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O que poucos sabem sobre a dor da hérnia abdominal

As hérnias da parede abdominal representam uma condição frequente no Brasil, caracterizada pelo deslocamento de uma parte de tecido gorduroso ou de um órgão interno por uma região enfraquecida dos músculos abdominais. Devido à pressão interna do abdômen, é possível que parte desse conteúdo acabe saindo pelo local vulnerável, gerando uma saliência visível, muitas vezes dolorosa, especialmente ao carregar peso, tossir ou realizar esforços físicos típicos do dia a dia do brasileiro, como jardinagem, carregamento de sacolas de feira ou mesmo atividades laborais ao ar livre, comuns em várias regiões do país e fortemente influenciadas pelo nosso clima tropical.

O surgimento de um caroço abdominal costuma ser o sinal mais evidente, mas a dor ou desconforto também pode marcar presença, variando conforme o esforço realizado. Distinguir essa manifestação de outras lesões ou linfonodos aumentados requer avaliação médica especializada. A identificação precoce e correta é fundamental para evitar complicações que podem comprometer a saúde do paciente, especialmente considerando o acesso à saúde em diferentes regiões do Brasil, do sul ao norte, onde populações ribeirinhas da Amazônia ou rurais do interior do Nordeste podem apresentar desafios específicos para buscar atendimento rápido, muitas vezes devido à distância, condições geográficas e clima característico nacionais.

O que poucos sabem sobre a dor da hérnia abdominal
pessoa andando – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

O que provoca as hérnias abdominais?

A principal palavra-chave neste contexto é hérnia da parede abdominal. Ela pode ter origem congênita, quando a fraqueza muscular já está presente desde o nascimento, ou surgir ao longo da vida, devido a fatores como envelhecimento, obesidade, gravidezes múltiplas, cirurgias prévias e excesso de peso. Outra causa relevante envolve doenças crônicas que aumentam a pressão interna do abdômen, como tosse persistente, comum em regiões secas do cerrado durante o outono e inverno, e constipação, muitas vezes relacionada a regimes alimentares pobres em fibras, apesar da grande oferta de frutas, raízes e folhas ricas em nutrientes em todos os biomas do Brasil, desde o açaí do Norte até a batata-doce e couve do Sudeste.

Adotar alguns comportamentos pode reduzir significativamente os riscos de desenvolvimento dessa condição. Listam-se abaixo as principais orientações preventivas que se alinham ao nosso dia a dia tropical:

  • Manter um peso saudável, aproveitando as frutas típicas da estação, como abacaxi, mamão, manga e até o buriti e a jabuticaba, ricas em fibras e acessíveis em diversas regiões brasileiras
  • Realizar atividades físicas regulares para reforço muscular, como caminhadas em praças, trilhas leves em matas de cerrado, caatinga ou atlântica, ou mesmo danças folclóricas regionais, como o forró, frevo ou carimbó, que movimentam o corpo todo e fazem parte de nossa cultura
  • Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, incluindo folhas como a couve, ora-pro-nóbis, taioba, além de raízes tradicionais como mandioca, inhame, cará e batata-doce, encontradas em feiras e pequenos mercados de todo o país
  • Evitar esforços exagerados ou levantamento de grandes pesos, como sacos de produtos agrícolas (soja, milho, café) ou ferramentas pesadas, sem preparo adequado
  • Atualizar exames de rotina em UBS (Unidade Básica de Saúde) e consultar o médico diante de sintomas suspeitos, aproveitando campanhas de saúde promovidas por agentes comunitários, muito presentes em bairros populares e pequenas comunidades
O que poucos sabem sobre a dor da hérnia abdominal
pessoa com dores – Créditos: depositphotos.com / DariFomina

Como é feito o tratamento das hérnias abdominais?

O tratamento predominante para hérnias da parede abdominal é cirúrgico, especialmente quando há sintomas ou risco de complicações como estrangulamento. O procedimento mais comum envolve a instalação de uma malla, geralmente de material sintético, para reforçar a área afetada. Entretanto, avançam alternativas modernas, como a malla biodegradável fabricada com polímeros aprovados internacionalmente, cuja função é proporcionar suporte temporário, sendo posteriormente absorvida pelo organismo.

Os avanços recentes em biomateriais vêm mudando o cenário desse tipo de cirurgia. A nova geração de mallas biodegradáveis, desenvolvidas por centros de pesquisa como o Instituto de Materiais Avançados para Manufatura Sustentável no México, oferece importantes vantagens. Entre seus benefícios estão a redução no risco de infecção, menores taxas de rejeição e uma recuperação mais eficiente, destacando-se como evolução significativa em relação aos dispositivos convencionais de nylon e polipropileno. Além disso, procedimentos minimamente invasivos, como a laparoscopia, têm sido cada vez mais utilizados, proporcionando menores cortes, menor tempo de internação e recuperação mais rápida. No Brasil, hospitais de referência em grandes cidades como São Paulo, Recife, Curitiba e Belém já oferecem essas modalidades, facilitando o acesso à inovação na saúde pública e privada, adaptada às peculiaridades do nosso clima, que exige cuidados extras com hidratação e controle de infecções, especialmente em períodos mais quentes e chuvosos.

O que poucos sabem sobre a dor da hérnia abdominal
pessoa idosa se exercitando – Créditos: depositphotos.com / IgorVetushko

Quais cuidados são necessários após a cirurgia?

O acompanhamento pós-operatório é essencial para garantir a recuperação e prevenir novas complicações. As principais orientações médicas geralmente incluem:

  1. Repouso relativo: É importante evitar esforço físico intenso nas primeiras semanas, inclusive tarefas domésticas comuns como varrer o quintal, cuidar do jardim, regar as plantas do cerrado ou do quintal da casa, tão presentes em muitos lares brasileiros, seja no interior ou nas periferias urbanas
  2. Cuidados com a ferida cirúrgica e sinais de infecção, tais como vermelhidão, dor intensa e febre, especialmente no clima quente e úmido de boa parte do país, quando a transpiração pode aumentar a umidade da região operada
  3. Manutenção de um peso compatível e reeducação alimentar, aproveitando a diversidade de alimentos naturais típicos da nossa flora, como frutas regionais (cupuaçu, cajá, acerola), além das saladas de folhas frescas colhidas do próprio quintal
  4. Retorno gradual à prática de exercícios, mediante liberação do especialista, considerando a cultura local, como caminhadas em parques urbanos, praças arborizadas, ou atividades em grupos de idosos nas cidades do interior
  5. Comparecimento regular a consultas de monitoramento em postos de saúde, facilmente encontradas em bairros, vilarejos, comunidades ribeirinhas e áreas rurais

A hérnia abdominal é um problema de saúde comum em adultos, atingindo aproximadamente 10% da população, de acordo com dados recentes. Além do desconforto funcional, seu impacto vai além da estética e pode interferir significativamente na qualidade de vida, dificultando a realização de simples atividades diárias, principalmente em um país de clima predominantemente tropical, hábitos culturais ligados à movimentação e trabalho ao ar livre, e grande respeito à nossa diversidade ambiental.

A adoção de hábitos saudáveis permanece como a estratégia mais eficaz para fortalecer a região abdominal e reduzir as chances desse tipo de ocorrência. Ao menor sinal de sintomas, procurar avaliação médica é a maneira mais segura de evitar agravamentos e garantir um tratamento adequado, acompanhando os avanços e particularidades que visam melhorar a assistência ao paciente nas diversas realidades culturais, climáticas e ambientais do Brasil.

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