada por sintomas que podem ser confundidos com outras infecções virais, tornando essencial o conhecimento para seu diagnóstico e tratamento adequados.
O vírus do sarampo se espalha facilmente por gotículas respiratórias expelidas ao tossir ou espirrar. Uma vez que uma pessoa é infectada, o vírus pode permanecer ativo no ambiente por até duas horas, aumentando o risco de transmissão. A infecção começa geralmente com sintomas como febre alta, tosse, coriza e conjuntivite, seguidos pelo aparecimento de manchas vermelhas na pele.
Como funciona a vacinação contra o sarampo?
A vacinação é a principal estratégia para prevenir o sarampo. No Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação recomenda que todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos sejam vacinadas. Existem duas vacinas principais disponíveis: a tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e a tetra viral, que também inclui proteção contra varicela.
É importante ressaltar que a vacina tríplice viral é contraindicada durante a gestação. Gestantes não vacinadas devem receber a vacina no período pós-parto. Em situações de surto, pode ser recomendada a vacinação de crianças a partir de seis meses, dependendo da avaliação das autoridades de saúde locais.

Quais são os sintomas do sarampo?
Os sintomas do sarampo começam a se manifestar cerca de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Os sinais iniciais incluem febre alta, tosse, coriza e conjuntivite. Após alguns dias, surgem manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas, que se espalham pelo corpo. A persistência da febre após o aparecimento das manchas pode indicar complicações, especialmente em crianças menores de cinco anos.
Outros sintomas comuns incluem irritação nos olhos e nariz escorrendo ou entupido. Caso esses sinais sejam observados, é crucial procurar atendimento médico para confirmação do diagnóstico e orientação sobre o tratamento adequado.
Quais complicações podem ocorrer devido ao sarampo?
O sarampo pode levar a complicações graves, especialmente em crianças pequenas. Entre as complicações mais comuns estão:
- Pneumonia: Cerca de 1 em cada 20 crianças com sarampo pode desenvolver pneumonia, que é a causa mais comum de morte por sarampo em crianças pequenas.
- Otite média aguda: ocorre em cerca de 1 em 10 crianças com sarampo e pode resultar em perda auditiva permanente.
- Encefalite aguda: esta inflamação no cérebro afeta de 1 a 4 em cada 1.000 crianças com sarampo, e cerca de 10% desses casos podem ser fatais.
Estima-se que 1 a 3 em cada 1.000 crianças doentes podem falecer devido a complicações do sarampo, destacando a importância da vacinação e do tratamento precoce.
Como é feito o tratamento do sarampo?
Não existe um tratamento antiviral específico para o sarampo. O manejo da doença é focado no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações. Recomenda-se repouso, hidratação adequada e uso de medicamentos para controlar a febre e a dor. Em casos de complicações, como pneumonia ou encefalite, pode ser necessário tratamento hospitalar.
A suplementação com vitamina A é frequentemente recomendada, ao poder ajudar a reduzir a gravidade dos sintomas e a mortalidade em crianças. A prevenção através da vacinação continua sendo a melhor estratégia para controlar a disseminação do sarampo e proteger a saúde pública.

Por que a prevenção do sarampo é crucial?
A prevenção do sarampo é crucial para evitar surtos que podem levar a complicações graves e até à morte. A vacinação em massa tem sido fundamental para reduzir a incidência global da doença, mas a hesitação vacinal e a falta de acesso em certas regiões podem reverter esse progresso.
Programas de educação e campanhas de vacinação são necessários, especialmente em comunidades vulneráveis, para garantir que as taxas de imunização permaneçam altas o suficiente para alcançar a imunidade de grupo, protegendo assim aqueles que não podem ser vacinados.