Em meio aos jardins brasileiros, alguns elementos se destacam pela diversidade de cores e exuberância natural, como é o caso do manacá-da-serra. Essa árvore, originária da Mata Atlântica e símbolo das paisagens do Sudeste e Sul do Brasil, chama atenção não apenas pela beleza das flores, mas também pela capacidade de exibir, num único galho, diferentes tons que vão do branco ao roxo conforme elas amadurecem. A espécie, encontrada principalmente nas regiões litorâneas do nosso país, reúne técnicas de cultivo acessíveis e uma presença marcante tanto em áreas urbanas quanto rurais, tornando-se um verdadeiro orgulho da flora brasileira.
A fama do manacá-da-serra como “árvore que dá flor de três cores” se deve ao espetáculo de cores exibido durante a floração. Indicada para quintais de variados tamanhos, a variedade anã é valorizada em projetos de jardinagem residencial, sendo especialmente adequada para cultivo em vasos, solução muito comum em apartamentos brasileiros e casas com espaços compactos. Suas características incluem crescimento moderado, adaptação a climas quentes e úmidos, típicos do Brasil, e preferência por solos bem drenados, fatores que a tornaram presença frequente em viveiros e lojas especializadas em paisagismo por todo o país.

Como cuidar do manacá-da-serra de forma adequada?
O manacá-da-serra, espécie botânica de nome científico Tibouchina mutabilis, exige alguns cuidados específicos para que mantenha sua vitalidade e florada anual. Plantar em lugar onde receba luz solar direta durante a maior parte do dia é uma das principais recomendações para quem vive em regiões brasileiras típicas, garantindo flores vistosas. Em relação à escolha do solo, recomenda-se um substrato aerado, composto de terra vegetal, composto orgânico, como húmus de minhoca, bastante utilizado no Brasil, e quantidade dobrada de areia, garantindo boa drenagem e evitando acúmulo de água nas raízes, principalmente em períodos chuvosos, comuns em muitas regiões brasileiras.
Para quem deseja ter um exemplar saudável, a irrigação frequente é indispensável, principalmente durante o verão, quando as temperaturas elevadas, típicas do Brasil, aumentam a necessidade hídrica da árvore. O uso de fertilizantes e a reposição de matéria orgânica a cada ciclo de floração contribuem para a manutenção das folhas e das flores, realçando ainda mais o visual marcante do manacá-da-serra. Além disso, é importante observar o aparecimento de pragas frequentes nos jardins brasileiros, como pulgões e cochonilhas, realizando o manejo adequado para manter a planta sempre saudável, inclusive de forma orgânica, seguindo as práticas de muitos jardineiros do país.

Por que o manacá-da-serra é tão especial na jardinagem?
A principal característica que diferencia o manacá-da-serra de outras árvores ornamentais é sua floração sequencial: as flores surgem brancas, adquirem tonalidade rosada e, finalmente, atingem o roxo intenso antes de caírem. Esse processo, resultado de transformações químicas naturais nas pétalas, ocorre de novembro a fevereiro, justamente nos meses de calor e primavera-verão no Brasil, quando muitos jardins nacionais estão no auge das cores e vida, período em que a planta se cobre de flores e atrai polinizadores como abelhas nativas e borboletas comuns à fauna brasileira.
Além do visual atrativo, o manacá-da-serra recebe destaque pela facilidade de adaptação urbana. Ao contrário de outros parentes do gênero Tibouchina, como a quaresmeira de folhas ásperas ou o manacá-de-cheiro com perfume acentuado, essa espécie exibe folhas lisas e ausência de odor intenso. Diferente também de muitas árvores de grande porte, o manacá-da-serra anão pode ser mantido em pequenos jardins e até em varandas de apartamentos, desde que receba sol e rega adequados. Essa adaptabilidade torna o manacá-da-serra uma presença frequente em projetos de paisagismo público, compondo praças, calçadas e áreas de lazer nas cidades brasileiras, onde valoriza a paisagem e oferece sombra e beleza ao cotidiano das pessoas.

Como multiplicar e plantar o manacá-da-serra?
A reprodução do manacá-da-serra pode ser realizada por sementes ou por estacas, sendo esta última a maneira mais prática para jardineiros domésticos. Adultos costumam desenvolver, no início do outono, pequenos frutos semelhantes a coquinhos, com sementes finas como areia, típicos das árvores nativas da Mata Atlântica. No entanto, a germinação tende a ser lenta e exige cuidados especiais, pois o clima brasileiro, com suas chuvas fortes e temperaturas altas, pode dificultar o processo. Assim, muitos optam por adquirir mudas já formadas em floriculturas ou viveiros especializados, muito comuns em cidades do interior e capitais brasileiras, assegurando maior taxa de sucesso no cultivo.
- Escolher um recipiente com boa drenagem, como vasos de barro ou plástico com furos, usados amplamente no Brasil, ou preparar o solo do jardim com mistura aerada.
- Posicionar a muda em local onde bata sol por, pelo menos, metade do dia, aproveitando o clima ensolarado do país.
- Regar frequentemente, evitando encharcamento, especialmente em meses de chuvas intensas.
- Adicionar matéria orgânica no início da primavera e após a floração, utilizando compostos presentes no mercado brasileiro.
- Fazer podas leves de formação após a queda das flores, incentivando novos brotos e ajudando a manter a forma compacta, especialmente útil para pequenos quintais e áreas de varanda.
O manacá-da-serra pertence a um grupo com cerca de 30 espécies do gênero Tibouchina, todas naturais da América do Sul e grande parte endêmica do Brasil, compondo a rica biodiversidade nacional. Sua expressão “mutabilis” faz referência à transição nos tons das flores ao longo do tempo, transformação que, sob condições ideais do clima brasileiro, pode ser observada em cada galho. Por sua beleza e rusticidade, a árvore segue conquistando espaço em projetos paisagísticos urbanos e privados em 2025, integrando-se de maneira harmoniosa à flora nacional e valorizando a identidade brasileira através da jardinagem.