A valeriana, conhecida cientificamente como Valeriana officinalis, é uma planta de origem europeia amplamente utilizada no Brasil e em outros países devido às suas propriedades calmantes. Tradicionalmente, a raiz dessa planta é a parte mais valorizada, sendo empregada em diferentes formas para auxiliar no alívio de sintomas como insônia, ansiedade e estresse. O interesse pelo uso da valeriana aumentou nos últimos anos, especialmente entre pessoas que buscam alternativas naturais para melhorar a qualidade do sono e o bem-estar emocional.
Além do uso popular, a valeriana também é estudada pela ciência, que investiga seus compostos ativos, como os ácidos valerênico e isovalérico. Esses componentes são responsáveis por grande parte dos efeitos relaxantes atribuídos à planta. Embora seja encontrada em cápsulas, chás e extratos, recomenda-se sempre o acompanhamento de um profissional de saúde antes de iniciar o consumo, pois o uso inadequado pode provocar efeitos indesejados.
Para que serve a valeriana?
A valeriana é reconhecida principalmente por sua ação tranquilizante, sendo indicada para quem enfrenta dificuldades para dormir ou lida com sintomas de ansiedade. Os compostos presentes na raiz atuam no sistema nervoso central, promovendo uma sensação de relaxamento. Por isso, é comum que a planta seja recomendada como suporte para pessoas com insônia, agitação noturna ou estresse constante.
Além disso, há relatos de benefícios em situações como tensão pré-menstrual, desconfortos da menopausa e cólicas menstruais. A valeriana também pode ser utilizada em conjunto com outras plantas, como a erva-cidreira, potencializando seus efeitos calmantes. No entanto, o uso deve ser feito com cautela, respeitando as orientações de dosagem e evitando combinações com medicamentos sedativos sem supervisão médica.

Como usar a valeriana de forma segura?
Existem diferentes maneiras de consumir a valeriana, sendo as mais comuns o chá preparado com a raiz seca e as cápsulas padronizadas. Para o preparo do chá, recomenda-se utilizar uma colher de sopa da raiz para cada 300 mL de água fervente, deixando em infusão por cerca de 10 a 15 minutos. A bebida costuma ser ingerida antes de dormir, visando melhorar a qualidade do sono.
Já as cápsulas de valeriana apresentam dosagens variadas, normalmente entre 100 mg e 450 mg, dependendo da finalidade. Para insônia, a indicação costuma ser uma cápsula de 450 mg cerca de meia hora antes de deitar. Em casos de ansiedade ou sintomas da menopausa, doses menores podem ser administradas ao longo do dia. É fundamental seguir as recomendações do fabricante ou do profissional de saúde para evitar efeitos adversos.
- Chá de valeriana: Usar apenas a raiz seca, não excedendo duas xícaras por dia.
- Cápsulas: Ingerir com água, sem mastigar, conforme orientação médica.
- Combinações: Pode ser associada a outras ervas, como erva-cidreira, sob orientação.
Quais são os possíveis efeitos colaterais?
Embora considerada segura para a maioria dos adultos quando utilizada corretamente, a valeriana pode causar alguns efeitos colaterais, especialmente se consumida em excesso. Entre os sintomas mais comuns estão dor de cabeça, desconforto gástrico, irritabilidade e, paradoxalmente, agitação ou insônia. Por possuir efeito sedativo, recomenda-se evitar atividades que exijam atenção, como dirigir ou operar máquinas, durante o uso da planta.
O consumo de bebidas alcoólicas deve ser evitado, pois pode potencializar a sonolência e a tontura. Além disso, pessoas que utilizam medicamentos para ansiedade, depressão, analgésicos opioides ou anticonvulsivantes devem consultar um profissional antes de iniciar o uso da valeriana, devido ao risco de interações medicamentosas. A interrupção do uso é recomendada pelo menos duas semanas antes de procedimentos cirúrgicos, já que a planta pode interferir na ação de anestésicos.

Quem deve evitar a valeriana?
Existem restrições importantes quanto ao uso da valeriana. Crianças menores de três anos, gestantes e mulheres em período de amamentação não devem consumir a planta, devido à falta de estudos que comprovem a segurança nessas situações. Pessoas com histórico de alergia a plantas da família Valerianaceae também devem evitar o contato.
Além disso, indivíduos que fazem uso contínuo de medicamentos sedativos, antidepressivos, relaxantes musculares ou anticonvulsivantes precisam de avaliação médica antes de iniciar qualquer tratamento com valeriana. O acompanhamento profissional é fundamental para garantir o uso seguro e evitar complicações.
Quais são as orientações atuais para um uso responsável?
O uso da valeriana pode ser uma alternativa interessante para quem busca soluções naturais para distúrbios do sono e sintomas de ansiedade. No entanto, é essencial respeitar as doses recomendadas e estar atento às possíveis contraindicações. A consulta com um profissional de saúde garante que o consumo seja feito de forma segura, minimizando riscos e potencializando os benefícios da planta.
Em 2025, a busca por métodos naturais para o cuidado da saúde segue em alta, mas é importante lembrar que nem toda planta medicinal é isenta de riscos. A valeriana, quando utilizada de maneira adequada, pode contribuir para o bem-estar, desde que faça parte de um acompanhamento responsável e individualizado. Estudos recentes também vêm explorando se a valeriana pode auxiliar na redução de sintomas leves de estresse e contribuir para a melhoria da qualidade do sono em adultos, reforçando a importância do uso orientado.
