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Cientistas revelam avanço que pode mudar tudo contra o câncer de ovário

O câncer de ovário, doença que acomete o aparelho reprodutor feminino, permanece como um dos maiores desafios na oncologia devido à sua alta taxa de recidiva e resistência ao tratamento convencional. Embora intervenções como a cirurgia associada à quimioterapia consigam, em muitos casos iniciais, reduzir ou eliminar as lesões tumorais, mais de 80% das pacientes enfrentam o retorno da enfermidade em uma forma ainda mais agressiva e difícil de controlar. Por esse motivo, a busca por abordagens inovadoras é constante e envolve cientistas e profissionais da saúde ao redor do mundo, incluindo importantes centros brasileiros. No país do clima tropical e de rica biodiversidade, pesquisadores dedicam-se continuamente a adaptar as inovações da ciência global para a realidade brasileira e de suas mulheres.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) anunciaram avanços significativos ao desenvolver uma estratégia de imunoterapia denominada CAR-NKT, que empodera o sistema imunológico na luta contra o câncer de ovário resistente. A técnica, originada de mais de uma década de estudos laboratoriais e cooperação interdisciplinar, abre caminho para tratamentos mais acessíveis, eficientes e com potencial para transformar a perspectiva de milhares de mulheres. Essa linha de pesquisa foi reconhecida e apoiada internacionalmente, inclusive em colaborações com centros de referência em países como Brasil e Reino Unido, demonstrando o alcance global desse avanço. Laboratórios brasileiros, como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) e universidades em diferentes regiões do país, vêm se destacando nessa corrida científica, imprimindo sua marca num cenário repleto de desafios, como o tamanho continental do território, diversidade étnica das pacientes e diferentes realidades de acesso à saúde.

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mulher com mãos em ventre – Créditos: depositphotos.com / spukkato

Como funciona a terapia imunológica car-nkt?

O tratamento CAR-NKT é resultado de uma modificação genética que aprimora o funcionamento das células do sistema imunológico. Ao contrário das conhecidas terapias CAR-T, que apresentaram sucesso principalmente em tumores hematológicos, a CAR-NKT foca em tumores sólidos, como o câncer de ovário, usando como base células NKT invariantes. Esses agentes imunológicos raros agem como uma ponte entre diferentes partes do sistema de defesa do corpo e, ao serem equipados com receptores específicos, chamados receptores antigênicos quiméricos (CAR) – são capazes de identificar e atacar células cancerígenas com maior eficácia.

Uma diferença essencial desta nova tecnologia reside na sua capacidade ampliada de reconhecimento. Enquanto a abordagem CAR-T costuma identificar apenas um marcador molecular presente nas células tumorais, a inovação da CAR-NKT permite o reconhecimento de múltiplos alvos ao mesmo tempo. Isso dificulta que o câncer se adapte para escapar da destruição, aumentando as chances de sucesso do tratamento e reduzindo as possibilidades de recaída. Vale destacar que pesquisas nacionais começam a explorar como o perfil genético e imunológico de mulheres brasileiras, que vivem em ambientes tão diversos quanto a Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, podem impactar a resposta às novas terapias.

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ovários com tumor – Créditos: depositphotos.com / aamine29000

Quais são as vantagens da terapia celular car-nkt para o câncer de ovário?

Entre os principais benefícios dessa técnica destacam-se a maior eficiência para atravessar barreiras protetoras que circundam os tumores de ovário e a capacidade de atacar tanto as células malignas quanto aquelas que oferecem suporte ao tumor dentro do microambiente tumoral. Esse duplo ataque potencialmente minimiza o risco de resistência nos casos em que as terapias convencionais costumam falhar. Em contexto brasileiro, onde a diversidade genética da população é marcada pela mistura de diferentes etnias e influências indígenas, africanas e europeias, estudos vêm sendo conduzidos para garantir a eficácia do tratamento para diferentes perfis de pacientes.

  • Produção em larga escala: Diferente de outras imunoterapias individualizadas e de alto custo, o método CAR-NKT foi desenvolvido para ser padronizado e fabricado para múltiplos pacientes, podendo assim tornar-se mais acessível, inclusive no Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo mulheres de diferentes regiões, do sertão nordestino às comunidades rurais do Sul.
  • Ataque simultâneo a diversos marcadores: A identificação de múltiplos alvos reduz as chances de o tumor se adaptar e escapar.
  • Destruição do microambiente tumoral: Além das células cancerígenas, as CAR-NKT eliminam células de suporte, fragilizando ainda mais o tumor.

Outro ponto relevante é o potencial desta técnica em diminuir de modo significativo as taxas de recidiva da doença, um dos maiores obstáculos enfrentados nas terapias padrão para câncer de ovário. Estudos recentes demonstram ainda, em ambiente laboratorial, que a técnica apresenta um perfil de segurança promissor, com menos efeitos adversos comparados a outras terapias celulares, o que pode contribuir para a qualidade de vida das pacientes. Alguns desses avanços estão sendo observados também em centros de pesquisa como o Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Brasil, ressaltando a importância da pesquisa colaborativa. Com o apoio de biomas como o Cerrado e a Amazônia, que concentram espécies vegetais usadas na investigação de compostos para tratamentos de câncer, há uma troca constante entre a ciência da imunoterapia e a riqueza natural brasileira.

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representação de útero – Créditos: depositphotos.com / serezniy

O que esperar para os próximos passos da terapia car-nkt no câncer de ovário?

Com os excelentes resultados obtidos nos estudos pré-clínicos, a equipe da UCLA se prepara para iniciar os primeiros testes em seres humanos, marcando um novo ciclo no combate ao câncer de ovário em 2025. A colaboração entre pesquisadores, médicos e pacientes será fundamental para refinar a aplicação clínica dessa imunoterapia, levando em conta tanto a eficácia quanto a segurança do tratamento. No Brasil, o clima tropical, a incidência solar característica e as mudanças sazonais podem influenciar fatores de resposta imunológica, reforçando a necessidade do acompanhamento personalizado.

  1. Acompanhamento rigoroso de voluntárias para avaliar efeitos colaterais e respostas ao tratamento, respeitando as particularidades culturais, regionais e ambientais brasileiras, das grandes cidades costeiras aos interiores mais afastados.
  2. Ajustes na dosagem e na frequência de aplicação da terapia, levando em conta as diferenças ambientais e genéticas entre as diferentes regiões do Brasil.
  3. Extensão dos testes para diferentes estágios da doença e perfis de pacientes, abrangendo a diversidade da população brasileira, inclusive comunidades indígenas e ribeirinhas.

Nos próximos anos, a expectativa é que abordagens como a CAR-NKT possam não apenas melhorar a sobrevida, mas também proporcionar mais qualidade de vida às pacientes diagnosticadas com câncer de ovário. O envolvimento de profissionais de saúde preparados para enfrentar os desafios dos mais variados cenários do Brasil, desde cidades urbanizadas até comunidades próximas à natureza exuberante da Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia, é fundamental. A atualização constante das informações e a proximidade entre médicos e pacientes são aspectos essenciais para o aproveitamento das novas possibilidades que a medicina personalizada oferece, trazendo esperança sob o céu ensolarado e diversificado do território brasileiro.

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