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O que é listeriose? Veja como ocorre e como evitar a infecção alimentar perigosa

No é incomum surgirem alertas de saúde pública quando se trata da transmissão de doenças de origem alimentar no Brasil e na Argentina. Um dos exemplos mais recentes envolve a listeriose, uma infecção causada pela bactéria Listeria monocytogenes, que chamou a atenção das autoridades sanitárias após a notificação de casos em diferentes regiões do país. Em 2025, a vigilância epidemiológica identificou rapidamente a relação dessas ocorrências com certos alimentos, destacando-se o papel do queijo de produção industrial como fator desencadeante.

Esse cenário colocou em destaque a necessidade de monitoramento constante, visto que a listeriose, embora seja considerada rara, pode resultar em quadros graves de saúde. O avanço da investigação permitiu identificar uma ligação genômica entre os casos e apontar a fonte da contaminação, reforçando o papel das análises de laboratório para respostas rápidas e medidas de controle efetivas.

O que é a listeriose e como ocorre a infecção?

A listeriose é uma enfermidade causada pela ingestão de alimentos contaminados com a bactéria Listeria monocytogenes. Este microrganismo está presente naturalmente no solo e na água, conseguindo resistir a ambientes frios, sendo capaz de se multiplicar mesmo sob refrigeração. O maior risco está em alimentos prontos para o consumo, principalmente os que não passam por processos de cozimento intenso antes de serem ingeridos.

Após a ingestão do alimento contaminado, o período de incubação pode variar bastante, desde 12 horas até dois meses, o que pode dificultar o rastreamento da fonte inicial do surto. Em situações reportadas recentemente, foi possível relacionar casos distintos ao consumo de um tipo específico de queijo, graças a tecnologias avançadas de identificação genética da bactéria. Grandes centros urbanos, como São Paulo e Buenos Aires, ampliaram suas equipes de vigilância em função do aumento dos casos.

O que é listeriose? Veja como ocorre e como evitar a infecção alimentar perigosa
alimentos aproximados – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Quais são os sintomas e grupos de risco da listeriose?

Os sintomas provocados pela listeriose apresentam grande variabilidade, indo desde reações leves, semelhantes a uma infecção viral, até complicações graves. Entre as manifestações mais frequentes estão febre, calafrios, náuseas, vômitos, dores musculares e abdominais, diarreia e fadiga. Nos quadros mais sérios, a doença pode evoluir para meningite, septicemia ou até mesmo aborto em gestantes, tornando-se assim um problema importante de saúde pública.

  • Gestantes;
  • Idosos;
  • Pessoas imunossuprimidas;
  • Recém-nascidos.

Esses grupos merecem atenção redobrada quanto à procedência dos alimentos consumidos, já que as complicações tendem a ser mais frequentes e graves nesse segmento da população. Órgãos como a Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde vêm realizando campanhas para conscientizar sobre o risco nesses públicos.

Quais alimentos podem transmitir a listeriose?

A infecção listeriótica se caracteriza pelo vínculo direto com o consumo de determinados alimentos. Em investigações recentes, foram identificados produtos de origem animal, especialmente queijos, frios e embutidos, como principais vetores da bactéria. Entretanto, outros tipos de alimentos também podem ser envolvidos em episódios de transmissão.

  1. Lácteos produzidos com leite não pasteurizado;
  2. Produtos cárneos e embutidos, como linguiça, presunto e salsichas;
  3. Peixes crus ou defumados;
  4. Vegetais consumidos cru, sem higienização adequada.

Além disso, animais sadios podem hospedar a Listeria em seus intestinos e contaminar produtos de origem animal durante os processos de abate, fabricação e armazenamento. Vale mencionar que investigações recentes da Anvisa indicam que a vigilância se tornou ainda mais rigorosa após os casos recentes em 2025.

No contexto brasileiro, é importante destacar que muitos hábitos alimentares típicos, como o consumo de queijos regionais (por exemplo, queijo minas frescal e queijo coalho), além de pratos tradicionais preparados a partir de carnes e peixes da rica fauna nacional, como o peixe tambaqui e a tilápia, merecem especial atenção. Em regiões de clima quente e úmido, como na Amazônia e no Nordeste, a proliferação de microrganismos pode ser favorecida, tornando ainda mais essencial o armazenamento correto e a higiene dos alimentos, especialmente aqueles vindos de feiras e mercados populares, onde folhas de taioba, couve, alfavaca e outros vegetais da flora local também fazem parte da dieta.

O que é listeriose? Veja como ocorre e como evitar a infecção alimentar perigosa
laticínios em mesa – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Como é possível reduzir os riscos de contaminação por Listeria?

A prevenção da listeriose envolve medidas simples, porém rigorosas, relacionadas à higiene no preparo e consumo dos alimentos. O correto manuseio, conservação e cozimento de alimentos são fundamentais para evitar a contaminação e impedir que a doença ganhe proporções maiores.

  • Lave as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos antes e depois de manipular alimentos;
  • Higienize utensílios e superfícies de preparo, especialmente após contato com alimentos crus;
  • Lave frutas e verduras sob água potável antes do consumo;
  • Mantenha alimentos crus separados dos alimentos já prontos para consumo;
  • Refrigere produtos imediatamente após a compra e consumo parcial;
  • Evite leite e derivados não pasteurizados;
  • Reaqueça pratos prontos a temperaturas suficientemente elevadas antes de consumir.

Com base nessas recomendações, é possível minimizar significativamente o risco de infecção, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. O monitoramento contínuo das condições de produção, transporte e venda de alimentos ainda representa um pilar essencial para a segurança alimentar e a prevenção de novos surtos. No caso do Brasil, o clima predominantemente tropical, com altas temperaturas na maior parte do ano, exige cuidados redobrados em relação à refrigeração e proteção dos alimentos, especialmente em regiões onde o acesso a sistemas de refrigeração pode ser limitado.

Além disso, por conta da enorme biodiversidade da flora nacional, é fundamental certificar-se de que raízes, hortaliças e frutas da região estejam devidamente lavadas e armazenadas, já que alimentos típicos das feiras livre, como a mandioca, a abóbora, a banana e as ervas fresca, podem ser expostos à contaminação ambiental. Para mais informações, a comunidade pode acessar as atualizações periódicas no site oficial da Organização Pan-Americana da Saúde ou consultar orientações regionais, considerando os hábitos e ingredientes tradicionais de cada bioma brasileiro.

O que é listeriose? Veja como ocorre e como evitar a infecção alimentar perigosa
materiais de laboratório – Créditos: depositphotos.com / DIGICOMPHOTO
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