A inserção do kiwi na alimentação tem ganhado destaque entre especialistas em nutrição, muito em função de seus aportes enriquecidos em fibras e nutrientes essenciais. Apesar de ser originário da China e ter conquistado o mundo a partir da Nova Zelândia, hoje o cultivo do kiwi já ocorre no sul do Brasil, especialmente em regiões como a Serra Gaúcha e o estado de Santa Catarina, onde o clima subtropical favorece a produção da fruta. Com sua aparência peculiar, casca marrom e polpa que pode variar entre verde, amarelo e até vermelho, o kiwi vai, aos poucos, conquistando espaço nas feiras e supermercados brasileiros. Mesmo não sendo tão popular quanto a banana, manga ou maçã, pesquisas recentes mostram que o kiwi reúne características nutricionais que justificam maior atenção ao escolhê-lo entre as frutas tropicais do Brasil.
Em 2025, as pesquisas continuam apontando para o kiwi como uma fruta funcional. Graças ao seu baixo valor calórico e alto teor de fibra alimentar, ele é recomendado como opção saudável de lanche ou complemento em diversas receitas. No contexto brasileiro, onde existe alta prevalência de problemas digestivos devido à dieta pobre em fibras, nutricionistas defendem que a inserção do kiwi na rotina alimentar pode beneficiar tanto o sistema digestivo quanto a imunidade, especialmente em regiões de clima quente, onde a hidratação fornecida pelas frutas frescas é fundamental.
Quais os nutrientes presentes no kiwi?
A composição nutricional do kiwi é um dos fatores que mais chamam atenção. Considerada uma fruta “densa em nutrientes”, uma unidade média do fruto oferece, em média, 2 gramas de fibra e cerca de 48 calorias. É interessante notar que boa parte dessas fibras está na casca, que, mesmo com a textura diferente de frutas comuns no Brasil, como a goiaba ou o maracujá, pode ser consumida após correta higienização. Em regiões produtoras do sul, o consumo com casca já está se tornando um costume saudável.
O kiwi também é famoso pela grande quantidade de vitamina C. Uma unidade pequena pode chegar a 56 miligramas desse nutriente, ultrapassando metade da recomendação diária para adultos. Em pleno verão brasileiro, adicionar o kiwi ao cardápio ajuda no fortalecimento do sistema imunológico, junto com outras fontes nacionais como acerola e laranja. Ressaltam-se ainda as boas quantidades de potássio, que ajudam a regular a pressão arterial, além de pequenas doses de vitamina E, vitamina A e gorduras insaturadas, essenciais para a absorção de vitaminas lipossolúveis. Os minerais presentes, magnésio, cálcio e fósforo, beneficiam a saúde óssea e muscular, especialmente para pessoas ativas que aproveitam os dias mais longos e quentes do país para praticar esportes ao ar livre. Recentemente, estudos da Embrapa têm ressaltado as propriedades antioxidantes das variedades produzidas localmente, o que auxilia na proteção celular contra radicais livres, um benefício importante para quem vive sob intenso sol tropical.

Como o kiwi pode beneficiar a saúde intestinal?
Frutas ricas em fibras, como o kiwi, desempenham papel central na manutenção do funcionamento adequado do intestino. A atuação das fibras solúveis e insolúveis é especialmente importante para os brasileiros, já que a dieta típica pode ser pobre nesse nutriente e favorecer o chamado “intestino preso”. A fibra solúvel do kiwi ajuda a formar um gel viscoso, facilitando a passagem dos resíduos alimentares, enquanto a fibra insolúvel aumenta o volume das fezes e favorece o trânsito pelo trato digestivo.
No combate ao intestino preso, uma queixa comum em todas as regiões do país, consumir kiwi regularmente pode trazer ótimos resultados. Estudos clínicos mostraram que quem ingere duas unidades por dia aumenta a frequência das evacuações semanais. O benefício é potencializado no clima quente brasileiro, já que a hidratação, combinada com frutas fibrosas, se torna ainda mais importante. Destaca-se ainda a enzima actinidina (presente apenas no kiwi), que auxilia na digestão de proteínas e pode aliviar desconfortos digestivos. Em 2024, uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná reforçou esses achados e comprovou melhora significativa nos sintomas intestinais em brasileiros que incluíram kiwi nas refeições diárias.
Kiwi realmente pode melhorar o sono?
O potencial do kiwi para auxiliar no sono tem sido discutido também no Brasil, impulsionado por relatos em redes sociais de profissionais da saúde e de influenciadores brasileiros. Alguns estudos associam o consumo do fruto à melhoria do sono entre atletas que o ingerem à noite, embora a quantidade de melatonina e serotonina no kiwi seja baixa e ainda faltem pesquisas abrangentes para comprovar esse efeito diretamente.
No entanto, vale a pena considerar que trocar sobremesas ou lanches industrializados por frutas naturais, como o kiwi, pode melhorar indiretamente a qualidade do sono, devido à redução de açúcar e carboidratos refinados, itens comuns na dieta urbana brasileira. Assim, mesmo sem garantia científica de efeito direto, aceitar o kiwi como opção leve para o lanche noturno pode contribuir para noites mais tranquilas. Nutricionistas brasileiros também apontam que sua digestão leve e o aumento da saciedade durante a noite facilitam o relaxamento, um ponto importante para regiões em que o calor pode prejudicar o sono. O tema foi inclusive abordado no Congresso Brasileiro do Sono de 2023, destacando o papel das frutas frescas e antioxidantes na alimentação noturna.

Quais as melhores formas de consumir kiwi no cotidiano?
Considerando sua versatilidade, incluir o kiwi nas refeições típicas do Brasil pode ser fácil e prazeroso, aproveitando nossa cultura de pratos frescos e tropicais. Entre as formas mais práticas de consumo, destacam-se:
- Adicionar o kiwi picado a tigelas de iogurte, incluindo versões caseiras, naturais ou de leite de coco, típicos do Brasil;
- Incluir a fruta em saladas tropicais ao lado de manga, abacaxi e folhas verdes como rúcula ou alface, encontradas em qualquer feira brasileira;
- Transformar o kiwi em smoothies e sucos combinando com laranja, maracujá e folhas de couve frescas;
- Consumir a fruta in natura, com ou sem casca, após higienização, aproveitando a praticidade de frutas frescas em climas quentes;
- Servir o kiwi com cereais matinais nacionais ou granolas de castanhas-do-pará, amendoim e aveia.
Para inovar, experimente as variedades amarelas do kiwi nacional, mais suaves e de casca lisa, ideais para quem prefere menos textura. Também é possível preparar geleias caseiras, caldas para sobremesas como tapiocas ou bowls tropicais, ou incluir fatias de kiwi em sanduíches frios e wraps ao lado de queijos brancos e folhas frescas, uma opção leve para o verão brasileiro. Conforme a Associação Brasileira de Nutrição, o consumo de kiwi combinado com folhas, castanhas e frutas da estação vem crescendo nos restaurantes e bufês em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, trazendo sabor, cor e mais saúde, características que se encaixam na rica e diversificada flora e cultura alimentar do Brasil.
Em resumo, o kiwi se destaca como uma alternativa interessante para enriquecer a dieta brasileira com fibras, vitaminas e minerais. Sua versatilidade permite uso em diferentes receitas típicas do país, e os estudos reforçam seu papel na promoção da saúde intestinal e prevenção de doenças crônicas. Ao escolher frutas para montar o cardápio diário, incluir o kiwi pode ser uma estratégia eficiente para quem quer aumentar a qualidade nutricional das refeições em 2025, seja no verão ou no inverno, do cerrado à mata atlântica.
