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Esse molho encorpado virou tradição em dias gelados

Quando as temperaturas caem, pratos encorpados e ricos em sabor ganham ainda mais destaque na mesa. O ragu, tradicional guisado de carne que chega das cozinhas europeias, é um desses preparos que trazem conforto e intensidade em cada garfada. Seja na versão italiana ou francesa, trata-se de uma receita marcada pelo cozimento lento e pela presença de cortes selecionados de carne, envoltos em um molho aromático de tomate e especiarias.

No Brasil, o ragu se consolidou como uma sugestão versátil para os amantes de massas, mas pode surpreender também ao ser servido com outras bases como arroz integral ou quinoa. Sua composição une ingredientes simples e acessíveis, valorizando não só o resultado final, mas também o aroma irresistível que toma conta da cozinha durante o preparo.

Quais são os principais ingredientes do ragu?

A lista de ingredientes de um ragu tradicional privilegia tanto proteínas quanto hortaliças. Entre as carnes, cortes magros de vaca ou até mesmo de cordeiro são os mais escolhidos, justamente por proporcionarem textura e sabor após serem cozidos por longo tempo. Os vegetais formam a espinha dorsal do molho: cenoura, cebola, alho, batata e pimentão são cortados em pedaços pequenos, criando uma base que confere profundidade à receita.

Ervas como o louro, bem como temperos do dia a dia, pimenta-do-reino, páprica e noz-moscada, elevam ainda mais o perfil aromático do preparo. Outro elemento que chama atenção é o uso da aveia, recurso interessante que garante cremosidade ao prato sem depender de laticínios. A pasta de tomate cumpre o papel de dar cor, acidez e consistência ao molho que envolve todos os itens durante o cozimento. Em versões vegetarianas, é possível substituir a carne por cogumelos ou proteínas vegetais, sem perder a textura característica do ragu. Além disso, algumas receitas regionais incorporam ingredientes como vinho tinto ou até cacau, trazendo ainda mais camadas de sabor.

Esse molho encorpado virou tradição em dias gelados
vegetais fritos – Créditos: depositphotos.com / ArenaCreative

Como fazer um ragu caseiro passo a passo?

O preparo do ragu exige atenção a detalhes simples, mas fundamentais para garantir um bom resultado. O processo se inicia com o corte minucioso de todos os vegetais, seguido pelo fracionamento da carne em cubos menores. Em uma panela grande, um fio de azeite aquecido serve de base para refogar as hortaliças até que fiquem macias, o que costuma levar cerca de sete minutos. Essa etapa é fundamental para liberar os açúcares dos alimentos e garantir um fundo de sabor mais concentrado.

  1. Acrescente a carne à panela e aumente um pouco o fogo, selando todos os pedaços de forma uniforme, o que realça os sucos.
  2. Em seguida, adicione a aveia e misture por alguns minutos, observando a formação de uma textura mais espessa.
  3. Incorpore a pasta de tomate, polvilhe a páprica e ajuste a pimenta-do-reino, mexendo bem todos os componentes.
  4. Cubra os ingredientes com água ou caldo leve, acrescente uma folha de louro e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 30 minutos.
  5. Mantenha a atenção ao ponto do molho: se estiver muito seco, junte um pouco mais de líquido. Caso prefira um sabor mais acentuado, acrescente especiarias a gosto.

A dica é mexer a preparação ocasionalmente, garantindo que não haja aderência ao fundo da panela e evitando queimar os ingredientes. O ponto ideal é atingido quando a carne apresenta maciez e o molho, aspecto aveludado. Para quem busca modernizar a receita, o uso da panela de pressão pode acelerar o processo, sem comprometer o sabor. Também é possível utilizar dispositivos como a slow cooker para um preparo ainda mais prático e gradual.

O ragú combina apenas com massas?

Embora seja tradicionalmente servido sobre massas longas ou curtas, o ragu também oferece espaço para outras combinações. Grãos como arroz integral ou até alternativas como a quinoa absorvem com facilidade o molho robusto do guisado, oferecendo opções nutritivas e saborosas para diferentes perfis alimentares.

  • Massa fresca ou seca (tais como talharim, penne ou fusilli)
  • Arroz branco ou integral
  • Quinoa, polenta ou purê de batatas

Além das guarnições, é comum incrementar o prato com folhas frescas, um fio de azeite, queijo ralado ou até mesmo ervas aromáticas picadas na hora. É importante lembrar de remover a folha de louro antes de servir, pois seu papel é apenas aromatizar o preparo.

ragu em panela – Créditos: depositphotos.com / larik_malasha

De onde surgiu o ragu e como ele evoluiu?

O termo ragu tem origem na palavra francesa “ragoût”, que remete à ideia de abrir o apetite ou despertar sabores. Trazido à Itália no século XVIII, ganhou identidade própria em regiões como Nápoles e Bolonha, e rapidamente se espalhou para o restante da Europa. Sua principal diferença entre as versões está na concentração do molho: enquanto italianos preferem uma base mais reduzida, as versões francesas tendem a incluir mais vegetais e líquidos.

O ragu segue se reinventando em cozinhas domésticas e restaurantes ao redor do mundo, principalmente por conta de sua adaptabilidade e da capacidade de valorizar ingredientes do dia a dia. Atualmente, permanece como símbolo de comida afetiva durante os períodos mais frios do ano, sendo referência de simplicidade com resultado sofisticado à mesa.

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mulher cozinhando – Créditos: depositphotos.com / eldeiv
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