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O segredo por trás da planta usada há gerações na Semana Santa

A Marcela-galega, conhecida também por Macelinha, destaca-se como uma das plantas nativas mais valorizadas do sul do Brasil. Essa herbácea perene, pertencente à família Asteraceae, conquista admiradores não apenas pelo visual das suas flores amarelas e vibrantes, mas também pelo aroma marcante e agradável que exala. Muito presente em áreas de campo e jardins, a espécie se adapta tanto ao cultivo direto no solo como em vasos.

Historicamente, a Marcela-galega ganhou espaço na medicina popular brasileira devido às suas múltiplas propriedades. Utilizada há gerações, suas flores e folhas resultam em chás aromáticos, enquanto seu cultivo frequente em casas e quintais reflete o apreço cultural por essa planta. Ao longo dos anos, ganhou inúmeros nomes regionais, sendo facilmente encontrada em feiras, lojas de produtos naturais e pequenos viveiros espalhados pelo país. Na região do Rio Grande do Sul, por exemplo, é muito comum encontrar feiras dedicadas à comercialização da Marcela-galega, especialmente na época de Semana Santa.

Como cultivar Marcela-galega?

O cultivo da Marcela-galega é considerado acessível tanto para iniciantes quanto para jardineiros mais experientes. Por ser uma planta perene, seu ciclo de vida ultrapassa várias estações, eliminando a necessidade de replantio frequente. O desenvolvimento saudável exige atenção a fatores como luminosidade, irrigação e adubação, pontos fundamentais para manter o vigor e a floração da planta.

  • Luz solar: Prefere sol pleno, mas pode suportar meia-sombra.
  • Rega: O solo deve ficar levemente seco entre as regas, evitando encharcamento para proteger as raízes.
  • Solo: O ideal é mistura rica em matéria orgânica, bem drenada, com pH entre 6,0 e 7,0.
  • Adubação: Pode ser realizada a cada três meses, utilizando fertilizantes orgânicos ou NPK equilibrado.
  • Poda e espaçamento: A poda auxilia na modelagem e estimula a floração, enquanto o espaço entre mudas deve ser mantido entre 30 e 40 cm para garantir o desenvolvimento pleno.
Achyrocline aproximada – Créditos: depositphotos.com / sandipanphotography7076

Quais os usos tradicionais da Marcela-galega?

Além do apelo ornamental, a Marcela-galega é reconhecida pelo uso popular na produção de chás e outros preparados naturais. A infusão de suas flores secas figura entre os remédios caseiros mais utilizados, especialmente para auxiliar nos processos digestivos, relaxamento e como suporte no alívio de sintomas de gripes e resfriados.

A tradição popular atribui múltiplas propriedades à planta, como:

  1. Digestiva: Facilita a digestão e ajuda a controlar sintomas como náusea e gases.
  2. Calmante: Frequentemente recomendada para quem busca relaxamento e melhor qualidade de sono.
  3. Anti-inflamatória: Utilizada para aliviar desconfortos corporais decorrentes de inflamações.
  4. Expectorante: Auxilia no descongestionamento de vias respiratórias.
  5. Diurética: Contribui para a eliminação de toxinas do organismo.
  6. Antimicrobiana: Apresenta ação contra bactérias e fungos em algumas aplicações populares.

Além do chá, a Marcela-galega é ingrediente de sabonetes e loções, e suas folhas podem funcionar como repelente natural de insetos. Vale lembrar que seu uso também aparece em banhos aromáticos e em sprays caseiros para ambientes.

Como é o preparo do chá de Marcela-galega?

A preparação do chá de Marcela-galega segue um processo simples, bastante difundido em casas brasileiras, sobretudo nas regiões Sul e Sudeste. Para uma xícara, recomenda-se a utilização de uma colher de chá das flores secas da planta para cada 200 ml de água fervente. Basta adicionar as flores à água quente, tampar o recipiente, aguardar cerca de 10 minutos e coar antes de servir.

  • Evitar superdosagem é fundamental, pois altas quantidades podem provocar efeitos como náuseas e diarreia.
  • Limitam-se a até três xícaras diárias, e recomenda-se que o uso seja moderado especialmente para gestantes, lactantes e crianças pequenas.

Pode-se adoçar o chá com mel ou acrescentar limão, conforme preferência. O consumo deve ser orientado por profissionais de saúde, especialmente em caso de uso concomitante de medicamentos ou condições clínicas pré-existentes.

xícara de chá e colher em fundo branco – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Existem curiosidades sobre a Marcela-galega?

Popular em festividades religiosas de algumas cidades do sul do Brasil, a Marcela-galega faz parte inclusive de tradições culturais, sendo colhida durante a Semana Santa em determinados municípios. O plantio em jardins de pedras, canteiros e bordaduras demonstra sua versatilidade paisagística, além da tolerância a pragas, característica valorizada por quem aprecia jardins de baixa manutenção.

Nos meses de primavera e verão, a planta apresenta o ápice de sua floração, atraindo polinizadores e trazendo cor ao ambiente. Em regiões mais frias, pode perder folhas temporariamente no inverno, mas retorna com vigor na estação seguinte. Suas propriedades e fácil manejo, assim como o destaque nas manifestações culturais, fazem da Marcela-galega uma presença constante em quintais e varandas brasileiras, sendo uma escolha prática e natural para quem valoriza plantas multifuncionais. A Marcela-galega é inclusive citada em registros de estudos botânicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, evidenciando sua relevância também no meio acadêmico e científico.

mulher servindo chá – Créditos: depositphotos.com / AllaSerebrina
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