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A planta brasileira que ajuda a dormir melhor e aliviar a ansiedade

O mulungu, conhecido nos meios populares também como corticeira ou bico-de-papagaio, é uma planta nativa do Brasil, especialmente encontrada nos biomas de clima quente, como a Caatinga e o Cerrado. Com sua copa ampla e flores avermelhadas, o mulungu embeleza paisagens típicas das regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Muito utilizado na medicina tradicional, em especial pelas comunidades quilombolas, indígenas e ribeirinhas, ele ganhou popularidade devido às suas propriedades calmantes e sedativas. Nos últimos anos, a planta se tornou item comum em casas de produtos naturais de cidades grandes e do interior, principalmente entre aqueles que buscam alternativas naturais para aliviar insônia, ansiedade e quadros de estresse. Muitas das suas indicações populares vêm sendo estudadas pela ciência, reforçando sua presença na fitoterapia brasileira atual.

Além do uso como calmante, o mulungu vem ganhando destaque pelo efeito analgésico, auxiliando pessoas com dores reumáticas e cólicas menstruais, problemas comuns em nosso clima e estilo de vida. A planta pode ser consumida por meio da infusão das cascas ou folhas secas, tradicionalmente preparada como chá, hábito bastante difundido nas casas brasileiras sobretudo nas regiões rurais. Atualmente, também há versões em cápsulas e tinturas, facilitando seu consumo em meio à rotina agitada das cidades. Vale lembrar que o emprego do mulungu deve seguir orientação de um profissional habilitado, para garantir segurança e eficácia.

O que faz o mulungu se destacar entre as plantas medicinais?

O sucesso do mulungu entre as plantas medicinais brasileiras está relacionado à presença de diversas substâncias naturais chamadas alcaloides, como hipaporfina, eritrina e eritravina. Esses compostos têm um papel relevante no relaxamento do sistema nervoso devido à ativação dos receptores GABA, responsáveis por promover sensação de tranquilidade e diminuir a ansiedade. Assim, em um país com altos índices de estresse e noites quentes que dificultam o sono, principalmente no verão tropical, o mulungu é considerado um aliado nos cuidados com a saúde mental, ajudando a melhorar a qualidade do sono e a reduzir sintomas de tensão emocional.

Composição à parte, são as propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do mulungu que promovem alívio para quem sofre com dores articulares, artrite, tendinite ou mesmo cólicas menstruais. Outro fator importante é a possibilidade de contribuir para a regulação da pressão arterial, já que alguns alcaloides mostram efeito hipotensor. O consumo consciente e orientado da planta pode, então, oferecer benefícios múltiplos. Pesquisas recentes também têm investigado possíveis efeitos antioxidantes e neuroprotetores dos compostos presentes no mulungu, abrindo caminho para futuros usos terapêuticos. Em estudos conduzidos por universidades do Brasil, os benefícios para a regulação do humor e do sono têm sido constantemente observados, reforçando seu potencial na área da fitoterapia.

mulungu aproximado – Créditos: depositphotos.com / zambezi

Mulungu: para que serve e quais são as formas de uso?

O principal uso do mulungu é o combate à insônia e à ansiedade, mas há outras finalidades em destaque. Conforme as evidências e práticas tradicionais, ele pode ser incluído em diferentes rotinas de saúde por meio de diversas apresentações:

  • Chá de casca ou folhas secas: é o formato mais tradicional, geralmente preparado com água fervente. No costume brasileiro, é comum beber o chá à noite, aproveitando o frescor das casas e quintais depois de um dia quente. Recomenda-se não ultrapassar três xícaras por dia e limitar o uso continuado a períodos de até 30 dias.
  • Cápsulas: opção prática para quem busca facilidade na administração, normalmente indicando 1 cápsula ao dia, conforme instrução na embalagem ou prescrição médica.
  • Tintura: apresenta o extrato concentrado da planta, com doses orientadas em gotas diluídas em água.

Deve-se ressaltar que as sementes do mulungu não são indicadas para consumo devido à presença de substâncias tóxicas. Outro aspecto relevante é que o uso não substitui qualquer tratamento médico e precisa do acompanhamento de um especialista para evitar riscos à saúde.

Quais cuidados são necessários ao usar mulungu?

O consumo de mulungu deve sempre ser feito com cautela, respeitando as contraindicações conhecidas pela literatura médica e popular. Crianças, adolescentes menores de 18 anos, gestantes, lactantes, pessoas com arritmia cardíaca ou insuficiência cardíaca devem evitar o uso da planta. Além disso, quem já utiliza medicamentos anti-hipertensivos ou antidepressivos precisa conversar com um médico antes de incorporar o mulungu à rotina. Esses cuidados são fundamentais para evitar interações medicamentosas ou efeitos colaterais inesperados.

Efeitos adversos relacionados ao uso do mulungu são raros, mas podem incluir sonolência intensa, hipotensão ou até paralisia muscular em casos isolados. O acompanhamento profissional é importante para ajustar a dose e avaliar a resposta de cada indivíduo. Dessa forma, a busca por alternativas naturais se torna mais segura e responsável.

chá de hibisco aproximado – Créditos: depositphotos.com / MicEnin

Como preparar o chá de mulungu de maneira segura?

O preparo do chá de mulungu exige atenção para garantir a segurança e o aproveitamento das suas propriedades. A parte mais utilizada é a casca, que pode ser encontrada in natura ou em pó em feiras livres e mercados de ervas tradicionais, comuns em cidades brasileiras. O processo básico consiste em ferver cerca de 4 a 6 gramas de casca seca em 200 mililitros de água por aproximadamente 10 minutos. Em seguida, é recomendado aguardar esfriar, coar e consumir, preferencialmente até três xícaras ao dia e por períodos que não ultrapassem 30 dias consecutivos.

  • Utilizar somente cascas ou folhas recomendadas para consumo, evitando sementes.
  • Observar sempre a origem do produto, optando por fornecedores confiáveis, preferencialmente de regiões brasileiras que respeitem práticas sustentáveis de extração.
  • Consultar um profissional de saúde para avaliar a indicação adequada e possíveis interações com medicamentos em uso.

Assim, o mulungu pode ser incorporado de modo seguro e responsável às práticas de saúde natural do Brasil, aproveitando seus potenciais benefícios para insônia, ansiedade, dores e equilíbrio da pressão arterial, e sempre respeitando a biodiversidade única da nossa flora nativa.

pessoa bebendo chá – Créditos: depositphotos.com / HayDmitriy
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