A erva-doce, conhecida cientificamente como Pimpinella anisum, integra a lista das plantas medicinais que se destacam por suas propriedades e usos tradicionais na promoção do bem-estar. Amplamente utilizada em diversas culturas desde a Antiguidade, essa planta é reconhecida pelo aroma intenso e o sabor levemente adocicado de suas sementes. Com composição rica em flavonoides, ácidos orgânicos e compostos aromáticos, ela é facilmente encontrada em mercados, feiras e lojas especializadas, na forma de sementes secas ou óleo essencial.
Popularmente chamada de anis-verde ou pimpinela-branca, a erva-doce chama atenção pelo seu potencial em auxiliar o funcionamento do sistema digestivo, além de ser empregada como coadjuvante no alívio de desconfortos como cólicas e prisão de ventre. Seu uso é diversificado, podendo ser preparada em chás, incluída em receitas culinárias, ou utilizada em forma de óleo essencial para massagens e inalação.

Quais são os benefícios da erva-doce para a saúde?
A erva-doce se destaca por suas aplicações variadas no suporte à saúde. Entre suas funções, está a facilitação da digestão, proporcionada por compostos como o ácido málico e o anetol, que auxiliam na diminuição da acidez estomacal e no alívio de desconfortos causados por gases. Essa planta também é conhecida pelo potencial de aliviar dores de cabeça e sintomas de enxaqueca, devido à presença de substâncias como estragol, eugenol e linalol, que atuam no sistema nervoso central.
Além dos efeitos digestivos, a erva-doce possui propriedades antioxidantes, antivirais e antibacterianas, que contribuem para a proteção do sistema imunológico. Os compostos presentes nas sementes ajudam a combater agentes infecciosos e promovem a defesa do organismo em situações como gripes, resfriados e garganta inflamada. Observe abaixo outros benefícios reconhecidos:
- Atenuação da prisão de ventre: estimula os movimentos intestinais, favorecendo a eliminação das fezes.
- Alívio de cólicas: recomendada para cólicas intestinais e menstruais, agindo como analgésica natural.
- Suporte durante a menopausa: auxilia na redução de ondas de calor e desconfortos típicos desse período.
- Prevenção de doenças cardiovasculares: graças às propriedades antioxidantes, contribui para a proteção dos vasos sanguíneos.

Como preparar e utilizar a erva-doce no dia a dia?
O uso da erva-doce se adapta facilmente a diferentes rotinas. Uma das maneiras mais tradicionais de aproveitar suas propriedades é por meio do preparo de chás, utilizando sementes secas. Para realizar o chá, recomenda-se macerar uma colher de café de sementes de erva-doce e deixar em infusão por cerca de 10 minutos em uma xícara de água fervida. A bebida deve ser coada antes do consumo. Segundo recomendações, o consumo pode ser feito até três vezes ao dia, por períodos de até duas semanas. Uma dica extra é adoçar com um pouco de mel, se desejado, potencializando o alívio de irritações em casos de dor de garganta.
- Misture as sementes amassadas à água fervida.
- Mantenha a xícara tampada durante a infusão.
- Coe antes de consumir.
Além do chá, a erva-doce também pode ser incorporada em receitas de bolos, biscoitos e saladas, agregando aroma e sabor característicos. Já o óleo essencial de erva-doce costuma ser utilizado em massagens e difusores. Para massagens, recomenda-se diluir duas gotas do óleo em uma colher de sopa de óleo vegetal, como coco ou amêndoas. Em casos de inalação, três gotas do óleo essencial podem ser adicionadas a uma bacia de água quente, permitindo absorção dos benefícios por meio dos vapores. Vale mencionar que algumas pessoas utilizam compressas com chá de erva-doce para aliviar dores abdominais localizadas.

Quais cuidados é preciso ter ao utilizar a erva-doce?
Embora a erva-doce seja tida como segura quando utilizada de forma moderada, alguns cuidados devem ser observados. O consumo excessivo pode provocar reações como náuseas, vômito, sonolência e, em casos raros, quadros mais graves como confusão mental e convulsões. Crianças menores de 12 anos, pessoas com alergia ao anis ou ao anetol, gestantes e lactantes devem evitar o uso da planta.
- Não indicada para indivíduos que fazem uso de anticoagulantes.
- O óleo essencial é contraindicado para quem apresenta histórico de epilepsia ou alergias cutâneas.
- Pessoas com doenças neurológicas devem consultar um profissional da saúde antes de utilizar produtos com erva-doce.
A identificação correta entre erva-doce e funcho também deve ser observada, já que possuem aspecto parecido, mas características botânicas distintas. O acompanhamento médico é indispensável em casos de dúvidas ou para pessoas que realizam tratamentos contínuos, evitando interações e efeitos indesejados. Dessa maneira, a erva-doce pode ser um recurso natural importante, desde que utilizada de forma consciente e dentro das orientações de saúde.