Conhecida como Cúrcuma longa (popularmente chamada cúrcuma ou açafrão-da-terra), a cúrcuma é uma raiz de coloração laranja amplamente utilizada na gastronomia e na medicina tradicional ao redor do mundo. O principal composto responsável pela ação benéfica da planta é a curcumina, reconhecida por suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. A presença de outros componentes, como demetoxicurcumina e bisdemetoxicurcumina, também contribui para os efeitos terapêuticos atribuídos à cúrcuma.
No Brasil em 2025, a cúrcuma pode ser encontrada em supermercados, feiras e lojas de produtos naturais, disponível em formatos variados como raiz in natura, pó, cápsulas e cremes dermatológicos. Seu sabor levemente amargo e seu tom dourado, facilmente identificáveis, fazem dela um tempero versátil em preparações culinárias, além de servir como matéria-prima para chás e cosméticos.
Quais são os principais benefícios da cúrcuma?
O uso da cúrcuma tem sido estudado dentro e fora do país, com destaque para suas contribuições na saúde cardiovascular, controle de condições metabólicas e prevenção de doenças. Entre seus benefícios, a cúrcuma demonstra capacidade de auxiliar na redução dos níveis do colesterol LDL, conhecido como “colesterol ruim”, promovendo a manutenção da saúde do coração. Além disso, seus princípios ativos ajudam a modular processos inflamatórios, o que pode ser interessante para pessoas com artrite ou outras condições reumatológicas.
Outro segmento importante de estudos relaciona o consumo da cúrcuma com a prevenção do desenvolvimento de certos tipos de câncer. Pesquisas avaliam o potencial da raiz para inibir a formação e proliferação de células cancerígenas, além de atuar de forma coadjuvante a tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia. Entretanto, vale ressaltar que, apesar das evidências promissoras, ainda há necessidade de investigações mais conclusivas. Recentemente, novas pesquisas conduzidas em instituições de saúde na Índia e nos Estados Unidos têm reforçado o interesse internacional sobre as aplicações clínicas da curcumina, especialmente no auxílio a terapias inovadoras.

Como a cúrcuma pode ser usada no dia a dia?
A inclusão da cúrcuma na alimentação pode ser feita de maneiras simples e práticas. O pó da raiz é comumente utilizado para temperar pratos como sopas, carnes e legumes, proporcionando aroma e cor aos alimentos. Os chás de cúrcuma são alternativas populares: basta dissolver uma colher de chá do pó em água fervente e deixar repousar por alguns minutos antes de consumir. Para potencializar a absorção dos antioxidantes presentes na cúrcuma, recomenda-se combinar seu uso com gorduras saudáveis, como azeite de oliva ou óleo de coco.
Existem ainda opções de cápsulas, frequentemente indicadas como suplemento alimentar. No entanto, a recomendação de uso pode variar conforme o objetivo de cada pessoa. Para quem busca benefícios na saúde da pele, a cúrcuma também aparece nos cuidados tópicos, presente em cremes e géis, geralmente associada a outros ingredientes calmantes ou hidratantes. Algumas marcas populares passaram a incorporar a cúrcuma em linhas de produtos voltadas ao cuidado facial, explorando as propriedades anti-inflamatórias e calmantes da planta.
Em quais situações a cúrcuma pode ser utilizada?
Devido ao seu potencial anti-inflamatório, a cúrcuma costuma ser associada ao alívio de dores articulares e musculares, tratamento complementar de doenças inflamatórias intestinais, como colite e doença de Crohn, além do auxílio no controle glicêmico para pessoas com resistência à insulina ou diabetes tipo 2. O uso da cúrcuma também é considerado como complemento em alergias respiratórias sazonais, já que seus compostos podem contribuir na redução da inflamação das vias aéreas.
- Controle do colesterol: auxílio na diminuição do LDL.
- Dores reumáticas: complemento em artrite, com potencial de aliviar dor e inflamação.
- Saúde cognitiva: proteção contra o envelhecimento celular e risco reduzido de doenças degenerativas.
- Equilíbrio metabólico: pode colaborar para o controle de peso e regulação do açúcar no sangue.
- Cuidados dermatológicos: possibilidade de uso em acne, psoríase e outras condições inflamatórias da pele.

Existe diferença entre cúrcuma e açafrão?
É comum a confusão entre a cúrcuma e o açafrão, mas ambos possuem particularidades. O açafrão verdadeiro, derivado dos estigmas da flor Crocus sativus, é mais caro e apresenta coloração vermelha vibrante. Já a cúrcuma, com seu tom alaranjado, vem de uma raiz semelhante ao gengibre e contém compostos bioativos diferentes. Enquanto a curcumina predomina na cúrcuma, o açafrão é rico em crocina e safranal. Apesar das semelhanças no uso culinário, suas aplicações e potenciais terapêuticos apresentam distinções. Em alguns países, como a Espanha, o açafrão é mais amplamente utilizado em pratos típicos, como a paella.
Quais cuidados e contraindicações devem ser considerados?
Embora traga vários benefícios associados ao seu consumo, a cúrcuma pode provocar efeitos indesejados se utilizada em excesso, incluindo irritação gástrica e enjoos. Pessoas em uso de medicamentos anticoagulantes, com obstrução das vias biliares ou histórico de cálculos na vesícula devem evitar a cúrcuma sem orientação profissional. Gestantes e mulheres em fase de amamentação também necessitam de avaliação médica antes de iniciar o uso regular da planta. O acompanhamento profissional é sempre recomendado quando se trata de suplementação ou tratamentos alternativos envolvendo a cúrcuma.
Em suma, a cúrcuma representa uma opção natural com múltiplos usos, incorporando benefícios que vão do uso culinário ao medicinal. A atenção à recomendação de consumo e à orientação de um especialista faz a diferença para a obtenção de resultados seguros e eficazes.
