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Como uma escovação correta pode proteger seu coração e melhorar sua saúde

Nos últimos anos, a compreensão da relação entre saúde bucal e enfermidades sistêmicas tem avançado de forma significativa. Profissionais das áreas de Odontologia e Cardiologia destacam que a higienização bucal adequada vai muito além da busca por um sorriso bonito. Existem evidências crescentes de que o cuidado diário com os dentes e gengivas pode impactar de maneira direta a saúde do sistema cardiovascular, alertando para a importância de hábitos simples na rotina diária.

Organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde, vêm reforçando a conexão entre inflamações bucais e doenças no coração. O raciocínio é fundamentado em processos inflamatórios, que, quando começam na boca e não são tratados, podem afetar todo o organismo. Especialistas indicam que sinais como sangramento gengival, mau hálito persistente ou dentes amolecidos não devem ser ignorados, pois podem servir de alerta para outros problemas de saúde mais amplos.

De que forma a saúde bucal pode influenciar o coração?

A doença periodontal, caracterizada por infecção e inflamação das gengivas, tem papel central nesse elo. Quando a higiene oral é negligenciada, bactérias presentes na placa dentária podem provocar inflamação persistente na região das gengivas. O perigo não fica restrito à boca: essas bactérias e substâncias inflamatórias podem alcançar o sangue, contribuindo para o acúmulo de placas nas artérias, processo conhecido como aterosclerose.

Essa inflamação prolongada pode, com o tempo, favorecer condições como infarto e acidente vascular cerebral. Entre os fatores de risco tradicionais para doenças cardíacas, como pressão alta e colesterol elevado, a saúde das gengivas vem ganhando destaque. Os processos inflamatórios iniciados na boca demonstram capacidade de potencializar problemas preexistentes, tornando essencial o acompanhamento odontológico regular. Estudos recentes também sugerem que determinadas bactérias bucais estão ligadas à maior incidência de arritmias e endocardite infecciosa, destacando ainda mais a importância de manter a saúde bucal em dia. Novas pesquisas conduzidas em São Paulo e outros grandes centros urbanos do Brasil apontam que pacientes com doenças gengivais não tratadas apresentam mais riscos de complicações cardíacas. Em cidades do interior, onde o acesso à saúde odontológica pode ser limitado, iniciativas de educação em saúde têm buscado ampliar o conhecimento da população sobre esses riscos, respeitando a diversidade cultural e os saberes regionais.

Como uma escovação correta pode proteger seu coração e melhorar sua saúde
pessoa escovando dentes – Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina

Quais hábitos ajudam a proteger dentes e coração?

Médicos e odontólogos recomendam uma série de cuidados diários que atuam tanto na prevenção da cárie quanto no fortalecimento da saúde cardiovascular. Entre as principais indicações, destacam-se:

  • Escovar os dentes: Realizar a escovação pelo menos duas vezes ao dia com creme dental fluoretado. No Brasil, recomenda-se atenção especial após refeições tradicionais, como o almoço à base de arroz, feijão e carnes, ou lanches com frutas típicas como goiaba e banana, que embora saudáveis, podem deixar resíduos entre os dentes.
  • Uso do fio dental: Passar fio dental diariamente para remover resíduos alimentares entre os dentes. Nas regiões Norte e Nordeste, onde algumas comunidades usam palitos de madeira (como o famoso “palito de dente” de mangueira ou goiabeira), é importante lembrar que o fio dental é mais eficiente e seguro para a remoção de restos alimentares.
  • Visitas periódicas ao dentista: Consultas regulares auxiliam no diagnóstico precoce de inflamações e outros problemas bucais. Aproveitar os programas de saúde da família e as campanhas locais pode facilitar o acesso ao atendimento profissional, principalmente nas áreas rurais e em cidades do interior do país.
  • Dieta equilibrada: Reduzir o consumo de açúcares e evitar alimentos ultraprocessados favorece o equilíbrio da microbiota bucal. Aproveite a rica variedade de frutas, verduras e legumes cultivados no Brasil como acerola, maracujá, couve, abóbora e mandioca, que além de saudáveis, ajudam a manter dentes e gengivas fortalecidos.
  • Evitar tabaco e álcool: Tais substâncias dificultam a cicatrização e aumentam o risco de inflamações. O hábito de mascar folhas, como ocorre em algumas tradições regionais, também merece atenção para prevenção de lesões na mucosa oral.

Esses cuidados contribuem não apenas para evitar desconfortos bucais, como também desempenham papel importante no equilíbrio inflamatório do corpo. O acompanhamento regular com profissionais da saúde, integrando avaliação bucal às consultas médicas gerais, amplia as possibilidades de prevenção. Outra orientação cada vez mais recomendada é incluir enxaguantes bucais antissépticos como coadjuvantes no controle da flora bacteriana. Em diversas capitais do Brasil, campanhas públicas também têm incentivado a inclusão da higiene bucal em programas de saúde integrados ao atendimento cardiovascular, especialmente em escolas municipais e centros comunitários espalhados desde a Amazônia até o Sul do país.

Consultar o dentista pode realmente prevenir doenças cardíacas?

Com a comprovação de que a má higiene oral pode agravar quadros inflamatórios sistêmicos, a visita periódica ao dentista ganha importância estratégica para a saúde como um todo. Avaliações odontológicas frequentes ajudam a identificar lesões ou infecções gengivais ainda em estágio inicial, contribuindo para evitar complicações que poderiam afetar a circulação sanguínea e o funcionamento do coração.

No contexto atual, em 2025, diversos estudos reforçam que incluir o cuidado com a boca na lista de prioridades de autocuidado é parte do enfrentamento às doenças crônicas. O diálogo entre dentistas e médicos amplia o entendimento sobre o papel da higiene bucal na prevenção de futuras complicações de saúde. Além disso, há iniciativas em hospitais para o monitoramento da saúde bucal em pacientes com doenças cardíacas, visando minimizar riscos durante tratamentos cardíacos invasivos. Por exemplo, hospitais de referência em Curitiba e Rio de Janeiro vêm adotando protocolos de avaliação bucal para pacientes cardíacos, atendendo tanto a população urbana quanto residentes de pequenas comunidades, uma preocupação essencial devido à vasta extensão territorial e diversidade cultural do Brasil.

Como uma escovação correta pode proteger seu coração e melhorar sua saúde
pessoa bebendo chá – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy

Como integrar os cuidados bucais à rotina de saúde?

A adoção de práticas saudáveis, envolvendo alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e manutenção de um ambiente bucal limpo, segue como recomendação principal de organizações de saúde. Aproveitar o clima brasileiro, que permite atividades ao ar livre quase todo o ano, é uma grande vantagem para a prática de caminhadas, pedaladas ou esportes em praças e parques. A inclusão de alimentos da flora nativa, como o açaí, a castanha-do-pará e o caju, pode enriquecer a dieta com nutrientes benéficos tanto à saúde bucal quanto ao coração.

Em síntese, os avanços científicos apontam para uma abordagem integrada e multidisciplinar do cuidado com o corpo. Entender a ligação entre gengivas saudáveis e proteção ao coração representa um ponto de atenção relevante para a saúde pública, transformando ações simples e diárias em aliados importantes no combate a doenças crônicas. Em Londres, pesquisadores da University College London também reforçam a importância de uma abordagem colaborativa entre dentistas e cardiologistas para assegurar a saúde integral dos pacientes, uma ideia que pode inspirar ainda mais o intercâmbio de experiências entre profissionais de saúde brasileiros e de todo o mundo.

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pessoa escovando dentes – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko
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